27 novembro 2007

Revolta

Espanto - e dos grandes! - ao ler as referências a Moncorvo no livro de Vasco Pulido Valente, Ir Prò Maneta, dedicado à revolta contra os Franceses em 1808. Fiquei curioso e interessado.

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Quotidiano

Levanta-se. Toma o pequeno-almoço. Sai de casa. Recolhe os gratuitos. Apanha o autocarro. Lê os jornais. Ouve, fala e olha a paisagem. Chega ao trabalho. Toma um café. Entra na sala. Faz o seu trabalho. Pára para almoçar. Come uma sopa e bebe um café. Regressa à sala. Faz o seu trabalho. Sai do trabalho. Apanha o autocarro. Chega a casa. Sorve uma sopa e mastiga uma peça de fruta. Deita-se.

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Última aula

Há dias, li no Público, um professor catedrático de Direito, em Coimbra, «deu» a sua última aula. «Deu», é como quem diz. Na verdade, «deram» a aula por ele, consequência de uma bizarra e, pelos vistos, antiga, tradição de «impedir» os catedráticos de Direito de leccionarem a «sua» última aula. Tradição é tradição e, na faculdade de Direito de Coimbra, a tradição é para se cumprir, mesmo que contrariado(s).
Há vários casos de professores que se devotaram ao ensino, de corpo e alma. Quem estudou, qualquer que tenha sido o nível de ensino, decerto encontrará e recordará exemplos desta entrega à profissão que escolheram. Eu encontrei e recordo alguns dos meus. E uma das coisas que recordo, sem dificuldade, era, precisamente, o prazer de dar aulas - mesmo que fosse a última. «Não poder» dar a última aula, por capricho e tradição que se mantém, parece-me castigo severo para estes professores. Diria mesmo, estúpido.
Questiono-me se, no ensino público, um professor, um «mestre» que tenha atingido o limite de idade deva passar à reforma, sem mais. Não sei se o podem fazer, mas não me incomoda nada que, estando capazes e querendo, pudessem lá continuar... a dar aulas, porque não?

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25 novembro 2007

Futsal

Depois do Europeu, realizado em Portugal, fiquei com uma ideia mais favorável sobre o Futsal. Sobretudo graças à Espanha e à Itália, para mim claramente as duas melhores selecções da competição. A nossa não me encheu o olho, mas acho que fizeram um campeonato com algum interesse, pagando o preço de alguma falta de experiência nestas andanças.
Para quem tinha dúvidas sobre quem foram as melhores equipas do torneio, elas ficaram desfeitas no jogo da final: Espanha e Itália. Foi um jogo animado e vibrante. A Espanha está claramente uns furos acima de todas as que participaram, vencendo com mérito. A ideia que sobressai é a de um grande profissionalismo, o que já não surpreende nos nossos vizinhos. Mas é um facto.

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Interior

O presidente da República e o primeiro-ministro estiveram no Interior, um na Beira e outro em Trás-os-Montes. Louva-se a disponibilidade, a manifestação de preocupações e o lançamento de iniciativas, sobretudo de âmbito rodoviário. Boas intenções e projectos, sem dúvida, mas ineficazes, pois duvido que isso altere o plano inclinado irreversível do declínio e da desertificação do Interior do país.

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23 novembro 2007

Campeões?!...

Portugal classificou-se, com dificuldade, para o próximo Europeu de futebol. Nem isso esmoreceu o ânimo de algumas almas mais entusiastas, que já falam na vitória nessa competição. A gente não tem emenda: num dia bestas, noutro bestiais!

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Diagnóstico

Num infantário, a professora, de trinta e tal anos, senta-se num banco, gemendo ligeiramente e esfregando as pernas.
Um dos seus alunos, de quatro anos, ao vê-la naquele sofrimento diagnostica, perspicaz:
- Dores de crescimento!

