30 abril 2007

Derbies

Os derbies são sinónimo de emoção, rivalidade e confronto. Também deveriam ser de sonho. No fim-de-semana, os dois derbies programados, o Boavista-Porto e o Benfica-Sporting, tiveram estes predicados, mais de uns do que de outros. Dos dois, no entanto, resulta uma característica comum: foram parcos de ambição. Não sei se é do campeonato, dos clubes, dos jogadores ou dos treinadores. É uma constatação. Estando neles envolvidos os 3 primeiros classificados, esperava-se mais de qualquer um deles. Por ironia, o único que foi derrotado (e bem), o Porto, acabou por ser «beneficiado», feitas as contas. Os outros dois preferiram o pontinho partilhado. É um outro «derby», no fundo: ambição em excesso é perigosa, é melhor garantir o certo em vez do duvidoso. Muito à portuguesa.

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25 abril 2007

Jogo

O rapaz tem cara e ar de boxeur. O momento é um clássico, mas só para quem sabe: desmarcação, remate na passada, golo. Wayne Rooney, ontem, no Manchester 3-Milão 2. Cristiano Ronaldo estava lá, mas a noite foi de Káká, Rooney e de Paul Scholes.

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Indescritível

A primeira colheita do ano: 4 rabanetes, dois morangos e três alfaces. Tanta «fartura» só se aceita e se agradece fora de um contexto materialista. É indescritível a alegria e o prazer de colher o que se semeou e cuidou. É um bálsamo para a alma.

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TLEBS, again

Não é só a Universidade Independente que contribui para os enredos típicos de telenovela. Também a TLEBS faz pela vida nessa matéria, como demonstra o mais recente artigo de Vasco Graça-Moura no Diário de Notícias de hoje. Já era de prever. A ideia peregrina de manter a TLEBS no Secundário, entre outras, estava mesmo a pedir um comentário de Graça-Moura. E, como o homem não se costuma ficar pela rama, acredito que a polémica tem pernas para andar e continuar. Devem estar a chegar mais «munições» e «petardos» de outra «rapaziada» que tem «varejado» a TLEBS.

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Jantar

Pinto da Costa é presidente do F. C. do Porto há 25 anos. O seu lugar na história do clube será dificilmente esquecido ou ultrapassável. Apesar de...
No jantar comemorativo, houve um momento, a que só posso aceder com recurso à descrição de um jornalista que lá esteve, que é de uma força e de uma carga simbólicas dignas de um filme de culto - O Padrinho é a referência óbvia - e que é este: descer as escadas de acesso ao salão do Palácio da Bolsa, onde seria servido o jantar, ladeado pela sua filha e pelo bispo do Porto. Melhor e mais forte imagem não há. Para azar de Pinto da Costa, Francis Ford Coppola não foi ao jantar...

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De somenos?

Passam hoje 33 anos sobre o 25 de Abril de 1974. Há uma memória que é recorrente ao longo destes anos todos: o fim da guerra colonial. Não é uma recordação de somenos. Para quem tenha nascido na década de 50 ou 60, fazer a guerra em África era uma hipótese com que se tinha de contar, mais ou menos certa. Muito do futuro das jovens gerações de então, homens e mulheres, não se compreende sem isto. Coisa de somenos?...

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24 abril 2007

Saúde

Eusébio foi operado e as coisas correram bem. É difícil olharmos para um ídolo e um herói e ver nele um ser mortal. Que vai morrer um dia, não a sua memória. Pareceu-me sincera e generalizada a preocupação da maioria das pessoas com o estado de saúde de Eusébio. E esse é um sentimento bonito. Que dignifica as pessoas e revela um gesto de reconhecimento por tudo o que Eusébio lhes deu, nos deu.
Para as televisões e para a nova «coqueluche» dos hospitais, então, foi uma bênção. O que interessa é que o homem melhore. Saúde, Eusébio!

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22 abril 2007

Ovo Kinder

Paulo Portas derrotou Ribeiro e Castro. Penso que o desfecho era esperado, inclusive para o ex-presidente do partido. Para além do resultado, para a história e o anedotário político português vai ficar mais uma «epígrafe» de Portas, «Ovo Kinder», cunhada por Ribeiro e Castro.

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21 abril 2007

Milagre?

