31 maio 2008

E o meu voto vai...

... Para o «Visconde de Apúlia»!..., 1.º nomeado para o troféu «Capitão Moura» da Liga dos Últimos.

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27 maio 2008

Admitamos

Hoje de manhã, dei-me a olhar para o trânsito: pareceu-me em menor número. Provavelmente, a fazer fé nas reportagens nas televisões e nos media, o aumento dos combustíveis está mesmo a dar cabo da utilização do transporte individual, embora sejam maioritárias as situações de ocupação de veículos com o condutor apenas (as em maior número) e outros, substancialmente menos, com dois ocupantes. As ditas reportagens, curiosamente, nunca mostram alguém que esteja disposto, de bom-grado, a abdicar do transporte individual em favor de um transporte colectivo ou, sendo individual, partilhado com outros utilizadores. E a razão, ou as razões, são sempre as mesmas: «o meu (dele ou dela) trabalho e a minha deslocação de e para ele estão dependentes do transporte individual»; «a malha de transportes públicos não é boa ou está mal dimensionada»; etc. Admitamos que sim, que foi pontaria das TV «só» encontrarem condutores que não podem abdicar do «seu» transporte individual, dada a «especificidade» do seu trabalho e da situação «especial» da localização da sua casa ou trabalho e, para compor o ramalhete, da insuficiente resposta do transporte colectivo. Admitamos que sim. Lá no fundo, penso eu, os condutores esperam que a situação melhore, com (de preferência) ou sem ajuda do Governo. Admitamos que sim. Agora (exercício meramente académico...), admitamos que a «coisa» piora. Admitamos...

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24 maio 2008

(Des)Acordo ortográfico?

Tanto agora como há anos atrás, parece-me que o debate e a polémica acerca do «Acordo Ortográfico» continuam a decorrer mais sob o signo da perspectiva emocional, do que da técnica ou científica. Mesmo quando os argumentos são de pendor científico e racional - e eles existem nos dois campos em confronto, note-se - é o travo emocional que acaba por emergir. Na polémica actual, aliás, não é para mim claro se a discordância reside no facto da necessidade da existência de um «Acordo Ortográfico» para os países de língua oficial portuguesa ou se, pelo contrário, a razão da discórdia se centra nos termos e no alcance do Acordo negociado em 1990.
Nos últimos dias, procurei conhecer os argumentos dos partidários e dos opositores do «Acordo Ortográfico» estabelecido em 1990. Adiantaram-me pouco, pois continuo dividido acerca dele. Neste momento, a única certeza que tenho sobre o «Acordo Ortográfico" é a das dúvidas: dúvidas sobre a sua necessidade; o seu alcance; a sua eficácia, a sua relevância e, até, sobre a sua defesa ou contestação, por achar que a discussão está inquinada à partida, refém de lógicas de que me afasto, seja a do politicamente correcto e «moderna», seja a de uma «pureza» idílica ou imutável.
Para o bem ou para o mal, a aplicação do Acordo Ortográfico é irreversível. À semelhança dos outros, lá terei que me habituar, por mais que me custe ou ache estranho. Em caso de dúvidas ou incertezas, faço o que faço agora - consulto os dicionários ou os prontuários. Penso que não será o fim do mundo, ao contrário do que talvez pensasse há alguns anos... Se estiver para aí virado, haverá casos, porém, em que me parece que irei «mandar passear» o Acordo... Nessa altura, estou certo, será conveniente invocar - nem que seja por pirraça - a história do «burro velho...».

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21 maio 2008

A escorregadela

Marca de penalty. É a penalidade decisiva. Se a bola entrar, a equipa ganha um título que nunca ganhou. O jogador parte para bola e vai chutar. No momento do remate escorrega e a bola não entra. O clube perde.
Foi hoje e será amanhã. Como já foi ontem. Passado, presente e futuro do futebol e a sua relação com a imprevisibilidade, com uma simples (!) escorregadela, por exemplo. Foi hoje com o Chelsea. Como ontem foi com uma outra equipa. E amanhã será com uma outra, talvez mais próxima de nós - quem sabe?... A alegria de uns e a tristeza de outros. Risos e abraços num lado, choros e desânimo no outro. Ontem, hoje e amanhã.
No jogo de hoje da final dos Campeões, entre o Manchester e o Chelsea, o que vou reter na memória é esse pormenor bizarro e imprevisível, como uma escorregadela, que marca dois momentos do jogo: o do golo do empate, que favoreceu o Chelsea, e o do penalty de John Terry, que o fez descer ao Inferno. Nos dois, o factorzinho da imprevisibilidade: no golo do empate, os ressaltos e a escorregadela do guarda-redes do Manchester; no desempate por penalties, a escorregadela do Terry. Que não poderia acontecer, tratando-se do decisivo. «Sorte madrasta» - dirá alguém - «que tira com uma mão, o que deu com a outra!». Pois é.
Mas também há dois outros momentos, também com algo em comum - Ronaldo. No primeiro, a subida ao Céu, com a cabeçada do primeiro golo, que colocava o seu Manchester a ganhar. No segundo, o falhanço do penalty. Que podia ter levado ao Inferno, mas graças a Terry salvou-se. Ao contrário de Terry, Ronaldo escorregou mas não caíu. Quem haveria de dizer que a diferença entre o Céu e o Inferno poderia estar aqui, numa escorregadela!

