30 novembro 2006

Só com uma mão

Muitos condutores conduzem com uma mão no volante e outra na maçaneta das mudanças. Não sei se é tique, se gesto de conforto, mas um hábito generalizado, como pude comprovar hoje de manhã, numa contagem e experimentação despreocupadas. Talvez dê estilo, não sei. É um hábito verdadeiramente transversal, afectando novos e velhos condutores, homens e mulheres aceleras ou previdentes, donos e donas de máquinas com muitos ou poucos cavalos. Será que é pela sensação de domínio, só com uma mão, da viatura, da estrada e da perícia? Ou, supostamente, dos pequenos Fangio ou Schumacher que habitam em nós? Se calhar, quem sabe?

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O saco

Começou com o Expresso, apanhou outros jornais e continua no Sol: o saco.
Agora até nos gratuitos, como pude verificar hoje, no Metro: um saco em papel preto, elegante, de marca de roupa conhecida. Quem é que não acreditava na atractividade publicitária dos jornais gratuitos? Pelos vistos...
Lá vim eu, todo contente, com o meu jornalinho e o meu saquinho. A marca agradece.

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29 novembro 2006

Coreia do Norte

Um português visitou a Coreia do Norte e deu a conhecer essa experiência no suplemento «Fugas» do Público, de sábado passado. Sendo o país que é, é óbvio que uma reportagem destas tinha que me chamar a atenção. E a experiência, ainda que só de leitura, é notável! Dizer que aquele país é único é uma redundância. A fazer fé no relato, a Coreia do Norte vive numa outra galáxia. Não sei se longe se perto da Via Láctea, mas claramente noutra, isso é certo. Os pormenores ligados ao «Grande Líder» e ao «Querido Líder», respectivamente pai e filho, são de uma dimensão delirante e inacreditável, só pensáveis no domínio da fábula e do absurdo.
É pena que o destino turístico não seja mais facilitado e propagandeado. Qual Cancun, Brasis, Orientes, qual carapuça! Fiquei entusiasmadíssimo! Não é todos os dias que podemos saltar de galáxia. E isto, sem recurso ao space shuttle!

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Passeios

Parece que está na moda e é o contributo português para os manuais de acção e agitação reivindicativa. Depois dos militares, é agora a vez dos GNR passearem e manifestarem, desta forma, o seu descontentamento. Só falta mesmo a PSP.

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28 novembro 2006

NATO

Li hoje um artigo sobre a natureza e o tipo de envolvimento militar da NATO no Afeganistão. Os países acham fundamental, prestigiante e necessário para a sua segurança serem membros da organização. O pior é quando é necessário ser chamado a corresponder, em situações concretas, com o envio de tropas ou equipamento. Como é, presentemente, o caso do Afeganistão. Que, ainda por cima, está complicado. Muito complicado. O que é que os países (alguns) fazem? Assobiam para o lado, literalmente. Parece que não é nada com eles e são vários os entraves para a movimentação e a mobilização de forças. Para os sítios mais complicados... que vão os outros! Assim se faz a força da aliança.

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27 novembro 2006

Iraque

Por incrível e desumano que possa parecer, penso que a maioria das pessoas - pelo menos, aqui - olha sem (grandes) sobressaltos para o dia-a-dia no Iraque. A sucessão de mortes, estropiamentos e destruição é já de tal maneira rotineira e absurda que as pessoas - talvez para não darem em doidas... - já nem sequer querem saber ou se recordam, depois de passadas as imagens na televisão ou a notícia nos jornais. É cruel, é um facto, mas está a ser assim. Do ponto de vista teórico, parece que a grande moda é, agora, determinar se, no Iraque, se vive ou não numa guerra civil. Grande preocupação!

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GDM

Ele aí vai! Ponto a ponto, o GDM sobe na classificação. Após um começo tremido, actualmente é o 3.º classificado, em igualdade de pontos com o 2.º.