Relanceava os olhos pelo o jardim e ficava preocupado. A falta de água punha em causa o germinar das flores, recém-semeadas. Era um problema, a falta de água próxima. Olhava para o céu e pensava: «Que bom, se chovesse entretanto. Pelo menos para as terras e plantas». Os ameaços de trovoada, nos últimos dias, davam-lhe algum alento, que depressa se transformavam em desilusão.
Os sinais empíricos, como o levantar do avião na direcção «X», também apontavam nesse sentido, mas nada de pinga de chuva.
Ontem, de manhã, caminhava pela rua e olhou para o céu. Notou que ele, o céu, estava com uma configuração de nuvens mais favorável aos seus anseios e formulou o seu pedido, baixinho para que a comunicação se estabelecesse por meio apropriado, que é o da intimidade das crenças: «Ó S. Pedro, manda lá chuva!».
Caminhou meia dúzia de metros e sentiu uma pinga na cabeça. De tão pequena, não lhe deu importância ou atenção. Depois uma, e outra, e outra, cada vez mais fortes e persistentes. Acelerou o passo para um local abrigado, que a isso o obrigava agora o ritmo e a cadência da chuva. Lentamente, a cor do chão mudou. O pó assentou e a terra, macia, acolhia a seiva que a mantém e sustenta. Olhei para o céu, já a salvo de uma molha inesperada, ainda que bem-acolhida, e agradeci: «Obrigado, S. Pedro, por esta chuvinha. Podias era ter esperado um bocadinho...».

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20 abril 2007

TLEBS

Já tinha «saudades» dela e da polémica que arrasta. Anteontem, uma portaria publicada no Diário da República suspendeu a sua aplicação no ensino básico. Pelos vistos, nem tudo é mau e, parece, ainda reina algum bom-senso neste país, mesmo que a custo. Esta notícia, e o arrepiar caminho, são bons indícios. A saga da TLEBS continua. E a polémica, também.

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Pleno

O Ricardo Pereira, dos Gato Fedorento, obteve um pleno raro na cena política nacional, pelo menos nas franjas radicais. Depois de ameaçado pela extrema direita, foi vetado pelos jovens comunistas.

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Golaços

Messi ou Maradona? Eis o debate do momento. Falamos de bola, é claro, de golos, mais propriamente. Qualquer um deles é um «golaço». De fazer levantar as bancadas e obrigar a palmas de toda a gente. Em qualquer um deles, a metáfora mais fantástica do futebol: eu, sozinho, contra uma equipa, e venço! É o sonho de qualquer criança.

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19 abril 2007

Músicas

A whiter shade of pale, Procol Harum, Long train runnin', The Doobie Brothers, The girl from Ipanema, Stan Getz/João Gilberto, Surfin' USA, The Beach Boys,..., são músicas «eternas» e que tenho privilégio de ouvir na «minha» rádio privada. Quero lá saber que se repitam e ouçam, ouçam, ouçam. Nunca cansam. Por isso, são «eternas».

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Revista

Só hoje tive oportunidade de ler a revista Pública de domingo passado. Deitei-a fora! Só com este gesto me dei conta, de forma inequívoca, do meu afastamento em relação ao modelo e, sobretudo, ao conteúdo: contam-se, pelos dedos de uma mão, as páginas que se «podem» ler. Tudo o resto será para leitores que não eu. Reconheço que a vida não está fácil para os jornais pagos, mas tem que se ver até onde se pode ir para garantir e angariar público. Será que vale tudo, ou, melhor dizendo, nada?...

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Voilà

Gosto mesmo do programa Clube dos Jornalistas, que passa na RTP2. Temas e debates interessantes, actuais, sérios e construtivos. Hoje, o tema era a eleição presidencial em França. Aí se dissecou a França, o habitual «farol» civilizacional de muita da nossa intelligentsia, a sua maneira de ser e de estar, os candidatos e as implicações de tudo isto para a União Europeia. Voilà!

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Debate

Vi o debate entre Paulo Portas e Ribeiro e Castro. Num meio como a televisão, é gritante a diferença entre os 2 candidatos. Tratou-se de um combate desigual, em que Portas leva claramente vantagem. A imagem e a mensagem do «Paulinho» passam facilmente e de forma eficaz, ao contrário de Ribeiro e Castro. Duvido que os militantes do CDS escapem ao efeito «encantatório» do media televisão. Por isso, Portas já ganhou. O soundbite na política portuguesa vai aquecer e o «picante» de um confronto entre Portas e Sócrates promete. Marques Mendes passou para segundo plano. Irremediavelmente.