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Em trânsito

A presidência da União Europeia (UE) mobiliza um número muito apreciável, suponho, de técnicos e de recursos da Administração Pública. Seja em reuniões, comissões, comitivas, missões ou afins, deve ser grande o número de pessoas e de instituições envolvidas. Não sei se isso é ou vai ser feito, mas julgo que era útil e curioso fazer um apanhado geral da participação de funcionários e de instituições públicos nas reuniões da presidência da União Europeia e ou iniciativas com ela relacionadas. Não sei quais seriam os resultados, se interessantes, se preocupantes, surpreendentes ou irrelevantes. Julgo que seria um exercício útil, apesar de tudo, saber da necessidade, da razoabilidade ou da pertinência de algumas participações e do verdadeiro e real interesse, para o País e para a UE, de muitas das iniciativas realizadas ou a realizar. Para os funcionários envolvidos, dado o volume e a cadência de iniciativas, não me custa a acreditar que, para muitos deles, a sua situação mais comum seja a de «em trânsito»: de reunião, de local, de estadia, de aeroporto...

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22 novembro 2007

Apuramento

Depois do jogo com a Arménia, estava apreensivo o bastante no jogo de ontem. Felizmente, as coisas correram bem quanto ao objectivo principal, o apuramento, e já não tão bem quanto às exibições e alguns resultados. Ontem, com a Finlândia, as coisas poderiam ter corrido melhor, em concreto deveríamos ter ganho o jogo e não sofrer alguns calafrios como os da parte final. No cômputo geral, o apuramento foi algo sofrido e, reconheça-se, aquém das expectativas: apesar de ter sido conseguido, talvez se esperasse mais alguma coisa. Uma coisa boa, também, foi a renovação da equipa, embora tenha vindo ao de cima a constatação, que não podemos iludir, que temos um leque de escolha mais pequeno do que outros. Quanto os jogadores, julgo nunca me ter enganado quanto à mais-valia que Pepe nos vai dar - o jogo de ontem aí esteve para o confirmar.

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21 novembro 2007

Chá

A mezinha caseira ainda faz efeito, apesar do conhecimento e do dinheiro investidos na prática médica e farmacêutica. Viva o chá, que agora vou ver a bola!

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Portal do Cidadão

Graças também às novas tecnologias, o contacto com os serviços públicos tem-se tornado mais fácil e mais cómodo. Hoje em dia, não há praticamente entidade ou serviço públicos, de expressão nacional, regional ou local, que não tenha um sítio na internet e um endereço de mail, para além dos habituais endereço postal, telefone e fax. Não é por falta de meios de contacto ou seu desconhecimento que, muitas vezes, não se concretiza ou realiza o «diálogo» com estas entidades.
Sendo cómodo e fácil, no entanto, isso não significa que ele possa ser mais eficaz. Quantas vezes - demasiadas vezes, às vezes - não desesperamos pela resposta ou solução de problemas ou pela simples prestação de informação, apesar da facilidade e da modernidade dos contactos colocados à disposição do utente... Apesar de tudo isso, a maioria das coisas mudou e para melhor, como tive oportunidade de verificar hoje, com os serviços do Portal do Cidadão. Mesmo tendo em atenção as frases de circunstância e inerentes ao protocolo, todavia indispensáveis, não deixa de ser gratificante ver transpostas, no concreto, sugestões de alteração e melhoria do serviço que se presta, feitas por um qualquer cidadão. Ganhámos, penso eu, todos. A cidadania também passa por aqui, pelos pequenos gestos e pelos pequenos ganhos.

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20 novembro 2007

Chuva

Chegou a chuva e, parece-me, já se vai embora. Enquanto cá esteve, fez vir ao de cima o que é habitual: lixo, lixo, lixo, caos no trânsito, buracos, buraquinhos e buracões e uma genérica evidência
de coisas mal feitas, atamancadas, presas por arames ou cordas rascas, num perpétuo ciclo de amadorismo, irresponsabilidade e de espírito do «pontapé p' frente e fé em Deus».

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Labirinto

Não é fácil alguém mover-se pelo labirinto «União Europeia». Não por falta de meios de informação, mas pela própria natureza desse universo institucional e jurídico. Não é papel para amadores e só isso chega para justificar o grande, o enorme desconhecimento e desinteresse sobre o que é, o que representa e o que se pode esperar, ou não, da União Europeia. Enquanto esta compreensão não cativar o cidadão normal, nada mais restará do que um universo esotérico - só e apenas para iniciados.