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25 novembro 2006

Contundente

Na minha ronda pelos jornais de referência, acabo de ler o artigo de Pedro Lomba, no DN de hoje, intitulado "Comunismo Selvagem", sobre a substituição anunciada de três deputados do PCP. O artigo é contundente.

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2007

Já mais explícito do que subentendido, vai engrossando o número de pessoas que considera que o ano de 2007 é o ano decisivo para concretizar, de forma conclusiva, as reformas para o País. Se o ano passar sem a concretização dos passos mais difíceis - e onde avultam os que se darão, ou não, na Administração Pública - dificilmente estaremos em condições de aspirar a um futuro melhor. Não adianta fazermos jogos eufemísticos com a importância de 2007: é o ano do tudo ou nada! Se for o nada - ou o suficiente, na versão mais optimista - são ilusórios os supostos bens que daí possam advir, porque efémeros. Para Sócrates, este é o desafio decisivo. Vencê-lo, coloca-o num patamar superior como estadista, doa a quem doer a apreciação. Perdê-lo, é um passo irremediável para o País: o da última oportunidade desbaratada, apesar de uma conjuntura institucional favorável. Como vai ser?

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24 novembro 2006

Fado

Já sabia que ia ser assim o dia inteiro. Logo pela manhã ouvi um dos fados que mais gosto, apesar de nem lhe saber o nome. Ouvi-o na voz de uma mulher - de cujo nome não me recordo. Não interessava. Foi apenas suficiente ouvir as primeiras palavras, "Adeus parceiros das farras, dos copos e das noitadas...", para me recordar de como é um fado muito belo, embora triste. Num país de imigrantes e de emigrantes, a letra deste fado exprime, de forma sensível e poética, a experiência da partida: "Partir é morrer um pouco". É este o nome do fado. Só o soube hoje, embora o trauteasse vezes sem conta. Como hoje fiz. O dia todo.

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23 novembro 2006

Philippe Noiret

Fui um dos que se comoveu com o filme Cinema Paraíso. Há aspectos que me tocaram sobremaneira, mesmo que adaptados a uma realidade geográfica e cultural diferente. Muitas das minhas melhores memórias ligadas ao cinema é nesse filme que desaguam. Acabo de ler que morreu Philippe Noiret, um dos protagonistas do filme. O papel que aí desempenhou, o de projeccionista, deve tê-lo catapultado para a fama como nenhum outro.

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TLEBS

Pelo menos na imprensa, vai animado o debate sobre a TLEBS (Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário). Não é uma coisa de somenos, nem preocupação de "maluquinhos". Vou seguindo o que se escreve, interessado e curioso. Correndo o risco de juízo pouco fundamentado, quer-me parecer que a TLEBS poderá vir a causar mais prejuízos do que vantagens à aprendizagem e ao ensino da língua. E como os campos se começam a extremar, não é difícil prever que não vem aí boa solução. Até ver, os defensores da TLEBS estão a levar pancada e a serem encostados às boxes. A bola está do lado deles. Será que respondem?

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Marilyn

Marilyn Monroe nasceu há 80 anos, diz-me o Público, e eu não acredito. Não é possível que a Marilyn que conheço - todos nós conhecemos - teria essa idade, se fosse viva. A Marilyn que eu conheço e guardo na memória é a de ícone duma época. E essa, a Marylin do "Pecado Mora ao Lado", será sempre jovem e eterna. Quais 80 anos, qual quê?!

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22 novembro 2006

Título

"Cultura do desenrascanço pode ser mais-valia nacional".
Público, 22-11-2006

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Noites europeias

Ainda sou do tempo em que as "Noites Europeias" do futebol eram sinónimo de quarta-feira e a sua fruição maioritariamente pela rádio. Agora, tanto podem ser à quarta, como à terça, como à quinta-feiras, pois a TV e a publicidade é que mandam. Como a de ontem, em que jogaram o Benfica e o Porto. Em Lisboa, o Benfica não teve problemas no jogo com o Copenhaga: 3-1. O Porto tinha uma partida mais difícil, em Moscovo, com o CSKA. As dificuldades, contudo, foram (pareceram?) ilusórias. Vitória por 2-0, no que foi o melhor jogo do Porto nesta época. Embora só tenha visto o resumo, deu para perceber que o controlo foi da equipa portuguesa. Os sinais não enganam, quando isso acontece: os movimentos, os passes, as oportunidades de golo, os remates, os golos, tudo sai bem e percebe-se "à vista desarmada". É nestas alturas que as equipas parecem harmónios perfeitos, fazendo uma coreografia bonita de se ver e de apreciar.

