28 janeiro 2011

Até ao próximo, Woody!

A ilusão é preferível à realidade?... A esta questão muitos terão já respondido e outros continuarão a responder, pois se trata de uma daquelas questões que só fazem sentido para a espécie humana. Corolário: havendo seres humanos a pertinência e a actualidade da questão manter-se-ão.
E é a esta questão que o novo filme de Woody Allen,  Vais Conhecer o Homem dos Teus Sonhos, procura dar resposta ou apontar pistas, através, mais uma vez, da constituição de uma teia de relações afectivas e pessoais girando em torno dos seus temas preferidos: o amor, a paixão, o sexo, a arte, os êxitos e os fracassos, o sentido da vida, em suma. Mesmo parecendo a mesma história de outros filmes do realizador, (re)contada por novos intérpretes, há como que uma predisposição benigna para cada novo filme, como se de um reencontro com um velho conhecido: a memória e os afectos estão lá, o acompanhamento vai-se fazendo e a relação permanece, uns dias mais próxima e outros mais distante, fluindo em frente, dia após dia, filme após filme, pautando o quotidiano e a vida. E isto, parece-me, também faz parte do fascínio do cinema. Até ao próximo,Woody!

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Suspense

Decorre neste momento um processo que tem todos os ingredientes para interessar um leque alargado de pessoas, gostem ou não de futebol. Não é cá, mas também cá tem repercussões: a manutenção ou não de Mourinho no Real Madrid no final da época. À boa maneira dos filmes de suspense, alternam-se os momentos de tensão e de (suposta) acalmia. Talvez como em nenhum outro clube, Mourinho deve ter encontrado um «rival» à altura. Talvez não a pessoa de Valdano, o director desportivo, mas algo mais complicado e difícil de controlar - o «próprio» clube, o Real Madrid, ele mesmo e o que representa ou simboliza. Uma certeza: não vai haver empates! Faço um prognóstico: neste «duelo», há (haverá) gente do Real Madrid que «torce» pelo Barcelona...

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27 janeiro 2011

Mói-te Zeferino!...

Ao fazer o post anterior, lembrei-me de uma história deliciosa - malandreca, é certo, e susceptível de ferir algumas susceptibilidades (ou talvez não) -, que me contaram recentemente e que se terá passado algures no interior profundo deste país. É uma daquelas histórias de sabor popular, talvez mais do domínio da lenda do que assente na realidade, mas que retrata, no seu pitoresco e subentendido, no que se pode transformar a relação entre Portugal e os seus credores. Conta-se em poucas palavras.
É a história dos desencontros no leito conjugal, para não dizer mais, de Zeferino e da sua mulher. Os desencontros conjugais terão dado origem a um dito popular, supostamente atribuído à mulher de Zeferino: «Mói-te Zeferino, que não metes cá!». É esta a história e a extrapolação não é difícil de fazer. E ao fazê-lo, infelizmente, os resultados não se adivinham famosos. Não é verdade, 'Zeferino' (Portugal?...)?...

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46 semanas

Hoje de manhã, o economista João Duque falava na Antena I e o que afirmou é daquelas coisas em que se fica de «boca aberta», tal a evidência e o choque: das 52 semanas de 2011, em 46 delas teremos que apregoar aos mercados para nos comprarem dívida! 46 vezes! Em 10 anos, a «performance» foi de arromba: em 2000, precisávamos de 9 mil milhões de euros; em 2011, vamos precisar de 46 mil milhões de euros, dinheiro que temos de pedir emprestado para pagar a quem nos emprestou! É obra! Este país e este povo são uns «magos» das finanças! Dêem-lhes um Nobel!

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1000

- Este é o post 1000!
Dado o ponto de exclamação, a «coisa» parecia promissora e manifestava um desejo subliminar para uma «celebração inesquecível» do momento. Não o foi...
A ver pelo resultado, o «ego» não deve estar nos seus melhores dias e não dá mais nada do que «isto»: este é o post 1000! Disse.

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19 janeiro 2011

CCB

O Centro Cultural de Belém (CCB) é uma obra que simboliza um regime e determinado período da realidade sócio-política portuguesa. Não sendo um visitante assíduo ou persistente, gosto da sua arquitectura e estou claramente à margem, por falta de competência, na discussão sobre o seu enquadramento ou desenquadramento na envolvente. Mas não sou imune aos sinais, neste caso gastronómico-publicitários, que colho em deambulações mais recentes por aquelas paragens e que me dão conta da existência de um restaurante naquela infra-estrutura e do seu celebrado cozido à portuguesa. Para quem tivesse dúvidas sobre a «excelência e a portugalidade do monumento», elas ficam agora salvaguardadas pela couve, os enchidos, as carnes, de porco e de vitela,  batata e o arroz, sem esquecer o nabo!

