14 março 2011

Eleições?...

Com os recentes desenvolvimentos sociais e políticos, não sei se não será melhor irmos para eleições. Já há tempos que andamos a fazer que andamos, mas o certo é que não saímos do sítio e, pelo contrário, parece que regredimos. Cada vez mais. Não há interesse nacional, crise, ou qualquer outra coisa que, neste momento, tire da cabeça das pessoas a necessidade de que temos que ir a votos para que o poder político se legitime. Mesmo que não dê em nada, acho que estamos a precisar disto como de «pão para a boca». Não é derrotismo nem irresponsabilidade, mas mais cansaço e impotência de quem está a apanhar com tudo isto em cima do lombo.

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13 março 2011

Complicado é o depois

Gostaria de acreditar que o que se passou ontem, com a mobilização em torno das manifestações da 'geração à rasca', correspondesse a algo solidamente interiorizado na mente e na personalidade das pessoas. A manifestação teve expressão, é verdade, mas só se tiver dado origem a algo mais, mais inconformista, mais consistente e persistente é que marcará o seu lugar na memória e na prática das gentes. Se calhar, a manifestação até acabou por ser a parte mais fácil. Complicado é o que se segue. Segue?...

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08 março 2011

E a crise, pá?!...

Será dos genes ou da localização geográfica, não sei, mas é hilariante, nuns casos, e preocupante, noutros, a capacidade que temos, todos nós, de vermos problemas onde eles não existem e de nos preocuparmos com as minudências em vez de com as coisas importantes. Um bom exemplo prende-se com o actual «pandemónio» que gira à volta do vencedor do Festival da Canção deste ano, os Homens da Luta. Não, não se trata de um erro ou de uma fantasia: a discussão, mais ou menos apaixonada e com petições à mistura, parece, anda à volta deste «magno» problema português recente: os Homens da Luta terem ganho o Festival e irem representar o país na Alemanha! Onde é que pára a CNN, se ainda não veio cá?!...

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06 março 2011

O Discurso do Rei

O Discurso do Rei, que vi antes da sua «coroação» na cerimónia dos Óscares deste ano, é um filme, parece-me, que reúne as condições habituais para satisfazer os espectadores de cinema como eu, isto é, os curiosos e interessados num momento bem passado e gratificante, entusiasmados pelas boas interpretações e histórias e disponíveis para obter mais alguns ensinamentos e/ou conhecimentos sobre a vida, os tempos e a espécie humana. Saber se o filme terá o mérito artístico para ser consagrado como foi é uma questão; saber se ele agradou ao público pode ser outra e, muitas vezes - demasiadas vezes, diria eu - uma coisa não se segue da outra. A história, que desconhecia, é agora já amplamente conhecida e revela, de uma forma humanamente tocante, os esforços que o rei inglês, Jorge VI, pai da actual rainha, fez para lidar publicamente com a sua gaguez, num período e num contexto histórico sensíveis, quase se lamentando «a má sorte» de ter que ser rei..., servindo para uma grande interpretação de Colin Firth e uma maior (na minha opinião) interpretação de Geoffrey Rush, no papel de terapeuta, e também, seria injusto não o reconhecer, o de Helena Bonham Carter, como esposa do rei.

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