Circulação

Em matéria de velocidade dos automóveis, o radar é o «bicho-papão». Na cidade, são só «cordeirinhos» e parece uma procissão. Na estrada, falamos de «lobos» e de corridas de galgos. É uma outra «visão» de um país e dos seus indígenas.

Jogo

Dois «golaços» de Quaresma, mais o 2.º do que o 1.º, deram justiça ao resultado do jogo Braga-Porto. O Porto foi melhor equipa e o Braga apenas foi superior nos momentos a seguir ao golo do empate - um bonito golo de João Pinto. Para o Porto, o campeonato começou bem e venceu um jogo difícil. Mais uma vez também, a comprovação de uma verdade velha e repetida do futebol: a importância dos jogadores que são «craques» (Quaresma e João Pinto, no caso). Quem os tem, chama-lhes seus.

Pimpões

Uma das coisas que não muda no futebol pátrio são os «protagonistas» habituais: os Jorges Nunos, os Filipes Vieira e uns «quantos» de que me não lembro já - ainda?... - do nome. Já estou farto deste «peditório»!

Simpsons

Não me parece que o desapontamento, algum, seja uma consequência de ter visto a versão em Português. Sou fã dos Simpsons, a série, mas o filme deixou-me com um travo amargo. A história achei-a fraquinha e um bocadinho penosa - seria da estrutura e da duração de «filme» em vez da de série?... Nã, a «coisa» não pegou. Espero que não se lembrem de continuar...

Cândido

E vão três! Seguidas! Cândido Barbosa, a continuar como até aqui, vai ser o «novo herói» português. Esta é daquelas situações que entusiasma e mantém a adesão popular a uma modalidade, o ciclismo, bastante querida do «Zé Povo».

Gestões

Neste defeso, o Porto voltou a «enredar-se» em excesso de dinheiro. Talvez me engane, mas o «novo riquismo» habitual é provável que venha a dar problemas semelhantes a outros de um passado recente - quem é que se lembra?...
Não terá já chegado a hora do virar de página directivo? Já estou farto de «eucaliptos».

Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos de Pequim vão iniciar-se daqui a um ano, a 8 de Agosto de 2008. Talvez pela coincidência da data, com um ano de antecedência, no site do Público publica-se uma imagem do «treino» de meia dúzia de miúdos chineses, da agência Reuters, a pensar nesse evento. A imagem é eloquente e de uma «violência» que choca, pela crueza do treino - manter-se suspenso numa barra durante cinco minutos - e pelos efeitos nos «ginastas», flagrantemente expressados no rosto e corpo dos garotos. É «isto» algum desporto?!... É esta a exaltação do «ideal olímpico»?!... É necessário «isto» para a «afirmação» de um país?!...

Volta

Não me apetece escrever. Vou mas é ver a etapa da Volta.

Banco

Não percebo nem estou particularmente preocupado com os factos no Millenium BCP. No entanto, após o que aconteceu ontem, na assembleia-geral, permito-me dar uma gargalhada sonora e bem-disposta. Tão «finos», tão «elitistas», tão «profissionais», tão «cultos», tão «criativos», tão «visionários», tão «inovadores», tão... tão «portugueses»! A novela segue dentro de momentos.

Carteiristas

A notícia e as implicações eram curiosas: vários carteiristas foram apanhados pela polícia nos transportes públicos; principais vítimas: turistas. Nada de grande novidade, excepto a «entrevista» a um carteirista, feita pela RTP. E era esta que assumia aspectos engraçados, como a do conselho - feito por profissional do «ofício carteirístico» - sobre os cuidados a ter... para evitar carteiristas! Só visto (melhor dizendo, ouvido, pois o artista estava protegido pela penumbra)! Ou muito engano, ou este «profissional» ainda vai ter problemas com o «órgão de representação da classe» por nítido «desrespeito» ao «estatuto deontológico». Mas o que é isto, um carteirista a aconselhar os «incautos» sobre a melhor forma de se prevenirem!! Mas aonde é que isto vai chegar!... Já não há respeito! Raios partam os 15 minutos de fama!

Ária

O cenário é um daqueles concursos de «talentos» musicais ou vocais, publicitados e propagandeados pela maioria das televisões no mundo. Há um painel de avaliadores, mais ou menos sarcásticos, um palco, audiência e os concorrentes, que, à vez, mostram as suas habilidades. No excerto que hoje vi, tudo parecia conduzir para um estraçalhar impiedoso do concorrente: inseguro, desengonçado, claramente um «peixe fora de água», que se propunha cantar uma ária de ópera. Ao anunciar ao que vinha, o júri não conteve o ar de desdém e preparava-se para o estoque final e contundente. Porém... Não sei se foi do tema que interpretou ou do contraste entre a figura e a performance, o que é certo é que o «artista» arrasou, provocando uma comoção enorme na audiência e no próprio júri. Foi espantoso, sublime e uma bela propaganda à ópera, género que, cada vez mais, me fascina. E a história acabava com um final feliz. Contrariando a imagem do «patinho feio», a voz do «artista» redimia-o e projectava-o para um patamar inimaginável.

Nini

A letra é de Fernando Assis Pacheco e a voz, magnífica, é a de Paulo de Carvalho. «Nini dos meus 15 anos» é a canção do primeiro amor, dos primeiros amores de toda a gente. É um clássico. Hoje de manhã, na Antena1.

Entrevista

Há dias, em Lisboa, uma jornalista da RTP entrevistou o embaixador iraniano. Como não tinha visto a entrevista e comecei a ouvir uns zunzuns, pus-me atento. Um ou dois dias depois, no DN, lá aparecia uma fotografia do entrevistado e da entrevistadora, a qual aparecia de véu, roupa sóbria, de cor escura, e de luvas pretas. Obviamente, era desta apresentação da entrevistadora que a celeuma e a barulheira se alimentava. E com razão! Ora gaita, será que era necessário ter chegado a «isto» para obter a entrevista!?... Que, habitualmente, a «pequena» costuma ter uma pose empinada e sobranceira, vá lá. Agora, querer enfiar-nos um barrete politicamente correcto sob a capa de uma «iluminação» supostamente cultivada e urbana é que não.
Foi, claramente, uma situação típica de que «o ridículo mata». No caso da moça, foi um «tiro que saiu pela culatra».