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Conferência de imprensa

O que espanta, na confusão que dá pelo nome de Universidade Independente, é a sucessão de factos absurdos, anedóticos e incompreensíveis que se têm vindo a verificar. A conferência de imprensa de ontem foi mais mais um exemplo. Era hoje, era amanhã, tinha/não tinha revelações bombásticas, era/não era sobre o caso Sócrates, sim/mas/talvez, tem (?) credibilidade e projecto (?) pedagógico.
E a equipa reitoral, meu Deus, onde é que vão arranjar estes «cromos»?! «Mãe Santíssima»!

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18 abril 2007

Hortas

A caminho do trabalho, vejo-as todos os dias: bem arranjadas, geométricas, viçosas. Estão «plantadas» em terrenos circundantes de vias rápidas, partilhadas por vários «proprietários». Os resultados que estes «agricultores» apresentam são convidativos ao olhar, irresistível na ânsia de querer apreender, num ápice, o «como» e o «porquê» daquela beleza e equilíbrio.

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Avô e neto

Hoje, cruzei-me na rua com um avô e o seu neto, partilhando a mesma bicicleta: o avô conduzia e o neto ia sentado atrás, numa cadeira preparada já para esse efeito. Achei curioso e um sinal dos tempos. Relativamente comum nos pais mais jovens, mas ainda não tinha visto com um avô como protagonista. Foi giro.

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17 abril 2007

Telenovela

Cada vez mais, o caso à volta das habilitações do primeiro-ministro está transformado numa telenovela. Todos os dias, nuns mais do que noutros, o tema lá vem «à baila». É a lógica da telenovela no seu esplendor, com os seus «ídolos», os seus «protagonistas», os seus «argumentistas».

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15 abril 2007

Jacknife

Jacknife é um filme feito em 1989, mas só agora o vi. Passou na TV1 hoje e foi mais uma oportunidade de ver Robert De Niro em acção. Palavras para quê? É Robert De Niro.

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13 abril 2007

Cedo

Vi a entrevista com o primeiro-ministro. Li as notícias e os comentários. Prestei atenção aos comentadores e aos cidadãos comuns. Honestamente, acho que persistem dúvidas. Podem até ser de pormenor, mas persistem. Não sei se sou o único, ou se há mais gente.
Está para se avaliar - ainda é cedo - se este caso vai afectar, ou não, a imagem e o desempenho do primeiro-ministro. Agora, não tenho dúvidas, o juízo e o escrutínio que se fizer sobre José Sócrates, primeiro-ministro, irão ser feitos, a partir de agora, com uma «malha» mais fina e implacável. Os próximos tempos não deverão ser fáceis.

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Boa noite

Já devia ter juízo e estar a dormir.
Boa noite.

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Professores e alunos

Não sei quais as causas ou quem é responsável pelas situações de violência de que são vítimas os professores. As minhas afinidades, familiares e pessoais, com pessoas que têm essa profissão levam-me a rejeitar esse estado de coisas, achando necessário que algo tem que ser feito e rapidamente. Não chega andar a invocar a «paixão», a «grande preocupação» ou a «opção estratégica» e passar ao lado deste fenómeno.
Talvez um primeiro passo tenha sido dado no Conselho de Ministros de ontem, que aprovou alterações ao Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário, e que podem ir de encontro ou representar uma tentativa - que se deseja séria - de lidar com o problema.
Já agora, fiquei com curiosidade em saber que alterações e que tipo de implicações é que isso irá comportar. Vou esperar pela publicação no Diário da República.

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Foi-se

O Benfica foi-se. Perdeu uma das melhores oportunidades de estar nas meias-finais da Taça UEFA, o que talvez não se venha a repetir tão cedo. O resultado da 1.ª mão era bastante bom e parecia tudo encaminhado. Não foi. Só contam as que entram, não as que vão ao poste (foram duas). O guarda-redes do Espanhol fez o resto. O Benfica só pode queixar-se dele próprio.

