31 maio 2015

Tocador

Tinha muita palheta, mas não era músico como os outros.

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Luz

Da discussão nasceu a luz. Como os pais não se entenderam quanto à tarifa, apagou-se.

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Maio, mês do coração

Ouvira na rádio que a sinceridade fazia bem ao coração. Gostava da rádio. E da sinceridade, também. Da falsidade não, até porque fazia mal ao coração. Não era ele que o dizia, mas os especialistas. Que deviam saber mais do que ele, por isso eram especialistas e ele não, que era generalista. Tinha dúvidas quanto às mentiras, pois não tinham falado nelas. Também fariam mal ao coração? Teria que ver e fazer análises. Podia começar já, mesmo sem prescrição do médico, que era algo que não deveria fazer-se. E estava a ser sincero. Notou logo nos batimentos do coração. Se não notasse, era mau. Resolveu correr o risco e também notou logo nos batimentos: ficaram mais rápidos. E isso não sabia se era bom se era mau. Resolveu avançar, mesmo assim.
Por onde começar é uma pergunta que se costuma fazer quando ainda não se sabe o que se vai ou quer fazer. E isto também faz mal ao coração, que fica descontrolado. À cabeça talvez não, pois obriga-a fazer exercício, a pesar os prós e os contras. Se não se abusar da carga, até pode fazer bem, pois dá algum sabor. É como o sal. O segredo está no equilíbrio e muita gente sabe isso, mesmo os que sofrem do coração... Se calhar porque não são sinceros... Mas estamos a afastar-nos do que interessa, que é saber se as mentiras também fazem mal ao coração.
À primeira vista parece que sim, até porque costumam ser sinónimos e com laços de parentesco, fazendo parte dessa grande família da falsidade, que tem muitos ramos e ramificações, porque é frondosa. Também farão mal, sendo assim, mesmo que possam já existir versões light. Obviamente que se for a versão hard, luzidia e atraente, mas com mau colesterol, é de evitar, ainda que seja gourmet.
Mas nada é linear no mundo das mentiras. Na verdade, é mais um mundo de curvas. E a maioria delas foi mal projectada, embora haja excepções, como é óbvio. Olhando para estas o coração não se sobressalta, fazendo uma viagem mais descansada. Com as outras não é assim, ainda para mais são a maioria. E isso não faz nada bem, como se comprova pelos acidentes, de trânsito mas também cardiovasculares, ambos igualmente maus para o coração. E isto sem contar com o bolso e a cabeça.
Mesmo não sendo especialista, estava disposto a abrir uma excepção para um determinado tipo de mentiras - as piedosas, pois já tinha lido umas coisas na Internet e sabia, por experiência própria, que, em pequenas quantidades, uma ou outra mentira piedosa poderia consumir-se, bem lavada e com um fio de azeite. E a maioria dos especialistas começava a concordar, num processo semelhante ao do vinho. Estava a ser sincero. Dizia-lhe o coração.

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30 maio 2015

Visita

_ Ui, que susto! Quem é você?!
_ Sou o teu verdadeiro eu.
_ O meu verdadeiro eu?!... E isto é assim, logo pela manhã, no espelho da casa de banho...?!
_ Peço desculpa... não queria incomodar...
_ Bem... deixa lá, pá. Só fiquei assustado, mais nada. Pensava que estava sozinho... Mas diz lá, o que é que queres?
_ Nada. Apareci só para dizer olá. E que estou vivo!
_ Pois... compreendo. Mas por onde é que tens andado, pá?... Já não te via há algum tempo... Houve problemas?
_ Não... nada. Quis fazer um retiro. Só isso.
_ Um retiro...? Interessante... E aonde, no Tibete?...
_ Como é que adivinhaste?!... Na verdade, foi lá. Num mosteiro. Foi giro e até nem custou muito... Com as low cost sai barato e já há agências que se dedicam a isso, com tudo incluído, excepto as aulas de shaolin, que têm que ser à parte. Queres que te ensine uns truques?
_ Talvez mais logo... Agora, se não te importas chega-te um bocadinho p'ra lá que quero fazer a barba.