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19 maio 2008

Justo

O Sporting ganhou justamente a Taça. Foi a melhor equipa, criou mais oportunidades e fez dois golos. O Porto deu uma imagem pálida e triste da equipa que ganhou merecidamente o Campeonato. Nada a opor, pois, ao mérito da vitória do Sporting.

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17 maio 2008

Pintou!

Era curiosa, a relação dele com os jogos do tipo lotaria, totoloto ou euromilhões. Jogava com a certeza de que não lhe sairia nada, para além do preço da aposta. Tratava-se de um paradoxo, reconhecia, mas fundado nas muitas e muitas vezes em que o tinha tentado, algumas delas com a veleidade de obter um prémio, pequeno que fosse. Acabara por se conformar. Era, se quisermos, uma relação de resignado: sem nenhuma esperança, mas também sem grande frustração.
Já não escolhia os números preferidos, as combinações infalíveis ou as conjugações astrais. Dirigia-se à casa de apostas e entregava-se nas mãos da máquina, que escolhia, por si, a combinação aleatória. Isto bastava-lhe e estava de acordo com a sua (assumida) resignação: se tivesse que «pintar», a sorte pintava; se não «pintasse», não pintava. E nunca «pintava». Até ao dia em que a sorte «pintou».
Exultou, cantou e bradou a plenos pulmões: estou rico! Acabara de ganhar 34, 40 €!

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15 maio 2008

Esfumacemos

Mais do que o esfumaçar do primeiro-ministro no voo para Caracas, o que me preocupa mais são os dados referentes aos nascimentos e mortes no país em 2007, ano em que o número de mortes ultrapassou o dos nascimentos. Esfumacemos, pois!

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Patarata

O que leva um adulto, de corpo e de idade, pelo menos, a ter um comportamento característico de um garotelho? Com certeza muitas serão as respostas, consoante quem analisar.
Que leva um adulto, de corpo e de idade, pelo menos, a açular, a atiçar um cão, escudado na protecção conferida pela corrente no pescoço do animal e um pesado portão de grades entreposto entre os dois?
Pelo que vi hoje, mais do que possíveis reminiscências de infância, a imagem que talvez resulte seja a do «valente» ou a prosápia do gabarolas perante um bicho que, mesmo que queira, não lhe poderá fazer mal. Que patarata!

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10 maio 2008

É dos livros

A nomeação de um funcionário de carreira em detrimento de um magistrado, até aí a prática seguida, ainda vai dar muito que falar, estou certo, na Polícia Judiciária. Uma das coisas com as quais estou curioso, mais até do que as reacções dos magistrados, será ver a reacção dos «pares» do recém-indigitado director. Não sei se é uma reacção frequente ou generalizada nas organizações, públicas ou privadas, mas esta reacção é dos «livros» e faz muita da história de qualquer entidade. E esta não vai ser diferente. É dos livros.