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21 novembro 2006

Onde pára o dinheiro?

Até senti palpitações e arritmias no coração, quando ouvi o José Veiga a perguntar, na televisão, onde é que paravam os 3.292 milhões de euros da transferência do João Pinto para o Sporting. Pensei para comigo: "Queres ver?!...". Não ouvi mais. Corri porta fora, à procura do 1.º multibanco. A tremer, meti o cartão. Suores, frios e quentes, corriam-me cara abaixo. Pedi o extracto e... Azar. Não estavam lá! ...
Quem é que disse que as histórias costumam ter um final feliz?

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20 novembro 2006

Ferido em combate

Acabo de ler, no DN, uma notícia sobre a recuperação de um soldado nosso. Ferido no Afeganistão, o soldado era dado como "clinicamente irrecuperável do estado vegetativo em que ficou". Passado um ano, recuperou de uma forma que muitos não esperariam ou acreditavam. Apesar de ter recuperado de forma considerada espectacular, há danos irreparáveis. Que irão ficar para sempre. Provavelmente, vai ser portador de um título indesejado: o de primeiro deficiente militar em combate depois da guerra colonial.

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19 novembro 2006

Mortos na estrada

Até hoje, não sabia que se comemorava o 'Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada'. Apercebi-me disso de uma forma inesperada, ao ser confrontado com um cartaz com que me deparei na rua. Mais do que a imagem, o texto deixou-me boquiaberto. Dizia isto: "Mais de 70 mil portugueses perderam a vida na estrada". O número, e aquilo que ele simboliza, atinge uma dimensão e uma brutalidade inimagináveis. Trata-se de um número assustador! Absurdo, pelo impacto; trágico, pelas conseqências.

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18 novembro 2006

Lembrar

"Cair no esquecimento" é um dos significados possíveis para o verbo 'morrer'. Tal como "a lembrança de qualquer coisa ou alguém" o é para o substantivo 'memória'.
Faz hoje dois anos que faleceu o meu pai.

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Rui Veloso

Dois cronistas do DN, Pedro Rolo Duarte e Mário Betencourt Resendes, fizeram-me despertar a atenção para o concerto de Rui Veloso, a 10 de Novembro, de comemoração dos seus 25 anos de carreira. Como não fui, neste caso só vou poder "tocar de ouvido". Mesmo assim, acho que algumas coisas têm que ser ditas sobre este músico e sobre a música portuguesa. Uma coisa é inquestionável: qualquer que seja ou venha a ser a história da música portuguesa, vai haver sempre um antes e um depois de Rui Veloso. E não me parece que isso se verifique, apenas, em relação àquilo que se convencionou chamar o "rock português". Não, a influência e o papel de Rui Veloso vão bem mais longe! Rui Veloso tornou-se um ícone da música cantada e produzida em português. Mais: Rui Veloso é um intérprete com uma aceitação geracional verdadeiramente transversal! Se não era de estranhar que isso acontecesse em relação a um público mais jovem, já o consenso que ele obtém no público de mais idade é fantástico, dificilmente partilhável com qualquer um outro! E para que isso tivesse acontecido, a receita parece ter sido sempre a mesma: a melodia e a intemporalidade das suas canções. Quem, novos ou velhos, do sexo masculino ou feminino, nunca terá trauteado, cantarolado ou assobiado, mesmo que duro de ouvido, uma ou mais canções e melodias do "Chico Fininho"? Que outro intérprete se poderá gabar disso?

