30 junho 2012

Pois, se a bola é redonda (VI)...

Espanha e Itália vão disputar a final do Euro. Caíram Portugal e a Alemanha, por razões diferentes, mas também por adversários diferentes, não se tratando de mero jogo de palavras. O adversário da Espanha, Portugal, embora se tenha aguentado nos 120 minutos, pese embora o muito bom jogo que fez, a nível defensivo e de ocupação dos espaços, nunca deu, em minha opinião, aquela sensação evidente de querer resolver tudo como deveria ser, isto é, com golos marcados durante o jogo, no tempo regulamentar ou no prolongamento, mas sim como algo que poderia resultar mais dos caprichos da bola, por mais redonda que seja e é, nos penalties, quiçá..., que a linguagem do futebolês costuma caracterizar como «de lotaria», sobretudo se os beneficiários foram outros que não nós... Seja como for, mesmo sem final ou vitória, parece-me justo que se reconheça que a selecção portuguesa ultrapassou as expectativas iniciais.
Na outra meia-final, a Itália qualificou-se com todo o mérito e mostrou, em campo, que é lá que se ganham os jogos e como, defendendo-se e organizando-se como Portugal tinha feito, mas com a «pequena» diferença de afirmar a outra dimensão de uma equipa que ganha ou quer conquistar títulos, que é a de criar e concretizar as oportunidades de golo que constrói e pelas quais se bate, não as esperando caídas do céu... Para além do mais, conta com um jogador que está a jogar um futebol que parece que é de outra dimensão ou de outras épocas: Pirlo! Para quem tivesse dúvidas, para este a bola é (mesmo) redonda...

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Jacarandás (II)

A exuberância dos jacarandás foi-se, quase de repente. Felizmente que o seu período de exuberância durou mais, dando espectáculo para quem quis segui-lo. Quem não viu... Para o ano, há mais.

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24 junho 2012

Pois, se a bola é redonda (V)...

Já se conhecem as equipas para as meias-finais do Euro, onde avulta a presença de Portugal, talvez a surpresa nesta fase. No início da competição, há que reconhecer que este cenário era pouco provável para o nosso país. Agora, nesta fase, as expectativas de êxito são legítimas, atendendo ao que se fez até agora, nem mais nem menos do que as outras equipas qualificadas, mais uma vez fiéis ao princípio de que a bola é redonda. Veremos, daqui a uma semana, se esta previsão se concretizou, pois a esta hora já se saberá quem ganhou o Euro 2012.

PS.: por causa de outras histórias futebolísticas, absolutamente nenhuma tristeza pela não qualificação, para esta fase, da Grécia e da França. Deixá-los ir, não fossem meter-se na nossa frente...

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20 junho 2012

Pois, se a bola é redonda (IV)...

Passaram três dias sobre a vitória de Portugal sobre a Holanda (2-1), a exibição mais conseguida da selecção no Europeu, até agora, e um grande jogo de Ronaldo, autor dos dois golos, talvez a melhor exibição que, até agora também, vi fazer ao rapaz desde que anda pela selecção.
A qualificação para os quartos-de-final, onde vamos jogar amanhã com a República Checa, não deixa de ser um feito futebolístico de louvar, dado o grupo onde se tinha aterrado, sendo pois legítimo o entusiasmo, a satisfação e - porque não dizê-lo? - a surpresa generalizados.
Como é também habitual nestes nossos «feitos» futebolísticos, a embalagem e alguma prosápia, também típicas, começaram a fazer o seu caminho de «embandeirar em arco» com o nosso próximo adversário, dando praticamente por adquirido que a passagem às meias finais «está no papo». Cautela, porém, pois a máxima que adoptei como mote para o Europeu, a de que «a bola é redonda», continua a aplicar-se e a justificar-se. Não o entender assim, ou seja, pensar que ela (a bola) é «mais redonda» para nós do que para os nossos adversários, é um erro que se costuma pagar caro, na bola e nas outras coisas...