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12 abril 2007

Renda

Já não é uma situação vulgar, ver alguém a fazer renda. Ainda para mais, sendo uma pessoa nova. É um quadro anacrónico, mas fascinante. Talvez pela invulgaridade.
A senhora, jovem e de cabelo ruivo, executa, paciente e compenetradamente, o seu rendilhado.
O quadro parece estar desfasado do tempo. Num outro cenário, facilmente reproduziria o quotidiano de anos atrás ou de outro tipo de vivência, que não a urbana e os tempos actuais. À sua dimensão, é uma «máquina do tempo».

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11 abril 2007

Cabazada

Já nem nos distritais deve haver resultados assim: Manchester 7, Roma 1.
É uma «cabazada» à antiga. E com uma equipa italiana?!... Decididamente, o catenaccio já não deve ser o que era.

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Fulminante

Pode-se gostar ou não do homem. Agora, factos são factos: José Mourinho, como treinador de sucesso, continua na «crista da onda». Como se viu hoje, no jogo com o Valência, a haver um vencedor só podia ser o Chelsea. À medida que o jogo decorria, via-se como que uma «estratégia de aranha» a ser explanada: a «vítima» vai sendo enredada, manietada, posta à disposição. Até o facto de o golo acontecer em cima dos 90 minutos parecia o corolário lógico disso. Foi o golpe final e fulminante. Como Mourinho gosta. O árbitro apitou logo a seguir.

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Interpreta(ções)

A condenação do Público vai ser um dos temas dos próximos dias. Como não tenho conhecimentos para esgrimir argumentos contra ou favor do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, tenho que me cingir à minha ignorância e esperar o que é que isto vai dar. Que vai dar polémica, não tenho dúvidas.
Apesar das limitações e conhecimentos, tive curiosidade de ler o Acórdão. Pelo que li e percebi, os argumentos para justificar a condenação parecem assentar numa estrutura consistente e - pormenor não despiciendo - compreensível pelo «comum dos mortais». Mas, se for o caso, o que não se compreende é como é que outra interpretação teve acolhimento nas outras instâncias judiciais. As «cartilhas» não serão as mesmas?...
Para um jurista isto deve ser normal e facilmente justificável. Agora, para o cidadão comum...

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10 abril 2007

Culinária

O empate de ontem do Benfica, em Aveiro, veio introduzir um «picante» adicional na luta pelo título. Ao contrário do que esperariam os benfiquistas, a «receita saíu-lhes pela panela». Em vez de estarem a «cozinhar o Porto», apesar de a pressão continuar forte, têm agora que se preocupar com o «convidado Sporting», que se «chegou à sua (benfiquista) mesa». Se vai ser um «Sebastião come-tude», só no fim se verá.

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Providenciazita

Embora provisória ainda, duvido que alguma «alma» sensata não estivesse à espera que a decisão do ministro sobre a Universidade Independente fosse a que foi. Ministro que é agora acusado pela universidade de ser o «responsável pela instabilidade»...
Não sei se é possível ou viável - os juristas que o digam - mas já começo a «ver» o filme: com «sorte», a decisão definitiva do ministro lá irá ser submetida a uma «providenciazita cautelar»... Mas onde é que já se viu este filme?...

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08 abril 2007

GDM

O GDM continua a sua carreira e desempenho na III Divisão. Uma prenda para os moncorvenses.

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Páscoa

Boa Páscoa!

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07 abril 2007

Pasta Medicinal Couto

Não me lembro de usar a Pasta Medicinal Couto. Mas lembro-me, e bem, de um anúncio que fizeram, onde se mostrava um artista a rodar uma cadeira presa nos dentes. E lembro-me muito bem - tão bem, que ainda o utilizo com frequência - da mensagem publicitária que ilustrava o anúncio e que era assim: «Palavras para quê? É um artista português e usa Pasta Medicinal Couto». Está visto que o anúncio e a mensagem foram um sucesso, como se comprova passados estes anos. E o jeito que me têm dado! A mim e a todos aqueles que, usem ou não usem a Pasta Medicinal Couto - que faz 75 anos - são, à sua maneira, «artistas portugueses»...