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Entrevistas

Como era de prever, continuam os ecos das entrevistas de Santana Lopes e de Cavaco Silva na televisão, quinta-feira passada. Também passei por lá, saltando de uma para a outra. Comecei com Cavaco, acabei no Santana. As diferenças de perfil e de à-vontade perante as câmaras são manifestas. Cavaco sente alguma incomodidade, visível, Santana Lopes está no seu elemento. Neste aspecto, Santana ganha por larga margem. O contexto e os conteúdos de uma e outra também justificam, facilmente, a vantagem nas audiências do "menino-guerreiro" sobre o "homem do leme". O timing mediático era de Santana e é esta a regra do audiovisual. Mas, tirando isso, tudo separa os dois personagens. E aqui, a vantagem é para Cavaco.

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17 novembro 2006

Terrincho

Somos um país de bons queijos. Os apreciadores não se podem queixar da qualidade deste nosso produto, qualquer que seja o tipo (ovelha, cabra, vaca, mistura) ou o estado de cura. Há para todos os gostos.
'Serra', 'Serpa', 'Castelo Branco', 'Niza', 'Azeitão', 'S. Jorge' são alguns dos mais conhecidos, sem esquecer o meu estimado 'Terrincho', esta preciosidade oriunda das berças, feito com leite de ovelha "Churra"! E do qual comi umas lasquinhas, agora no final da tarde, acompanhado de um canequinho de vinho. Soube-me pela vida!

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Condutor

Hoje de manhã, o autocarro foi guiado por um dos sócios do clube dos "furiosos do volante".
O homem, que já não fazia o serviço há algum tempo, conduz muito bem, é um facto. Mas que a leitura dos títulos e notícias do jornal foi "à vida", também é verdade. Nas mãos deste condutor, o autocarro ganha asas! Parece um avião com rodas! Perante isto, não há leitura que resista.
O condutor, ainda jovem e com uma bigodaça de fazer inveja a um GNR, para além da condução habitual presenteou os passageiros com um concerto do mais ortodoxo e puro "pimba", abrilhantando a performance automobilística com um CD de qualidade esterofónica reconhecida, provavelmente comprado numa das feiras das redondezas, e onde pontificava a voz do grande e estridente Tói a desfiar juras de amor, a torto e a direito, à namorada, à mulher, à amante, eu sei lá quanto mulherio! Era de fazer chorar as pedras da calçada ou de rir a bandeiras despregadas! Aliás, o que estou a fazer neste momento - a rir, obviamente.

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16 novembro 2006

Dicionários

Tenho um fascínio por dicionários e por querer saber o significado de palavras ou expressões. Então agora, com as possibilidades proporcionadas pelos dicionários on-line, em várias línguas, o entusiasmo chega a ser quase viciante. Mais do que uma mania ou de um vício, procuro que seja um exercício de rigor e de vontade de conhecer.
Qualquer bom texto, de um bom escritor ou cultor da língua, nos interpela com palavras das quais desconhecemos o seu significado. Mesmo quando as fragilidades da formação lexical não são muito más, haverá sempre um número imenso de palavras acerca das quais não fazemos a mínima ideia do que significam. No que me diz respeito, falha minha, inquestionavelmente. Mas isto, mais do que um obstáculo, deve antes constituir um incentivo. E é aqui que os dicionários entram e nos podem ajudar. Como é o caso das palavras "paraninfa" e "derrancante", lidas na crónica de Vasco Graça Moura, no DN de ontem. Assim, clicando no dicionário on-line, lá fiquei a a saber qual o significado das ditas palavras, que transcrevo para fixar, servir de guia e não me esquecer:
paraninfa - forma do verbo paraninfar (apadrinhar na cerimónia do baptismo)
derrancante - de derrancar (estragar, alterar, corromper).
Se bem me lembro, para além da leitura - a parte fundamental, sem dúvida - era assim, com exercícios deste tipo - sim, as idas ao dicionário e as transcrições para os "cadernos de significados" - que se memorizava e adquiria muito do nosso vocabulário, as chamadas "palavras difíceis". Será que ainda se faz?