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17 novembro 2007

Clima

Até há poucos dias, endeusava-se o bom tempo e aplaudi-se a temperatura estival. Toda a minha gente, com mais ou menos responsabilidade, dizia-se atento, mas não preocupado. Hoje, aos poucos, começa a lamentar-se a falta de chuva e a situação de seca (ligeira, dizem). Talvez e oxalá tenhamos sorte, para quem ainda se lembre do que se verificou há mais ou menos dois anos...

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Ordem

Já suspeitava que os médicos eram muito ciosos e assertivos sobre o que consideram as «suas coisas». Viu-se numa conferência de imprensa recente, na sequência de polémica com o ministro da Saúde. Para quem viu, a sensação que ficou é a de que «eles é que sabem» e tudo o resto, incluindo o ministro, tem que aceitar esta situação. Afinal, qual é «o poder» da Ordem?... E do Estado, já agora?...

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Preocupações

Há qualquer coisa de estranho, pelo menos na sua dimensão, no caso da alegada corrupção de dois árbitros da Associação de Futebol de Viseu: foi notícia de abertura de todos os telejornais, com direito a reportagem no local e nos tribunais, e notícia nos jornais. O enredo e os protagonistas envolvidos pertencem a um campeonato distrital e os montantes falados são de «fazer chorar» os corações e as almas empedernidas. Preocupações de um país real...

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15 novembro 2007

Paradoxo

Vivemos submersos em informação e cada vez sabemos menos.

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Aforismo

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Filosofia. Instituído, pela UNESCO, em 2005, só este ano o descobri. Com as devidas desculpas a Sócrates (o filósofo), eis um caso de que «só sei que nada s(abia)ei»... da existência deste dia!

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13 novembro 2007

Golfe

Sendo nova a experiência e, até agora, única, duas coisas aprendi acerca do golfe: é mais difícil do que parece, a primeira; pode ser uma coisa entusiasmante, a segunda.

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Exercitando

Começa por uma letra. À qual se junta outra... e outra... e outra - temos uma palavra. Junto-lhe mais uma, ou duas, ou três ou mais - aparece a frase. Ligo uma à outra, à outra e a mais alguma - tenho um parágrafo. Construí um texto.

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11 novembro 2007

S. Martinho

Está na hora das castanhas. Nada mais conta.

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Hombre, que surpresa!

Até ontem, o cidadão normal pensaria que as reuniões políticas internacionais, cheias de presidentes e diplomatas, decorriam sob o signo do auto-controlo, da urbanidade e cheias de salamaleques. Até ontem, dizia eu, quando se viu o rei de Espanha a mandar calar Hugo Chávez, presidente da Venezuela. Palmas para o hombre!

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07 novembro 2007

21 Gramas

21 Gramas é um filme que me impressionou muito. É de uma violência emocional incrível. Chega a ser incómodo o visionamento. Incómodo que se acentua com as grandes interpretações dos actores e actrizes do filme. Visto num écrã de cinema, e não de televisão, como foi, deve ser esmagador.

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Magia

Tarik, jogador do Porto, mostrou ontem, no jogo com o Marselha, o porquê de o futebol ser um jogo de que se gosta. Cada vez mais raros, é certo, há momentos assim nos jogos de futebol. Foi um momento especial e encantatório, para lá de todas as tácticas e sistemas. Foi o momento da paixão da bola, do jogador livre, talentoso e ousado, ladino a tornear os adversários, a caminho da baliza, glorioso. Memórias de jogos de garotada, na rua. Magia pura, digna de alquimista. O futebol agradece.

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05 novembro 2007

Origens

É uma sensação estranha, o regresso às origens. Os lugares e as pessoas mudaram. Até o tempo é estranho: anda-se de manga curta e foge-se do sol.
É sempre assim, nestas voltas e retornos: quer-se estar e quer-se vir embora. Encantamentos antigos foram-se. O tempo não pára e não perdoa.

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