27 fevereiro 2013

No melhor pano...

Impensável, mas real. No Inferno, o Diabo pergunta:
- Alguém me dá lume?...

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24 fevereiro 2013

Troca

Visitou a exposição dedicada ao riso e saiu de lá a chorar.

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Sem pés nem cabeça, apenas dedo

Naquele país, imaginário mas real, os dedos de uma só das mãos chegavam e sobravam para delimitar a pequeníssima minoria a que pertencia: a dos que não tinham página no Facebook. Isso incomodava-o e provocava-lhe grande ansiedade, não real mas imaginária, penalizando-o e tirando-lhe o sono, pelo menos enquanto estava acordado. O labéu de não ter página era pesado, oneroso e indesmentível, embora ninguém acreditasse. Mudou de planeta. Wollywood já pensa num filme e o ET é apontado para protagonista.

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Indisponível

Nesse dia, São Valentin acordou mal-disposto. «Enxaquecas» - queixou-se.
- Batam a outra porta!...
Os namoros seguem dentro de momentos...




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Alfabeto

A asa delta fez pi (3,14).

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Palavrário (letra g)

Gata
Gulosa, gourmet,
Guardou gostosos gatinhos,
Grandes, gordinhos.


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... And the winner is...

... Grândola, Vila Morena!

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23 fevereiro 2013

Pontaria com um 'u'

Era uma pessoa pícara e divertida. Também tinha boa pontaria. Na terra havia uma carreira de tiro. À entrada, um letreiro aconselhava os utilizadores: «A pontaria deve fazer-se bem feita». Um dia - vá-se lá saber como e porquê - o letreiro apareceu com uma alteração de redacção, traçada na palavra «pontaria», onde garbosamente se procedeu à troca do «on» por um «u», tudo feito à custa de disparos precisos e certeiros, como se de um rendilhado se tratasse... Pelo menos, foi essa a opinião...

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17 fevereiro 2013

Pensamento

Memória e identidade são faces de uma mesma moeda. Para o bem ou para o mal, ficamos reféns desta ligação.

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Lincoln

Mesmo que erre na previsão, a de que Daniel Day-Lewis vencerá o Óscar para o melhor actor, a sua interpretação de Lincoln, no filme de Spielberg, é daquelas que deixa um espectador agradecido para sempre, verdadeiramente fascinado pela qualidade do desempenho, sobretudo pela intensidade da contenção, uma aparente contradição nos termos, mas que é um dos traços do seu papel, e aquele que, possivelmente, mais questiona o espectador, atendendo à situação histórica e pessoal que envolve o protagonista.
Mas Lincoln é, também, um interessante filme sobre o poder e os seus meandros, mesmo - ou sobretudo?... - nos regimes democráticos, um palco privilegiado para aferir sobre a qualidade dos seus protagonistas e mecanismos de regulação, quantas vezes afastados dos hábitos e das preocupações do cidadão comum, mas em nome de quem - legítima ou ilegitimamente se virá a saber ou não - se assegura a sua representatividade.


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16 fevereiro 2013

A actualidade e o desafio de Eça

Leitura recente de Eça de Queirós recordou-me e fez-me reviver o fascínio do estilo e a actualidade do conteúdo. Mas também deixou um travo amargo, mais não seja pelo reconhecimento de que muitas das referências e dados histórico-culturais dos seus textos não são de apreensão ou interiorização imediata pelo leitor contemporâneo, solicitando o recurso permanente às obras de referência para os contextualizar e perceber. Mas isto não é necessariamente um contratempo, podendo, pelo contrário, ser um incentivo a uma melhor e mais informada leitura. Haja ânimo e vontade e o resultado será proveitoso.

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14 fevereiro 2013

Aconteceu 2

Ele gostou dela e ela gostou dele. Nunca mais se viram.

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Django Libertado

Django Libertado, de Quentin Tarantino, é um filme susceptível de reacções extremas e antagónicas, quer para os entendidos quer para o público. Uma coisa é certa: indiferente é que não se lhe fica. Lidando com um tema muito sério e sensível da história americana, a escravatura, o certo é que a palavra «desconcertante» talvez seja a que melhor define o filme, se calhar uma forma hábil de lidar com esse peso do tema, apostando numa espécie de coreografia dramática, forte e excessiva, condimentada com doses de humor, qualquer um destes elementos típicos dos filmes deste realizador, num crescendo ritualizado de violência e espectáculo, com uma crueza que se torna incómoda, às vezes, mas ironicamente hilariante, noutras, como naquela em que o próprio realizador, ele próprio a desempenhar um pequeno papel, literalmente «se faz explodir» com dinamite.

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Aconteceu 1

O braço seduziu a perna e foram felizes nesse dia.

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09 fevereiro 2013

Duelo

Numa rua da grande cidade, parca de luz e de vida, dois vultos mutuamente se aguardam, tensos e prontos. Ninguém viu quando e porquê moveram a mão direita em direcção ao bolso e a apontaram um ao outro, letalmente fechada à volta de algo, arredondado e misteriosamente perfumado: um pêro Bravo Esmolfe e uma maçã Fuji!... Não há vítimas a lamentar.


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Bem me quer, mal me quer

O homem e a mulher tinham um caso e desconheciam como.

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Reality

A capacidade de sonhar é uma das dimensões do humano. Há sonhos e sonhos e cada um terá ou quer ter os seus, competindo-lhe, com ou sem ajuda, atribuir-lhes o papel, importância, sequência ou exequibilidade que se considere adequado ao seu caso. Para uns, não passarão de manifestações sui generis do sono; para outros, quimeras ou patamares inalcançáveis; para alguns outros, talvez poucos, mas determinados, objectivos e guia de vida.
No filme Reality é disto que falamos: de sonhos e do que fazer com eles e sobre eles. E é no que se deve fazer aos sonhos, no deve e haver das suas consequências, que a acção do filme se desenvolve, a princípio de forma ingénua e divertida, pueril, até, com resultados preocupantes e desastrosos no final. Numa época cada vez mais dependente da espectacularidade e do efémero mediáticos, para muitos o espaço privilegiado dos sonhos, talvez este filme sirva para nos interpelar e questionar acerca de uma realidade e da fragilidade de uma vivência  perigosa e exclusivamente submetida à dimensão do sonho, com a perda e degradação progressivas das âncoras à realidade. Sonhar sim - porque não? - mas...

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02 fevereiro 2013

Crime perfeito

O assassino entra e morre-lhe nos braços.

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