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Aforismo

Há vitórias que parecem derrotas e derrotas que sabem a vitória. Na dúvida, aceite um empate.

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O arauto


Estava a pensar seriamente em iniciar uma carreira como arauto. Lera algures que era uma carreira privilegiada e com futuro, de emprego certo. Poderia ser desempenhada nos mais diversos sectores, com predomínio para os sérios. E isso agradava-lhe, embora admitisse desempenhar funções também nos não sérios, em caso de necessidade ou por espírito de aventura. Nunca se sabia, mas tinha que manter o espírito e a mente em aberto, talvez o único senão para a função de arauto, mas estava certo que acabaria por habituar-se.
Começara a notar a apetência para arauto logo na universidade, recordava-se agora, pois conseguia antecipar e anunciar com alguma facilidade os desfechos de chumbo (maioritários), não ao alcance de todos. Era uma tendência que começava a manifestar-se para aí em março, mas nem todos se apercebiam dos sinais (que já lá estavam, note-se), pois andavam misturados por camadas de rapioquice e de palpites sobre o mundo da bola, numa salgalhada pouco adequada a um arauto responsável, qualquer dia com responsabilidades familiares e ou sociais. Teria que ter juízo, que era uma coisa que podia dar jeito caso quisesse ser arauto, embora também houvesse uma corrente que advogasse precisamente o contrário, considerando a existência de juízo como um manifesto e evidente sinal de falta de competência para o exercício de funções como arauto. Era uma linha de pensamento radical, como se comprovava, mas que tinha os seus seguidores e seguidoras, mais daqueles do que destas, pois a matéria e o assunto «arautos» tinham predominância de género, algo a rever talvez numa próxima revisão constitucional…
Apesar dessa apetência, o que ele não podia prever era o que se seguiu, por responsabilidade do pai, ele próprio um arauto de primeira, só que mais maduro e experiente: uma guia de marcha para o mundo das obras, sem desvios e em força!
E assim se passaram os anos. Mas a vocação persistia, só que escondida pelos baldes de massa e os muros de tijolos. Mas estava lá. À espera, pois era manhosa…
E o dia chegou. Mais cedo, pois já estávamos na hora de Verão. Apercebeu-se disso quando olhou para o relógio e viu as horas. Outros poderiam ficar apreensivos, mas ele não. Apesar de estar em cima da hora, sabia que o comboio habitualmente chegava com alguns minutos de atraso, facto que o levava a admitir, como dúvida pertinente (carta de alforria para qualquer dúvida que queira ostentar o nome), se não seria melhor adoptar o horário do atraso em vez do da tabela, pois era menos enganador para o cliente, que tem sempre razão. Por isso não se preocupava. E tivera razão, pois quando chegou à estação o comboio tinha sido suprimido. Não se incomodou com o atraso de ter que ficar à espera e extraiu o que havia a extrair do episódio: a sua vocação para arauto voltara! É certo que ainda precisava de uns retoques. Nada que uma demão não resolvesse…

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29 maio 2015

Aforismo

Se ficar escrito na pedra, não precisas de tirar cópias.

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Aforismo

Não te borrifes, pois podes constipar-te.

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Estou a caminhar para velho. Estarei a ir bem?

Se não se meter em atalhos, está.

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Estamos no tempo das cerejas, mas ainda não as provei. Haverá algum problema?

Há, mas é pequeno. Quando as provar, desaparece.

