28 dezembro 2009

Argumento

Preocupa-me sinceramente o estado em que vamos deixar o País e o Mundo às gerações futuras. Parece a história mal contada de um filme «sem pés nem cabeça»: o enredo não condiz com o desejo de um final feliz. Se o engano é do argumentista ou dos intérpretes... isso é o que falta descobrir. A cada dia que passa, as cenas dos actuais e próximos capítulos não auguram nada de bom. Será que alguém se apercebe?...

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24 dezembro 2009

Ressurrecto e eguariço

Na crónica de hoje no Jornal de Negócios, intitulada «A interminável pouca-vergonha», Baptista-Bastos volta a surpreender-me com mais dois adjectivos: «ressurrecto» ('que ressurgiu, que renasceu') e «eguariço» ('que ou aquele que trata de cavalgaduras'). Dois termos a reter, dos muitos exemplos da riqueza lexical e semântica da Língua Portuguesa, usados por quem a conhece e a desfruta. Esta capacidade de transformar e retrabalhar a escrita é algo que prezo e vou continuar a prezar nos autores. Baptista-Bastos é um deles. Mas há mais alguns outros, felizmente.
Nos tempos que correm, em que a pobreza vocabular nos afecta particularmente a todos, é quase embaraçante confrontarmo-nos, nos textos que lemos, com «pérolas» como estas, a lembrar-nos o quão distantes estamos deste aprimoramento.

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20 dezembro 2009

Coqueluche

O jornal i continua a surpreender-me muito agradavelmente. Um exemplo, foi a edição de ontem. A ideia de transformar o verso das páginas centrais em papel de embrulho alusivo à época de Natal é uma ideia muito conseguida, seja original ou não, representando um sinal muito interessante e significativo do «sinal dos tempos» e de uma atitude ambiental louvável. Palmas também para o «renascer» do género 'Reportagem' e da ideia da revista Nós dedicada à escrita e aos escritores, conhecidos ou não. A continuar assim, sem esquecer o espaço online, o i afirma-se, cada vez mais, como uma coqueluche da imprensa portuguesa.

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13 dezembro 2009

Folhas caídas

Considero a queda das folhas um dos momentos mais subtis e mágicos da natureza: não se ouve nem faz anunciar - assemelha-se a um desfalecimento.

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06 dezembro 2009

Crise?!...

Dia chuvoso, grande superfície cheia. Talvez não pela chuva, mas pelo hábito ou pela época. Lojas cheias, numa procura febril pela prenda e pelo embrulho. Cheira a Natal, versão consumo. A crise já passou por aqui?!...

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01 dezembro 2009

Esquizofrenia

«Inocência», «ingenuidade», »alheamento» e «surpresa». Tudo palavras que me assomaram à consciência, sozinhas ou em combinações variadas, após a leitura do jornal de hoje, o i, mais concretamente, e a hipótese aventada, mas consistente, de previsíveis e próximas eleições legislativas. Como!?... Nem mais.
Intuitiva e instintivamente, faço uma pesquisa imediata no dicionário 0n-line: «esquizofrenia: doença mental caracterizada pela incoerência mental e pela ruptura de contacto com o mundo exterior».
Há dias, António Barreto (também no i, curiosamente...) dizia, numa entrevista, o seguinte: «Porque é que os portugueses não lêem jornais? A falta de hábito de ler os jornais é muito importante, porque o jornal é a fonte de informação que mais está virada para o raciocínio, o pensamento, a participação. Quem vê televisão, está geralmente em posição passiva». Mas não se fica por aqui e continua: «Estamos à beira de iniciar um percurso para a irrelevância, talvez o desaparecimento, a pobreza certamente.»...
- Maria, vê-me aí o que dá na televisão!...

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