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Prognóstico

«Prognósticos, só no fim do jogo», é uma frase popularizada por um conhecido jogador de futebol (João Pinto). É o que me apetece fazer em relação à decisão que Mariano Gago vai ter que tomar sobre a Universidade Independente. Qualquer que ela seja, o homem vai ter que se haver, calculo, com a necessidade de a explicar muito bem, por via das dúvidas. Pode parecer apenas uma questão de natureza burocrático-administrativa, mas não o é. E toda a gente sabe isso. Nesta fase, já ultrapassámos esse estádio. Não queria estar na sua pele.

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Rir ou chorar?

Que a situação na Universidade Independente é uma «trapalhada», penso que já ninguém tem dúvidas. É uma daquelas situações em que não sabemos se devemos rir ou chorar. Rir, porque a sucessão de episódios, de protagonistas e desenvolvimentos diversos, laterais, verticais ou horizontais, é de tal ordem, que parece que estamos a viver uma comédia digna das comédias portuguesas dos Anos 30-40, aquelas em que António Silva, Vasco Santana, Ribeirinho e outros actores e actrizes protagonizavam.
Chorar, porque o rol de confusões, omissões, relaxes a isso nos conduz, testemunhas de um processo pouco digno, mal acompanhado e tutelado, dando uma péssima imagem de pessoas e instituições. E isto não é risível.

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Pepe

O Porto pode ser campeão. Ou não. Ontem, más notícias, muito más, apesar do resultado no jogo. Pepe acabou para esta época. E daí? Não faço a coisa por menos: Pepe é «só» o melhor central a jogar na Liga Portuguesa! Como estão as coisas, deixar de poder contar com ele, uma clara e segura mais-valia, pode vir a ser complicado. Se não fosse a lesão, duvido que ficasse no Porto na próxima época. Alguns pontos, quer a defender, quer a atacar, deu ele ao Porto, neste campeonato.
Sou dos que gostava de continuar a vê-lo no clube e, também, na selecção, o que para muitos é uma heresia - não sei porquê.
Neste momento, o azar é só dele e do clube. Se, por causa de qualquer mesquinhez, também se afastar da selecção... então, o azar também será nosso.

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06 abril 2007

Empada

Por tradição cultural e religiosa, hoje não é suposto comer-se carne. Vá lá, também não custará muito e está, até, de acordo com os padrões do «politicamente correcto». Seja.
Nesta época, que saudades tenho de uma boa empada!

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Taça

Estou convencido que as competições de futebol a eliminar são as que mais favorecem as equipas portuguesas. Por duas razões: pelo tipo de jogo e pelo menor desgaste físico e psíquico. Em competição ou fase a eliminar temos mais hipóteses do que no sistema «tipo campeonato», mais exigente, onde há necessidade de maior consistência, técnica, mental e de plantel. Deve ser o que vai acontecer ao Benfica, depois do que se viu ontem. A eliminatória esteve «praticamente perdida» contra o Espanhol, que chegou aos 3-0. Depois, em dois ou três minutos, o Benfica marcou dois golos e remeteu tudo para Lisboa, o que me parece que irá conseguir. A não ser...
O jogo também serviu para mostrar uma «eterna» evidência. Quando os jogadores são bons, como Rui Costa, a idade e o físico podem já não ajudar, é certo, mas os pés e a cabeça mantêm o estatuto de «estrela». E a mudança - oh, a mudança! - aparece sem esforço. Mas isto, é só para alguns...

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Transferências

Hoje, há uma notícia que é do agrado de milhares e milhares de portugueses: a da entrada em vigor da nova legislação sobre a transferência de créditos na habitação. «Hip, hip hurra!» - em direcção ao novo e alegre patamar para o endividamento!
Apesar destas boas notícias - que o são, indiscutivelmente - há que encará-las, contudo, com alguma apreensão: a banca não se vai ficar, provavelmente, e tratará de «inventar» algo. É previsível esperar que isso aconteça. É a sabedoria popular que nos ensina: «o pobre, quando a esmola é demasiada, desconfia da fartura»...