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As cuecas do notável

Não pactuava com injustiças. Era mais forte do que ele. Mesmo que não quisesse – e às vezes não queria -, tinha que se pôr do lado de quem não se podia defender. Como as cuecas, por exemplo, permanentemente sujeitas a desconsiderações e a humilhações. Eram situações intoleráveis, dificilmente aplicáveis às camisas, às blusas, às calças, às saias, mesmo aos sutiãs (apesar do esforço das feministas) e das gravatas, que de vez em quando estavam mal vistas. Não, com as cuecas era permanente! Nada mudava. E isso não podia ser.
Não compreendia a razão para o desprezo. Mesmo na tenra idade, quando as cuecas eram a fingir.
Sinceramente, não conseguia descortinar o porquê. Seria por inveja?... Má formação?... Por influência do lobby das tangas?... Ou dos nudistas?... Não sabia. Mas era como com as bruxas: a discriminação existia e a desconsideração também. Sobre a humilhação, então…
Tudo começava na linguagem, rebaixando logo a dignidade da peça de vestuário. «Não mostres as cuecas!»; «Viam-se-lhe as cuecas»; «Não tires as cuecas». Três exemplos, três prepotências: não mostrar, não deixar ver e não tirar. Como se devessem envergonhar-se da proximidade com zonas nobres do corpo… Não fossem as cuecas fortes, incluindo as de fio dental, e o passaporte para o psiquiatra estava carimbado e a receita de malucas já passada.
Uma pessoa passa por um local onde estão a vender roupa. A roupa é variada, está a ser vendida a bom preço e parece ser de qualidade. Sobre a roupa que está a ser vendida afiançam-se, na última frase, três das suas qualidades: a variedade, o bom preço e a qualidade. É um cenário tentador, sobretudo para quem se interesse por estas coisas do comprar roupa. Para não nos acusarem de futilidade ou despesismo, acrescentemos a necessidade às outras três. E o quadro fica mais composto, mesmo para quem não goste de comprar roupa.
Continuemos a dar largas à imaginação, a única parte do corpo humano que é benquista pelas pessoas elegantes para ostentar largueza sem problemas: o comprador é um notável! E aqui os olhos apuram-se (tal como aconteceria aos ouvidos se fosse ouvido), interessando na história os que gostam de comprar roupa a bom preço e os que não gostam de comprar roupa, ainda que a bom preço.
Agucemos mais ainda a curiosidade, outra parte do corpo humano que se dá bem com estímulos: cuecas, vários pares, são as peças de vestuário que o notável compra. Desconhece-se a cor, o formato, o tecido, mas conhecem-se o preço atractivo e a ocasião, que também o era. Mas as cuecas tinham um defeito: eram apertadas! E, por o serem, obrigam a sacrifícios como o que aconteceu ao nosso notável, que o levaram a solicitar um adiamento de uma votação, para poder lidar com o desconforto do aperto. Foi-lhe concedido o desejo, mas brindado com sorrisos dos pares, notáveis eles também. Retirou-se, pois, o notável e regressou pouco depois, mais desafogado, imagina-se porquê… E votou contra.

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24 maio 2015

Abracadabra!

