29 abril 2006

Rodovias

Ontem, em Bragança, o Governo prometeu investir e concluir várias rodovias há muito previstas para Trás-os-Montes, em particular no distrito de Bragança. São boas notícias para os transmontanos, para os que lá estão e para os que estão fora. Mas, ninguém se iluda: as vias rápidas facilitam o acesso, mas também o abandono. Para travar o processo de desertificação acelerado, será necessário fazer mais do que criar vias de comunicação. E também haverá que contar com a ajuda e o empenho dos naturais. Ficar só à espera do Governo central não chega.

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28 abril 2006

Reformas

Fazer depender o valor das pensões do aumento da esperança de vida é uma medida acertada, lúcida e razoável. E inevitável. Positiva, também, é a medida de desagravar a taxa contributiva das famílias com mais filhos. Pese a esperada ladaínha dos defensores das medidas demagógicas, estes passos são no bom sentido. Para benefício da maioria, espera-se. Se são suficientes, não sei. Talvez me engane, mas isto não vai ficar por aqui. É melhor começar a contar com isso.

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27 abril 2006

Estratégia

Lá para o Verão, lá iremos ter a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável, segundo foi afirmado, hoje, num debate organizado pelo CNADS.
"Colocar Portugal em 2015 num patamar de desenvolvimento próximo da média europeia, entre os primeiros 15 países do Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e entre os primeiros 25 mais competitivos do mundo" são as "metas transversais em que assentam as linhas gerais da Estratégia".
Alguém acredita nisto?!... Se calhar, há.

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Chernobil

Ontem, completaram-se 20 anos sobre o acidente nuclear de Chernobil. As notícias que se publicaram sobre este acontecimento são suficientemente aterradoras para nos obrigar a reflectir sobre o que pode representar a opção nuclear, mesmo que na sua vertente "pacífica".
Hoje, li que o local é motivo de atracção turística! Sem comentários.

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19 abril 2006

Economia e Finanças

De tanto ouvir e ler sobre ele nas últimas 24 horas, lá fui dar uma vista de olhos ao "Boletim Económico - Primavera 2006" do Banco de Portugal. Com os olhos do leigo, não passei da Introdução e do 1.º parágrafo. Mas não foi por falta de vontade ou preparação, não: foi pelo que li! E o que li, sob o título "A Economia Portuguesa em 2005", foi isto: "A evolução da economia portuguesa em 2005 foi marcada pelo reduzido crescimento da actividade, a estagnação do emprego e o aumento da taxa de desemprego. Simultaneamente assistiu-se a um aumento do défice estrutural das contas públicas. A situação de 2005 agravou a divergência real face à área do euro e é reveladora da dificuldade que a economia portuguesa tem demonstrado em se ajustar às regras da união monetária e à intensificação do processo de globalização.". Não li mais!
Mas, segundo o Ministro das Finanças, não há razão para alarmes, mantendo a "profissão de fé" no que o Governo terá feito até agora... Estamos conversados! E, está visto, lá teremos que fazer como S. Tomé...

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18 abril 2006

Pópós

Ligo muito pouco aos carros. É uma conversa que não me interessa. Talvez por isso, goste de andar de pé. Ou de transportes públicos. Nas grandes cidades, é claramente a melhor solução. Excepto aqui, parece-me, vendo o número crescente de viaturas em circulação.
Aguardando-se já um previsível aumento da gasolina - que, estou certo, não irá ficar por aqui - os portugueses retomaram a sua vidinha, após um período de férias, mais ou menos prolongado, com cheiro a perfumes exóticos ou temperaturas assim para o fresquinho. Entretanto, começaram as aulas. E isso já se nota nas estradas, onde se intensifica a visão de condutores sózinhos. Contentes, apesar de tudo. Desde que o carrinho ande...
É tão bom conduzir um "pópo´"!

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17 abril 2006

Elis

"Eu quero uma casa no campo
Onde possa compor muitos rocks rurais.
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais (...)".

Elis Regina, hoje de manhã, na rádio.