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É a vida

Não há volta a dar e não restam dúvidas. O tema do momento é o das habilitações académicas do primeiro-ministro. Cada dia que passa, mais um órgão de comunicação social, uma notícia, um comentário ou um desmentido vão atirando «achas para a fogueira». Hoje, foi o Diário de Notícias e a Presidência da República. Queira-se ou não, o tema não «sai de cena». Os efeitos na imagem do primeiro-ministro - e, provavelmente, no Governo - vão deixar marcas, como me parece que já estará a acontecer: são imagens de uma grande crueza, mostrando um José Sócrates apreensivo e na defensiva. Quem diria!
A RTP é que pode «esfregar as mãos». A prometida entrevista com Sócrates, agendada para quarta-feira, depois de conhecida a decisão do ministério da tutela sobre a Universidade Independente, vai, com certeza, pulverizar os índices de audiência. Desta vez, a TVI e a SIC não devem «safar-se» com a receita de programas do costume. «É a vida».

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05 abril 2007

Cartaz

«Talento», «irreverência», «ironia», «oportunidade», são algumas das palavras que me vêm à cabeça acerca do cartaz do Gato Fedorento. Um marco.

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Eureka, o assobio!

Muita gente não passa sem o seu leitor portátil de música. Desde o tempo do rádio a pilhas, passando pelo walkman, o leitor de CD ou, mais recentemente, pelo iPOD, muitas pessoas se habituaram a deslocar com a música atrás.
Mas, antes destes todos e continuando, no princípio era ... o assobio! É verdade, o assobio: «reproduz» música, possui uma «memória», pode ser «configurado» e é «portátil»!
Apercebi-me disto hoje de manhã, ao andar, enquanto assobiava («reproduzia») a melodia que tinha ouvido («gravado») na rádio, minutos antes. Foi a minha Eureka de hoje!

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Fado do Encontro

Até hoje desconhecia o nome da canção e de quem a interpretava. Sabia uma coisa, contudo: gostava muito de ouvi-la. E trauteava-a, por vezes. Hoje sei que se chama Fado do Encontro e que os intérpretes são o Tim, dos Xutos & Pontapés, a Mariza e o Mário Laginha, no piano. A letra, as vozes e o acompanhamento ao piano dão-lhe um encanto particular, que perdura no ouvido e na memória. É uma canção «cinco estrelas»!
Boa Páscoa.

Fado do Encontro (Tim)

Vou andando
Cantando
Tenho o sol à minha frente

Tão quente,
brilhante
Sinto o fogo à flor da pele
Tão quente,
beijando
Como se fosses tu

Ao longe
Distante
Fica o mar no horizonte
É nele, por certo
Onde a tua alma se esconde
Carente, esperando
Esse mar és tu

Pode a noite ter outra cor
E o vento ser mais frio
Pode a lua subir no céu
Eu já vou descendo o rio...

Na foz
Revolta
Fecho os olhos, penso em ti
Tão perto
Que desperto
Há uma alma à minha frente
Tão quente, beijando
Por certo que és tu

Pode a lua subir no céu
E as nuvens a noite toldar
Pode o escuro ser como breu
Acabei por T'encontrar

Vou andando
Cantando
Tive o sol à minha frente
Tão quente, brilhando
Que a saudade me deixou
Para sempre. Por certo
O meu Amor és tu.

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04 abril 2007

Liga dos Últimos

Nem sempre vejo o programa. Mas, quando o vejo, é um deslumbramento. Falo da «Liga dos Últimos», um programa sobre o futebol que não está nos escaparates, que passa na RTPN.
A ideia do programa é um achado. Já na versão inicial, dedicado ao campeonato de futebol de amadores, o era. Quem gostar do «cheiro» de futebol nas suas raízes mais «populares», fora do circuito das competições e do meio profissionais, é lá que se pode acolher.
É o campeonato dos pelados, das equipas das vilórias e aldeolas perdidas, dos «craques» locais de antigamente, das cervejas, copos e bifanas ao intervalo, dos insultos «terra a terra» à equipa de arbitragem, dos treinadores de bancada genuínos, dos carolas e dos adeptos castiços, tudo protagonistas e vozes de um certo Portugal profundo: rural ou semi-urbanizado, com tiques saloios ou pseudo-modernos, da atitude ingénua, ausente ou desafiadora de uns «zés» que, lá no fundo, sabem que pertencem a um mundo e a uma realidade em acelerado processo de extinção ou de perda de referências.
Mas o «Liga dos Últimos» também é, à sua maneira, um programa de humor. E muito. Quem duvidar, que preste atenção às reportagens, aos protagonistas e figuras de cada programa, aos comentários em off e, last but not the least, à rubrica final, «Professor Bitaites aconselha", com Hernâni Gonçalves, o «Professor Bitaites», celebérrima figura que qualquer entusiasta e interessado pelas coisas da bola conhece, um digníssimo e ilustre personagem para um programa com as características do «Liga dos Últimos». Uma escolha perfeita, sem dúvida, e um papel que o «Professor» desempenha com brilhantismo e queda natural.
Que se lixe a «Bwin Liga», viva a «Liga dos Últimos»!