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Seriedade

Veja-se uma criança, qualquer criança, a brincar e constate-se o óbvio: não há nada mais sério do que uma criança a brincar!

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14 novembro 2006

Percepções

Ontem, Santana Lopes lançou o livro "Percepções e Realidades", onde dá a sua versão sobre o período em que foi primeiro-ministro e sobre o seu afastamento do cargo. Se o livro do "menino-guerreiro" vai ser best seller ou não, não sei. Talvez sim.
O título não deixa de ser curioso. E, sendo-o, não resisto a também fazer um pequeno jogo de palavras sobre ele, e que é o seguinte: por causa da "percepção" dele e da "realidade" nossa o resultado foi este... maioria absoluta para Sócrates!

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13 novembro 2006

Cocós

Muita gente gosta de cães. Eu também. O cão é um companheiro fiel e dedicado, bem melhor que alguns animais de duas patas. Mas, embora goste de cães, já não tenho a mínima paciência para os donos, sobretudo para aqueles que tratam do espaço público, seja ele uma rua, uma calçada ou um espaço ajardinado, como a sua peculiar, privativa e familiar latrina para os bichinhos respectivos. Há excepções, é certo, mas a maioria da rapaziada dona de cães não acha muito digno e adequado à sua pose - coitados! - apanhar a linda bosta dos animaizinhos! Pois é, é muito lindo ter um cãozinho, com mais ou menos pedigree, seja pelo bicho ou pelos ares do dono. Agora, também era um grande sainete se, os ditos, limpassem a respectiva caquinha! Isso é que era um gesto de se lhe tirar o chapéu! Mas, já se sabe, a maioria destes pimpões ou pimponas vai continuar a assobiar para o lado, fazendo de conta que não é nada com as excelências - vejam só! -, procurando os espaçozinhos afastados da sua casinha, à sombra ou soalheiros, para que os seus "meninos", os seus "bébés", possam alçar ou baixar a patinha ou o rabinho. Os galegos, se quiserem, que olhem para o chão, para não pisarem o cocó. Mesmo que não sujem os pés, de tanto olharem para o chão ainda ficam mas é marrecas!...

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Perfil

Acabei de ler a 2.ª parte do perfil de Pinto da Costa publicado no Sol. É a parte da vida mais apetecida e conhecida, aquela em que se traçaram os êxitos, se assumiram as derrotas, se oscilaram e entrecruzaram as danças dos afectos e dos rancores. Esta segunda parte lê-se de um fôlego, o que é um mérito de quem escreve. Mas também de quem é descrito. Sem boas histórias ou personagens não há bons argumentos nem bons escribas. E, a fazer fé no que se leu, a vida de Pinto da Costa é um enredo de novela. Ou de filme. Que um dia se fará, quase tenho a certeza. Os ingredientes para que isso aconteça já existem. É só passar à tela. Quem é que se abalança?

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12 novembro 2006

Gedeão

Ontem, fui ver a exposição, "António é o meu nome", sobre a vida e a obra de Rómulo de Carvalho/António Gedeão. Foi uma visita rápida, a correr, pressionado pelo horário de fecho. Mas tinha que ir. Sendo rápida a visita, tive que relancear o conteúdo, focando a atenção nos pormenores associados mais ao poeta, António Gedeão, do que à carreira do professor, Rómulo de Carvalho. Tive também pena de não poder ver e ouvir o vídeo integrado na exposição, que passou na televisão há alguns anos, com depoimentos dele e de várias personalidades que com ele lidaram, quer enquanto alunos, quer enquanto colegas, colaboradores ou admiradores.
Não sendo um cultor e conhecedor de poesia, é a António Gedeão, contudo, que tributo alguma atenção, mais não fosse por ter sido ele o autor de "Pedra Filosofal", que foi e continua a ser, penso, um dos poemas e canções mais conhecidos e divulgados em Português, graças a Manuel Freire. Quase poderia dizer-se que o trio António Gedeão - Pedra Filosofal - Manuel Freire é uma ligação umbilical e reconhecida, automatica e afectivamente, por muitos portugueses e, talvez, alguns estrangeiros.
E lá vi o manuscrito da "Pedra Filosofal", entre outros poemas mais ou menos conhecidos, escrito, não sem rasuras, com caneta de tinta permanente, numa folha pequenina - tão frágil! - e numa letra miudinha, junto com os vários e diversos livros de divulgação científica - uma das preocupações permanentes de Rómulo de Carvalho - todos eles - e o Poeta sabia-o! - se conjugando para que nunca mais deixemos de acreditar que "Eles não sabem que o sonho...". Como ele, António, sempre fez. Sempre!