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17 janeiro 2011

Tu que vives

«Tu que vives» foi uma surpresa e das boas! É um filme com uma estrutura curiosa, susceptível de nos fazer sorrir ou entristecer, levando-nos a reflectir sobre os factos da experiência mortal, do «comum» mortal,  com os seus humores e (des)amores. Com um tipo de humor às vezes desconcertante, houve momentos em que parecia estar a ver, em simultâneo, um colectivo diversificado de humoristas, onde se incluíam Woody Allen, Charlot, Buster Keaton, Tati e os Monty Python, pautado por uma banda sonora entusiasmante. Espantoso, este filme sueco.

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13 janeiro 2011

Saldos

Estamos em época de saldos. Qual será o desconto relativo ao BPN?...

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09 janeiro 2011

Augúrio

Se as coisas fossem (forem?) lógicas, a votação nas Presidenciais 2011 deveria (deve?) revelar um crescente divórcio entre a classe política e os eleitores, uma vez que se começa a tornar insuportável o tom e essência da campanha. No entanto, se esse afastamento vier a verificar-se duvido que as ilações necessárias venham a ocorrer e, provavelmente, ficaremos com mais uma noite de declarações piedosas e inócuas, do género «vira o disco e toca o mesmo».
Atendendo a que estamos a viver (viveremos?) um período sensível e instável, mais estranha a adopção de determinados comportamentos ou atitudes. Brincar com o fogo, que eu saiba, mais do que posição temerária é, sobretudo, sintoma de irresponsabilidade. Nos tempos que correm e apesar da chuva, não me parece um bom augúrio.

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08 janeiro 2011

Mammuth, o filme

Saí do visionamento de Mammuth, com Gerard Depardieu, com uma sensação estranha, não sei se provocada pelo filme, pelo aspecto do actor principal, pela história ou pelas personagens. No início do filme, aliás, pensava que Gerard Depardieu tinha assumido de vez o corpo de uma sua anterior personagem, 'Obélix', tal a volumetria e as parecenças corporais. Para além disso, fiquei a saber um poucochinho mais sobre motas (matéria sobre a qual confesso a minha completa e absoluta ignorância), em concreto sobre uma de que nunca tinha ouvido falar: a Munch Mammuth, ela também uma das «protagonistas» do filme.
Com características de road movie, Mammuth é, talvez por essa característica, um filme de redescoberta pessoal e vivencial, destinado a (re)compor ou a (re)organizar opções e afectos, com um desejável final feliz.

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07 janeiro 2011

Explícito vs. implícito

Aqui há dias, foi publicada uma Resolução do Conselho de Ministros com diversas orientações sobre a redução salarial no universo empresarial ligado ao Estado. Mesmo para leigo, a leitura é proveitosa pelo que explicitamente lá está escrito e, sobretudo, pelo que lá está implícito. A surpresa ocorre de ponto a ponto e tem o seu clímax no último, que achei um verdadeiro primor. Para bom entendedor...

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06 janeiro 2011

Sabedoria de avó

Uma avó, que não minha, gravou na memória e nos afectos dos seus netos esta belíssima frase:
«Os anos ensinam coisas que os dias desconhecem.»

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02 janeiro 2011

Votos para 2011 - terceiro

Que elejamos dois Presidentes da República: um para as segundas, quartas e sextas; outro para as terças, quintas e sábados. Descansam aos domingos.

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01 janeiro 2011

Tradição

No 'Dia de Ano Novo' não perdia as notícias sobre os banhos no mar, típicos da data e praticados por entusiastas da tradição e do efeito regenerador da terapia. Sempre acalentara a ideia de, um dia, vir a ser um dos heróis dessas notícias e (quem sabe?!...) vir a ser falado no café da localidade, na sequência de entrevista após o banho, revigorante e ritual, como se disse já.
Decidira que seria este ano e avançou, afoito,... para o chuveiro!

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Falta de comparência

O miúdo estancou e verberou o adulto, por acaso o seu pai:
- Joga a bola a sério!
O pai, envergonhado, murmurou:
- Era para meteres golo....
- Favores - disse o miúdo - só aos putos...
Moral da história:
Foi uma derrota do pai por falta de comparência... da seriedade!

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Ginástica

Comecei o ano novo como tinha acabado o antigo: a cansar as pernas para exercitar o espírito.

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Votos para 2011 - segundo

Que a águia 'Vitória' voe no Estádio da Luz.

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