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Tiro no pé

O Ministro das Finanças afirmou, na Comissão Parlamentar de Trabalho e Segurança Social, que a lei que limita o vencimento dos quadros da Administração Pública (AP) ao vencimento do primeiro-ministro, que foi aprovada por este Governo, seria «uma fonte de dificuldades» para contratar quadros fora da AP. Curiosamente - ou talvez não - estas regras foram aprovadas quando o ministro era Campos e Cunha, anterior titular das Finanças.
Ao fazer estas afirmações, o ministro deu um autêntico «tiro no pé». Algumas conclusões são lineares:
1.ª - Há uma crítica ao anterior ministro e política. Se não há concordância sobre a lei e o respectivo âmbito, mude-se, assumindo-se isso e o respectivo ónus, se o houver. O que não se pode é «assobiar para o ar», a fazer de conta que não é nada connosco.
2.ª - Só há quadros competentes, tipo «classe A», fora da Administração Pública. Por isso, devem ser melhor remunerados que os «broncos» quadros provenientes da AP. Como incentivo e imagem da Administração Pública e dos seus quadros não está mal, não senhor.
3.ª - Sem a vinda dos quadros «classe A» a Administração Pública não funciona, arrastando-se numa «apagada e vil tristeza». Como parece ter acontecido até agora. É o «efeito Paulo Macedo» a vir ao de cima.
4.ª - Assim se faz a reforma da Administração Pública.

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03 abril 2007

Cerejeira

Fui eu que a escolhi e que a plantei. Já este ano a podei. Legítimo e compreensível, que por ela tenha um sentimento e um carinho especiais. Está uma cerejeira bonita, ornamentada que está, com folhas e flores. Contrário ao que julgava ter visto - ou desejado?... - parece que afinal não se «vislumbram» ainda as cerejas. Desejo infundado, não sei, ou inocência agrícola, o mais certo, o que é verdade é que me «desenganaram» acerca da minha «descoberta». É pena. Mas que ainda não estou convencido, é um facto. Há sonhos dos quais não se quer acordar. Este, com a ajuda da cerejeira, é um deles. Vai uma cereja?

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Dentes

No nosso País, muitos avanços foram feitos ao nível da higiene e saúde oral. Cada vez mais, aumenta e reforça-se a preocupação com a saúde e o bom estado dos dentes e da boca. Também por pressão social e mediática, são visíveis os progressos e os níveis de satisfação. Mas mesmo nas situações mais comuns - que ninguém se iluda - é normal gastar-se uma «pipa de massa» com o tratar dos dentes. Ter bons dentes e um riso bonito costuma, regra geral, ser bem pago. É uma necessidade, sem dúvida, mas cara. E não está ao alcance de todos, mesmo que as razões invocadas possam não ser de ordem financeira.
Para muitas pessoas, ir ao dentista não é uma experiência fácil. Para outros, contudo, ir a esse sítio é experiência não vivida. Por falta de hábito, por receio fundado ou infundado, por não se ter tempo ou dinheiro, ou por se julgar não necessitar, o que é certo é que muita gente, apesar de tudo, novos ou velhos, tem, das cadeiras e consultórios dos dentistas, uma ténue ou ausente imagem. Até ao dia em que se precisa e lá se tem que ir.
Felizmente que os métodos mudaram, a preparação dos profissionais é outra e especializada, o reconhecimento da importância de cuidar dos dentes cada vez mais difundida e generalizada. Mas que não é barato, não é. E isto, parecendo que não, também é um sinal de diferenciação de pessoas: entre os que usam placa e os que fazem implantes; entre os que usam aparelho e os que têm os dentes tortos; entre os que mostram o brilho imaculado dos dentes e os que os escondem com uma mão ou a boca fechada, de tão amarelos ou baços.
Quem diria, meus amigos, que também os dentes seriam um sinal de status. E cada vez mais.