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11 novembro 2006

S. Martinho

"Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho".
Vamos a isso!

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Missão Impossível

É sempre com prazer que vejo ou revejo um episódio da série Missão Impossível, uma das séries míticas passadas na televisão portuguesa. Nessa altura, estávamos muito longe de uma série como 24, por exemplo, até porque os contextos televisivo, cultural e geopolítico eram diferentes. Ninguém duvide que a série, com os seus efeitos, marcou uma época e um género, e que era fascinante. Muito.
Quem, tendo-a visto e seguido, não se recorda ainda do genérico, da música e do seu ícone reconhecido - a autodestruição da mensagem - e não sente um tremor de emoção, mesmo que pequenino?

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Título

"PS: Partido Sócrates".
Público, 10-11-2006

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10 novembro 2006

Fly me to the moon

A música tem destas coisas. A propósito de um espectáculo que passa actualmente em Lisboa, chamou-me a atenção a referência à canção "Fly me to the moon", que conheço através da versão cantada por Frank Sinatra. A recordação da música e da voz do Sinatra foram suficientes - qual foguetão! - para me projectarem para o cenário de um dos filmes de Clint Eastwood de que mais gosto, o "Space Cowboys", e onde a canção serve de tema de fundo a uma das cenas mais belas, simbólicas e comoventes do filme.

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Greve

Ontem foi o primeiro dia da greve geral da Função Pública. Como era de esperar, os números da adesão fornecidos pelos sindicatos e pelo Governo são divergentes. É já da praxe. Hoje, como é sexta-feira, palmita-me que os números da adesão serão maiores. Mesmo os do Governo...

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Estranho

Durante o dia cruzei-me com pessoas em mangas de camisa. Vi muitas outras a passar em carros com os vidros abertos, uma num descapotável. As temperaturas são primaveris, praticamente. Estamos quase a meio de Novembro e é uma sensação estranha, muito estranha, um pouco desconfortável. Apesar da proximidade do S. Martinho e do seu tradicional verão.

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08 novembro 2006

Escrevinhar

Como é que se escreve uma palavra? Qual é a classificção de outra? Como é que se estrutura bem uma frase, um período, um parágrafo? Qual é o termo mais adequado? Será que me faço entender?
Estas e outras dúvidas são comuns na minha escrita do dia-a-dia, seja ela profissional ou lúdica. É um processo de interrogação permanente e persistente.
Valorizo muito a escrita, por isso me preocupam os erros, lapsos ou imperfeições, pequenos ou grandes. Que são, também, uma forma de estímulo e de incentivo. As limitações devem ser encaradas pela positiva e usadas para motivar o desejo de as suplantar.

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Título

"Mulher "à procura de Deus" fura segurança na base onde estão os F'16".
DN, 08-11-2006