Gostava de surpreender. Isso verificava-se quer em relação aos amigos quer aos conhecidos, sendo mais fácil nestes, o que não surpreende. Com estes, em que o conhecimento podia ser derivado de um bom-dia ou de uma boa-noite, de uma atenção ou de uma cordialidade, de um pedido de informação ou de fornecimento dela, a surpresa era mais fácil, como se disse. Com os amigos era mais difícil, o que também se compreende, pois eram amigos, situação que não é (nem deve ser) para todos, desengane-se quem pensar o contrário, e isto também não é surpresa…
Sendo mais difícil a surpresa com os amigos, ela torna-se mais exigente e criativa, embora não fosse, de todo, necessário, porque os nossos amigos se satisfazem por sê-lo, dispensando até a surpresa, que pode até ser entendida como estranheza... Por isso, cuidado!
Mas este temor de que a surpresa se transformasse em estranheza para os amigos estava afastado, disso estava certo, pois todos eles conheciam a sua natureza surpreendente, que reconheciam sempre, umas vezes melhor, outras pior, mas sempre reconhecida, precisamente por serem amigos, que nos conhecem melhor do que nós próprios, quantas vezes.
A surpresa que lhes tinha preparado era fascinante, estava convencido (e tinham-mo também convencido), desde que preenchera os papéis e ficou à espera da encomenda, que demorou alguns dias, mas chegou quando devia chegar. 
Quando a desembrulhou mais convencido ficou, rima que o entusiasmou mais ainda, sinal de que podia confiar no artigo, pois as suas virtudes eram logo evidentes (mesmo sem ele estar à espera), e que se verificara no pormenor da rima, ele que até era mais da prosa… A coisa prometia.
O material era como ele tinha visto nas imagens, talvez um tudo-nada exuberante, reparou, mas perfeitamente adequado ao fim em vista e era isso que interessava, começando a saborear a surpresa com que iria presentear os amigos. Mas, primeiro, havia que dar conta dos pormenores e fazer o curso, que lhe parecia fácil, no entanto.
Fez o curso facilmente, como previa, aliás, e ficou imediatamente credenciado na arte mágica e necromancia, estatuto que imediatamente comprovou, pois começou logo a ouvir vozes. Estava preparado, não havia agora dúvidas!
Cumprida esta parte, conferiu se tudo estava preparado na parte dos «comes e bebes» e se podia começar a convocar os amigos, pois se fazia tarde.
À hora aprazada, lá apareceram todos. Depois dos cumprimentos e das fórmulas rituais do amiguismo, pediu que o desculpassem por um momento e retirou-se. Quando regressou, vinha vestido com um chapéu e um manto de mágico, com barbas e bigode a condizer, e convidou-os a descer as escadas, em direcção à adega. Quando chegaram à porta, que estava fechada e era de madeira, pediu que se calassem e, virando-se para a porta, pronunciou um sonoro e pronunciado «ABRACADABRA!», automaticamente esta se abrindo e mostrando aos espantados amigos o que os aguardava: um presunto, seis salpicões, uma dúzia de chouriças, uma talha de azeitonas, três queijos de ovelha, pão de trigo e de centeio cozidos a lenha e uma pipa!... 





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23 maio 2015

O quarteto era de… cartas!


Toda esta história é o resultado de equívocos. Equívoco quanto ao número de intervenientes, primeiro que tudo: três, em vez de quatro. Equívoco quanto ao título, que é uma deturpação, ainda que involuntária, de um filme de Alexander Mackendrick («O quinteto era de cordas», na tradução portuguesa). Equívoco quanto ao desfecho, pois não se sabe qual será… Ainda ou em definitivo, só no fim. Como nos filmes. Dos bons, espera-se…
«Meu amor…», podia começar assim uma carta à pessoa amada, como parece que terá acontecido na nossa história, a partir do dia em que o coração bateu para ali e só para ali, em direção a um outro coração com que se cruzou. Muitas histórias, que não esta, começaram (ou terminaram…) assim. Veremos o que acontece à nossa.
Comecemos pelos protagonistas: uma senhora, sensual e apaixonada; um senhor, bem-parecido e romântico; outra senhora, conhecida da primeira, interessante e culta, escritora e com bom coração.
Juntemos-lhe um quarto elemento, para rimar com o título: peludo, orelha espetada, comportamento de cão da filosofia (mais irónico, não um cínico…), não com quatro, mas com duas patas, chamadas pernas por comodidade de entendimento. Não um senhor, portanto. Mas dado a historietas. Como esta.
Já se disse que a senhora era sensual. A este respeito, não será preciso dizer mais nada. Apaixonou-se, e aqui já é necessário dizer mais qualquer coisa, embora desnecessária: estar apaixonado é suficiente. Julga-se que as pessoas entenderão...
Quanto ao destinatário da paixão, o senhor bem-parecido e romântico, as coisas também não precisam de se desenvolver. As pessoas também perceberão…
Apresentamos agora a terceira, a senhora, conhecida da primeira, interessante e culta, escritora e com bom coração. E, aqui, as pessoas não vão perceber…
Sempre gostara de escrever. E fazia-o bem. A sua conhecida, a senhora sensual, sabia disso e não foi envergonhada no que lhe pediu, não tão invulgar como possa ir a pensar-se: que lhe escrevesse uma carta ao seu apaixonado, em seu nome. Disse que iria pensar. Quando acabou, pegou na caneta e no papel, que era daqueles que os apaixonados usam, especiais tal como a sua paixão ou o seu amor, que às vezes são coisas diferentes, mas que costumam andar perto um do outro, de mãos dadas ou em companhia de encanto, qualquer coisa que soasse ou assim parecesse, de um coração para o outro, terá dito ou sugerido essa carta, que o amor motivou e uma pessoa escreveu por outra, mas foi assim… E parece que resultou…