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02 abril 2007

Dia Internacional do Livro Infantil

«(...) Vivemos uma época em que o mundo está cheio de livros. Mergulhar nos livros à procura de alguma coisa, lendo-os e relendo-os, faz parte da viagem de cada leitor. A aventura do leitor consiste em descobrir, nessa selva de caracteres impressos, uma história tão vibrante que o transforme como que por magia. Uma história tão apaixonante e misteriosa que mude a sua vida. Creio que cada leitor vive para esse momento em que de súbito o mundo de todos os dias se altera um pouco, abre espaço a uma nova piada, a uma ideia nova, àquela nova possibilidade que é dada a uma determinada verdade de se poder exprimir pelo poder da palavra. (...)».
Margaret Mahy, escritora neo zelandesa, "Mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil", 2 de Abril.

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Notícias

Há assessores que telefonam para as redacções e um presidente de um governo regional que escreve cartas. E assim, acontece.

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01 abril 2007

Derby

No jogo de hoje, o resultado foi mais lisonjeiro para o Porto do que para o Benfica. Apesar de qualquer das equipas poder ter ganho o jogo, dadas as oportunidades que ambos tiveram para isso, a verdade é que a vitória do Porto, a acontecer, seria «menos» justa do que a do Benfica. O Porto dominou na 1.ª parte e o Benfica na 2.ª. Mas foram domínios de natureza e alcance diferentes. Mais pausado e superficial o do Porto, mais profundo e perigoso o do Benfica. Duas figuras centrais: Helton, pelo que defendeu, e Rui Costa, pelo que construiu.
Um bom jogo, em suma, e o resultado deve ter sido saudado lá para os lados de Alvalade. O campeonato continua e o campeão ainda não está encontrado. Vai ser até ao fim.

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Dia das Mentiras

Hoje não é o Dia das Mentiras.

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Universidades privadas

Na imprensa escrita e na comunicação social está na moda a chamada «declaração de interesses». Com a «declaração de interesses», o jornalista, comentador ou analista procuram salvaguardar a genuinidade e comprometimento dos respectivos depoimentos, comentários ou avaliações. Tudo em nome da transparência, não necessariamente da isenção, note-se. Em todo o caso, um princípio saudável e recomendável. Os leitores e ou ouvintes que tirem as suas conclusões. Se quiserem. Não tiram, na maioria das vezes...
Também vou fazer uma declaração de interesses relativa ao meu agrado e preferência perante o que escrevem, dizem ou pensam alguns comentadores conhecidos, como é o caso de António Barreto, e que é esta: em 99,99% dos casos, concordo, subscrevo e publicito as opiniões e ou comentários de António Barreto. No 00,1% restantes, provavelmente não li, ouvi ou percebi bem o conteúdo ou a mensagem...
No registo escrito, gosto muito do estilo de António Barreto: claro, conciso e linear. Com frases simples e directas, assentes numa lógica discursiva, encadeada, em que a frase anterior serve de premissa à seguinte, no fundo, a lógica do silogismo.
No registo oral, as mesmas características, complementadas pela força da imagem: voz, raciocínio vivo e ágil, o exemplo típico e mais interiorizado sobre a figura e a forma de estar dos chamados «intelectuais», «à la anos 60-70»: cabeleira farta, barba e pose descontraída, convicção e sentido de serviço público.
Hoje, no Público, o habitual texto de António Barreto é dedicado à situação do ensino superior privado em Portugal. Como sempre, o estilo é inconfundível. O efeito nos leitores, o esperado. Hoje um tema, na semana seguinte outro, numa cadência impiedosa para as boas ou más consciências, mostrando, apontando, analisando, concluindo sobre o estado das instituições, do povo e do país. E, nalguns casos, a realidade é uma realidade fria e contundente, sem lugar para desculpas, actos de contrição ou boas intenções. O que lá está é o que lá está. Não há lugar para fantasias. E o texto de hoje é um desses. A sensação que fica é amarga. Incómoda. Mas real. E em que ninguém tem autoridade moral para «atirar a primeira pedra».
Apesar de hoje ser «1 de Abril», o «Dia das Mentiras», não me parece que estejamos no domínio da brincadeira...

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