Naquele dia, na avenida, com pouco movimento, era mais fácil visualizar factos que, noutro dia, podem passar despercebidos ou alheados da azáfama dos passeantes... À primeira vista, nada de estranho, aparentemente, na posição de um condutor de um carro, conveniente e devidamente estacionado, com a porta aberta, e onde, pacatamente, se está encostado de frente, mas com algum espaço da porta. Só com a aproximação, porém, é que se começa a desmontar a imagem e o cenário aparentemente anódinos de um condutor de fora da sua viatura estacionada, com o braço pousado na porta: o som familiar de alguém que se alivia com um xi-xi para a calçada!... Perscrutado o horizonte e as imediações em busca de uma placa ou sinal indicativo de «mijada autorizada», obviamente inexistente, restou o encolher de ombros do passeante, assim como que resignado, saindo-lhe um comentário, sob a forma de aforismo caseiro: «se lhe apetecer verter águas, estacione primeiro».
Etiquetas: Cidade