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Vaticínios

Dos cinco candidatos à liderança do PSD, penso que só três deles (Ferreira Leite, Passos Coelho e Santana Lopes) têm hipóteses reais de vencerem a eleição. Para o PS e José Sócrates, não é indiferente qual deles venha a ser.
À semelhança do que aconteceu em 2005, acredito que nas eleições de 2009 se irá votar mais «contra alguém» do que «a favor de alguém». E aqui, parece-me, o «contra alguém» de 2009 pode bem vir a ser Sócrates, como o foi Santana Lopes em 2005.
É por isso que considero que, dos três candidatos à presidência do PSD, do ponto de vista dos interesses do PS e de Sócrates, será Santana aquele que mais lhes agradará, em virtude de se manterem, no essencial, as razões da rejeição do eleitorado flutuante, aquele que verdadeiramente costuma decidir o resultado das eleições.
Quanto aos outros dois, Manuela Ferreira Leite ou Pedro Passos Coelho, talvez as perspectivas possam vir a ser outras, uma vez que o efeito de atracção junto desse eleitorado flutuante pode vir a obter melhor resultados.
Em 2009, queira-se ou não, vai ser julgada pelo eleitorado a apreciação que se fará do governo de José Sócrates. Mais ou menos do que a concretização de promessas, medidas e políticas, o que também estará em cima da mesa é um certo estilo e um determinado comportamento, estilo e temperamento esses que colidiram, mais do que coexistiram, com franjas largas de cidadãos e sectores profissionais, os professores, os funcionários públicos, a Igreja, por exemplo, que, nessa altura, poderão assumir um comportamento previsivelmente muito penalizador do PS e de Sócrates. E é aqui que se justifica falar dos outros dois candidatos à chefia do PSD, Ferreira Leite e Passos Coelho.
Por razões de notoriedade pública, sobretudo, não me custa a acreditar que Ferreira Leite desempenhe esse papel de forma mais fácil e, convenhamos, mais atractiva para um eleitorado de perfil mais conservador e numa faixa etária mais elevada. Real ou construída, a imagem que criou e que assume encaixa muito bem neste eleitorado típico, dentro ou fora do seu partido. Mas que, paradoxalmente, se pode virar contra ela. Mesmo dentro do seu próprio partido.
Passos Coelho, que poderá beneficiar disso, apresenta-se contudo como uma incógnita em termos eleitorais, sobretudo a nível nacional. Apesar disso, e ao contrário de Santana Lopes, na hipótese de ser ele a apresentar-se a disputar o lugar de primeiro-ministro com José Sócrates, penso que se mantém a hipótese de ele poder vir a assumir-se como o pólo de atracção de uma margem significativa daquele eleitorado que quererá, é minha convicção, «castigar» o actual primeiro-ministro. E este «castigo», estou certo, é capaz de baralhar muitas das contas que se fazem ou farão. No PS, mas também no PSD.

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07 maio 2008

Criação

Escrevo um nome
E faço um «ser»:
«Nomeio-te ser!».
Por minha vontade
E escrita:
«Faz-te!»

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Frase

«Estamos a nivelar Portugal por baixo» (Santana Lopes, citado no Meia Hora de hoje, a propósito da apresentação da sua candidatura a líder do PSD)...

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05 maio 2008

Guicha vs. ramplona

Em ambiente urbano, já não é muito comum ou frequente ouvir palavras ou expressões de extracção ou raíz popular. Quem as conhece ou utiliza vai rareando - por serem, habitualmente, pessoas já de alguma idade -, e também por que as regras e as práticas da sociabilidade e da vivência nas grandes urbes não convidam ou contribuem para que delas se possa ter conhecimento ou um usufruto mais amplo. Haverá excepções, é certo, mas este será o panorama geral. Tudo começou com a utilização, por mim, da palavra «guicha» («guitcha», na pronúncia de Moncorvo), a propósito já não sei de quê. «Guitcha», que me lembre, quer dizer «espevitada, animada, activa», não sendo do conhecimento da pessoa com quem falava. A palavra foi usada num contexto informal e, na sequência da conversa, ouvi - quem sabe se como uma dádiva linguística em retribuição -, uma expressão alentejana a que achei um piadão: «partes ramplonas». Tenho sorte, reconheço, por ainda conhecer pessoas em que este património linguístico é manuseado com desembaraço e propriedade. Chame-se-lhe o que quiser: nostalgia, curiosidade, interesse, memória, gosto, a verdade é que sempre achei graça a estes episódios linguísticos, não tendo conta as vezes em que me surpreendem ou entusiasmam. «Partes ramplonas», estou certo, passou a constar neste rol. «Guitcha» já não precisa, por que já lá consta por direito. Desconheço se a palavra «ramplona» é de origem alentejana ou se, pelo contrário, se funda no castelhano. Suspeito que a origem será espanhola. Pelo que pude aperceber-me, a palavra é utilizada como adjectivo, sendo sinónimo de «vulgar, ordinário», possuidora de uma sonoridade fonética e uma expressividade semântica notáveis. «Guitcha» e «ramplona» são palavras que enriquecem uma língua, pelo seu colorido e pitoresco. Dizem-nos e falam-nos de algo: nós próprios, enquanto País e Povo. Há que aprender a valorizá-las. Pela minha parte, vou continuar a fazê-lo. Espero que de forma «guitcha» e não «ramplona». Oxalá.

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04 maio 2008

Dia da Mãe

Mãe:
Gosto de ti mais do que ninguém.
Acompanhas-me em tudo
Nos momentos importantes sobretudo.

És uma flor
da cor do amor.
És minha confidente
E és bem inteligente.

Gostas de trabalhar
Gostas de ajudar
És bonita como o Sol
Reluzente como um girassol.

C., 10 anos

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01 maio 2008

Falta de jeito

Tiro o chapéu e curvo-me perante aquelas «almas» que têm uma paciência de chinês e um talento inato ou trabalhado, não sei, para montar ou consertar o que quer que seja. Já me contentava com as mais simples... É escusado.

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