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07 novembro 2006

Historietazita

O homem parou no quiosque para comprar o jornal. Nos dias úteis, era uma das suas rotinas. As outras eram o caminhar, a recolha do jornal gratuito e o tomar do transporte para o trabalho. Ao vê-lo ali, o vendedor ensaiou o gesto de sempre: dobrou o jornal ao meio e esperou pelo pagamento. O homem puxou da carteira, retirou uma moeda e aguardou, expectante, a entrega do seu jornal. A moeda tinha um valor superior ao do preço de capa. Por causa do troco, o homem aguardou. Ligeiramente desconfiado. Enquanto esperava, uma senhora, presumível cliente habitual, aproximou-se também do quiosque. O vendedor dobrou o jornal destinado ao homem e, distraído, colocou-o nas mãos da senhora. Como o homem previra, o vendedor entregou-lhe uma demasia menor do que aquela a que tinha direito. "Apanhei-te!" - sentenciou o homem para os seus pensamentos. - Sr. Fulano, o troco não está certo! - justiçou o homem. - Tem razão, desculpe! A moeda ainda está aqui na mão. Desculpe! O homem aceitou as desculpas, retirou o jornal das mãos da senhora e pôs-se ao caminho, satisfeito consigo próprio. A quantia não era, de todo, o mais importante, mas sim o ter sabido defender-se. Sem direito a dúvidas. Com este afago do ego, a caminhada continuou mais leve e radiosa. Apesar do dia chuvoso e da multidão de pessoas a pé, castigadas por mais uma greve do metro. Finalmente, o nosso homem tinha chegado ao autocarro que o transportaria para o trabalho. Entrou, deu os bons-dias e sentou-se. Pegou no jornal e desdobrou-o, preparando-se para uma sessão de leitura, merecida e esperada. Algo não batia certo, estranhou. Mirou e remirou a primeira e a última páginas, olhou para os títulos e conferiu os destaques. O que o nosso homem tinha à sua frente era-lhe insuportável enquanto visão; era uma típica cena de que "a vingança se serve fria": tinha trazido e transportado debaixo do braço, contente pela sua pequena vitória, um digno, belo e primoroso exemplar do jornal do dia anterior!!! Que ele tinha já comprado. No dia anterior. E no mesmo sítio...

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06 novembro 2006

Exercício

Escrever de forma simples, precisa e concreta. Dizer só o necessário. Conter as emoções. Uma ideia, uma frase. O essencial estar condensado. O sentido pleno. Harmonia e equilíbrio. Catarse e reencontro. Espírito e matéria. Fundamento. Busca. Caminho. Acção. Contemplação. Começo e fim.

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Dava jeito

Devem ser muito poucos os que não se sentem desamparados - para não dizer coisa pior - quando se dirigem aos bancos para negociar empréstimos: spread para aqui, taxas de juro para ali e impostos a rematar, tudo servido numa linguagem muito pouco acessível e esotérica para a maioria. Os resultados são os que se adivinham: uma cabazada para o cliente! Que na maioria das vezes ainda agradece, até porque não percebeu a maioria do que lhe disseram ou fizeram.
Cada vez mais, as vantagens de alguma literacia financeira parecem-me óbvias, até porque o envolvimento com os bancos é cada vez maior: a casa, o carrito, as férias, etc, e a complexidade desse envolvimento também. Veja-se o caso recente dos arredondamentos dos juros e conclua-se, se sim ou não, este tipo de literacia não dava jeito, neste e noutros casos.

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05 novembro 2006

Dúvidas

O novo programa do Gato Fedorento, "Diz que é uma Espécie de Magazine", não me está a convencer muito. Não sei se é do tempo, se é do programa, mas, ao vê-lo, já me deixo adormecer com muita facilidade. Deve ser do tempo - começou a chover... Também me parece que os rapazes não estarão muito confortáveis com o formato de programa que escolheram. Estarei a ver bem? Era uma pena que o Gato Fedorento, de consenso alargado no panorama do humor português, passasse a "bombo de festa". Era mesmo uma pena e eles não merecem.

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04 novembro 2006

Aposta?

Não passou despercebida a muitas pessoas, penso, a campanha publicitária do Sol para a edição de hoje. Como o Expresso já não oferecia DVD, o Sol apostou numa cara e num perfil dos mais polémicos em Portugal, Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do F.C. do Porto. É uma aposta arrojada e forte, de quem não está a brincar em serviço nem a dormir na forma. Reafirmo o que disse antes: a campanha publicitária do Sol é feita por quem sabe e conhece o mercado português. Vai uma aposta?

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