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16 abril 2006

Páscoa

Procissões, visita pascal, empadas, folares e regresso temporário de emigrantes e imigrantes: são estas as minhas memórias da Páscoa. Memórias que revivo longe da terra, uma vez que não "fui à terra".
O "ir à terra", movimento ritual no nosso país, tem, na Páscoa, um dos seus momentos mais importantes e carregados de significado. Os outros são o Natal e as festas da terra. É grande, a carga simbólica deste regresso à terra. Uma, outra e outra vez, neste movimento procura-se iludir um facto doloroso: tudo mudou, incluindo nós. O retorno a um tempo, memória e vivência idílicas (o nosso tempo psicológico) é impossível: não se repete mais.
Mesmo assim, as pessoas persistem e continuam a "ir à terra". Sinal de que o apelo é forte. É a sua memória e vivência que o exigem: é a expressão da sua identidade!

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13 abril 2006

Deputados

"Onde páram os deputados?" (Visão Online, 13 de Abril).
Pois é...

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12 abril 2006

Lavar as mãos

A notícia teve algum destaque na imprensa diária e direito a comentário do titular da pasta da Saúde. Segundo dados que eram divulgados, uma percentagem assinalável de focos infecciosos nos estabelecimentos de saúde portugueses tinham a sua origem na ausência de cuidados de higiene básica protagonizados pelos profissionais de saúde. E que cuidados eram esses? Coisas tão simples (aparentemente), como lavar e desinfectar as mãos! De acordo com a notícia, este facto era generalizado a nível internacional, constituindo inclusive uma das preocupações da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Lavar as mãos é algo que nos ensinam (ou devem ensinar) desde pequeninos. Aliás, enquanto pequeninos ou jovens, este mandamento é algo com que os adultos habitualmente azucrinam os "pobres e indefesos" seres.
Para pequenos ou grandes, o gesto de lavagem das mãos constitui um dos hábitos de higiene mais elementares e notoriamente mais benéficos para a saúde. O que nunca me tinha passado pela cabeça era que isto, por variadas razões, não era muitas vezes levado à prática nos estabelecimentos de saúde!
A partir de agora, sempre que se necessitar de cuidados médicos, há uma pergunta obrigatória que, pelos vistos, terá que se fazer: "- Doutor, lavou as mãos?".

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10 abril 2006

O Número

Desde a apresentação do "PRACE", no final de Março, que se joga uma espécie de jogo, entre o Governo e a Oposição, relativo ao número de funcionários públicos que vão ser abrangidos pela reestruturação da administração central do Estado. A questão pode parecer menor, mas não o é. Pelo contrário, o conhecimento deste número pode vir a revelar-se o elemento fundamental em qualquer das estratégias, quer do Governo, quer da Oposição. E isto porquê?
Até agora, o Governo tem gerido o dossier do "PRACE", pelo menos do ponto de vista mediático, de forma eficaz. Mas esta, convenhamos, foi a fase mais fácil do processo. Decidir sobre os rearranjos na orgânica dos ministérios é uma "pêra doce" quando comparado com o que vem a seguir - a fase em que se terá que quantificar e identificar quais os funcionários, homens e mulheres, que irão ser afectados, e de que forma, pelas mudanças nas estruturas. E isto é que vai ser o cerne da questão! Por isto é que o Governo e a Oposição se batem afincadamente pela obtenção deste número e compreende-se porquê: é este número que vai servir de indicador sobre a natureza e a dimensão reais das transformações a que o "PRACE" se propõe.

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08 abril 2006

Jogo

O Porto ganhou ao Sporting e deu um passo importante para vir a ser o campeão. Do que ouvi, li e visionei no resumo parece-me que o Porto ganhou bem ou terá sido mais feliz. Palmas também para o Paulo Bento, na conferência de imprensa, pela dignidade e coragem. Se todos assumissem assim, muitos dos problemas e das tretas no futebol português desapareciam. O recado aplica-se a todo o mundo do bola, rapaziada do Porto incluída. Mesmo que se goste muito de futebol, ele não deixa de ser o que é: apenas um jogo.

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04 abril 2006

GDM

O GDM está no comando da sua série, juntamente com outra equipa. Como moncorvense e antigo atleta sinto-me orgulhoso. Trata-se de uma série muito difícil, mais vocacionada para favorecer equipas de outra dimensão e localização geográfica. Maior mérito, por conseguinte. Mas fico, no entanto, apreensivo: a possível subida de divisão, da 3.ª para a 2.ª B, pode revelar-se um presente envenenado, mais causadora de problemas do que de alegrias.
Que se lixe! Pelo menos aqui, o sonho (ainda) comanda a vida. Força GDM!

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