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17 junho 2012

Jacarandás

Juntar a copa dos jacarandás com a copa de outras árvores, como acontece em várias zonas de Lisboa, proporciona um efeito cromático e visual espectacular, em que sobressai aquela espécie de tufos de algodão violeta dos jacarandás, destacando-se de tudo o resto. Belíssimo!

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16 junho 2012

A carreira

Ainda hoje se recorda daquele golo, passados todos os anos. Ainda sente hoje, como naquele dia, a emoção pelos gritos e pelo contentamento da assistência. Ainda se recorda de como sorriu ao cartão amarelo, mostrado pelo árbitro, quando tirou a camisola, a festejar. Ainda hoje...
Faz por esquecer aquele momento, no mesmo jogo, em que um corte, por trás, o lesionou. Para sempre...  
Ainda hoje se recorda, como se fosse ontem, quanto sonhava com a sua carreira...

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13 junho 2012

Pois, se a bola é redonda (III)...

...Tal como a bola ser redonda, faz parte do jogo uma certa dose de superstição, mesmo se benzida. Talvez tenha sido o que aconteceu no jogo de hoje com a Dinamarca, com uma vitória por 3-2, e um relançar das possibilidades de qualificação. Mais do que as certezas e os méritos da selecção, que outros pudessem invocar, confesso que estava mais confortado pela «certeza» de o treze de hoje não coincidir com sexta-feira e ser dia de Santo António, santo dado a milagres e a casamentos. Apesar da previsão do polvo, que nos encomendava a alma, algo ou alguém nos terá dado a mão (neste caso, o pé), permitindo que Varela acabasse com a arritmia provocada aos portugueses por Ronaldo, depois de um espectacular primeiro pontapé na atmosfera ter iludido a defesa e criado condições para um segundo remate indefensável. A bola continua a ser redonda e o polvo tem mais uma oportunidade...

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11 junho 2012

Pois, se a bola é redonda (II)...

... E se a bola é redonda, mais redondo é o discurso acerca dela, passado que foi o primeiro jogo, onde perdemos 1-0, com a Alemanha: podia ser melhor, mas não foi; tivemos mais oportunidades, mas não as concretizámos; se fôssemos mais afoitos, mas já não vamos a tempo... Apesar de tudo, viola no saco e ala para o próximo, com a Dinamarca. A bola continua a ser redonda. Quem tivesse dúvidas, lá esteve o Espanha-Itália para os cépticos e os descrentes: 1-1 e um grande jogo, daqueles em que se torce para que nenhum perca.

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09 junho 2012

Pois, se a bola é redonda...

Daqui a uma hora, mais ou menos, começa a participação de Portugal no Europeu de Futebol 2012. Antes desse jogo inicial, com a Alemanha, um pequeno exercício prospectivo, mais do domínio da intuição do que do conhecimento técnico-táctico do futebol; mais do lado do curioso e do anónimo gostador da bola do que do comentador encartado.
Houve tempos em a inclusão num grupo como o nosso era motivo de expectativas muito baixas, quiçá desanimadoras ou pessimistas, em que qualquer resultado positivo era uma festa. Nos tempos que se passaram entretanto, para o bem ou para o mal, isso passou a saber a pouco, consequência de alguns resultados visíveis e continuados, umas vezes melhor, outras pior fundamentados. Nada de entusiasmos, porém, pois estas coisas não têm uma sequência linear e os êxitos (tal como os fracassos, também) não traçam o caminho que se segue. O que costuma ser conhecido, contudo, em matéria de bola e à participação da selecção nestas competições, é a característica lusa do «oito ou oitenta», mesmo que condimentada em versões de «mais de oito ou menos de oitenta», se calhar aquelas com que me identifico mais, fiel ao princípio de que «a bola é redonda». Por ser redonda, talvez não fosse mau conseguir passar da fase de grupos, nem fácil nem difícil, mas sempre possível. Se o conseguirmos, óptimo, e faremos uma pausa, ainda que breve, para respirar e ganhar alento. Se o conseguirmos, o jogo passa a ser outro. Se não, paciência. Em qualquer das situações, uma certeza: a bola é redonda.

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