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O topo (de/da) gama



O prospecto parecera-lhe suficientemente interessante para uma segunda leitura e isso era um sinal. Não sabia explicar porque é que as coisas se passavam assim, mas o certo é que se passavam. Dobrou o prospecto e meteu-o no bolso, das calças, note-se, pois se tivesse sido no do casaco o significado seria outro. Sendo no das calças, tratava-se evidentemente de um sinal. Disso não restava a mais pequena dúvida, varridas que foram depois da passagem do funcionário da brigada de limpeza urbana com um aspirador manual, a gasóleo, mau para os ouvidos, olhos e pulmões, mas, pelos vistos, bom para dúvidas, folhas, galhos secos, restos de papel e de copos de plástico.
O prospecto tinha bom aspecto, cheio de cores e de rostos sorridentes. Mais um sinal, portanto. Se fosse a preto e branco e com rostos carrancudos não era a mesma coisa. Mas seria também um sinal, só que de sinal contrário ao do outro. E isso não o interessava. Ficava-se pelo lado das cores e dos sorrisos.
Como todo o prospecto que se preze, ainda para mais com cores bonitas e rostos sorridentes, o que ele lhe propunha era um estilo e um modo de vida condizente. Estes dois costumam andar a par, raramente se vendo sozinhos. Parecem feitos um para o outro e é aí que está o segredo dos bons prospectos. Com os maus isso não se verifica, dai serem maus. O adjectivo deveria ser suficiente, mas infelizmente isso não tem chegado.
Mas de que estilo e modo de vida condizente nos falava o prospecto? Da busca do topo de gama, simplesmente. E era o «simplesmente» que arrepiava, mais um sinal inequívoco da qualidade e do interesse do bom prospecto, que possuem como qualidade distintiva o arrepio, atributo de deuses. Mas o arrepio também apontava mais uma pista: a da altitude, que devia ser muita, pois se tratava de um topo de gama. Qualquer coisa como o «Evereste dos topos de gama», seria legítimo pensar-se. E era.
Começaria imediatamente os preparativos. Teria que pensar quantas mudas de roupa levaria, dando preferência à quente, pois se era assunto de altitude o frio aparecia, quase de certeza. Também tinha que aumentar os índices de preparação física, precavendo a rarefacção de oxigénio, que ainda teria que ver do que se tratava, mas sobre que tinha lido num livro sobre os sherpas do Himalaia. Lá se havia de arranjar.
O topo de gama esperava-o e ele ia a caminho. Quando lá chegasse, espetaria a bandeira.

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22 maio 2015

Aforismo

Não fiques pregado ao chão. Se isso acontecer, usa as orelhas do martelo.

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Preventivo

Riu até quase sufocar. Teve sorte. Mas, na próxima vez, aconselharam-no a chorar.

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Radical


Trepou pelas paredes e esfolou as mãos.

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Gentleman


Entrou uma senhora e o vento levantou-se, porque era um cavalheiro

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