30 junho 2010

O regresso a casa...

Lembro-me de ter antecipado o golo da Espanha, tal o recuo crescente da equipa portuguesa. Não interessa se causado por boas ou más interpretações do jogo ou das substituições, mas olhando para o jogo antevia-se como iminente esse golo, que premiava a melhor equipa e aquela que ia fazendo e dando mostras de ser a única que procurava esse resultado. Penso que ficou evidente que o que tínhamos a fazer neste campeonato já o tínhamos feito e, apesar de este ser a eliminar, o facto é que raramente demos a entender que estaríamos na disposição de apostar neste jogo de forma mais ousada. Pode ficar-se com uma ideia errada ou menos abonatória em relação às opções do treinador, mas estou convencido que uma maior ousadia (ainda por cima, não convicta) abriria mais facilmente a vitória da Espanha, atendendo à maneira como jogam. Por isso, acabámos onde tínhamos que acabar: a Espanha foi (é) melhor e apura-se com merecimento. Por isso, o regresso a casa deveria ser feito sem dramas. Contudo, duvido que isso venha a verificar-se, a ver pelo final e algumas declarações de protagonistas. Onde é que já se viu este filme?...

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27 junho 2010

Chicoso

«Chicoso» é uma palavra usada para exprimir negação, sei-o agora pelos dicionários. Quando a usava na ponta da língua e adequada ao contexto da rua não me preocupava muito com isto: estava lá e saía como um disparo e, suponho, um leve tom de desafio ou de desdém, visível por exemplo no excerto «..., querias, chicoso?!...». Pelo menos é assim que a recordo, depois de mais uma manifestação consciente do léxico de outrora.

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26 junho 2010

Cromos (actualização VI)

...«O Poço da Morte», «Os Terçolhos», «Os Brindes do Bolo Rei», «A Fórmula Um», «Nove Semanas e Meia», «Pão com Manteiga»...

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Mais ou menos previsto

O objectivo primeiro (fundamental?...) de Portugal no Mundial está cumprido: passar aos oitavos de final. Agora, mantenho-me fiel ao que já disse - o que vier, é lucro, mesmo que seja a eliminação nesta eliminatória. Pode parecer pouca ambição, mas tento ser realista: com a Espanha (ou mesmo que fosse outra equipa) as hipóteses podem repartir-se, pois num jogo a eliminar há que contar com isto. Basta ver que a Espanha podia ter ficado pelo caminho, à semelhança do que aconteceu com a França (aqui o gozo foi maior...) e com a Itália. Com isto também quero dizer que, com um pouco de sorte ou ambição, as coisas até podem compor-se, levando-nos a um patamar (meia-final?... final?...) dificilmente imaginável ainda há bem pouco tempo e com esta equipa... Nos jogos a eliminar, não há alternativa: ou passas ou não passas, com prolongamento ou nos penaltis. E isto aplica-se a Portugal, à Espanha, ao Brasil e às equipas que por lá andarem. E é nestas fases que as contas e os prognósticos se baralham, não sempre, mas as vezes suficientes para pôr qualquer um de sobreaviso ou na expectativa...
Quanto ao Portugal-Brasil de ontem, parece-me que acabou por acontecer o que estava mais ou menos «previsto», isto é, uma partida em que se jogou para controlar o ritmo, o adversário e o resultado, pois a passagem estava praticamente garantida e o que havia que acautelar era o que se viu: não me maces nem me apertes muito, que eu faço-te o mesmo... Quem estava à espera de outra coisa...

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21 junho 2010

O espírito do ketchup

O resultado 7-0 é um daqueles muito pouco comuns, ainda para mais num Campeonato do Mundo. Pelos vistos também acontece e Portugal contribuiu hoje para essa estatística, pequena que seja. Com um resultado destes, 7-0 à Coreia do Norte, costuma dizer-se que um jogo de futebol não tem história ou que essa história é, basicamente, a história dos golos. Seja isso, então, mais um pormenor: ali houve bruxedo! Pelo menos foi isso que ouvi, se der crédito à fonte que mo disse e enquanto me lembrar do golo do Ronaldo, em que a bola - a já célebre «Jabulani», terror e fantasma de guarda-redes - andou a saltitar caprichosamente, com o rapaz à procura dela, do pé para o pescoço (!) e do pescoço (!) para o pé, acabando por acertar-lhe e mandá-la para golo, num dos golos mais curiosos - embruxados, se considerarmos a tese da minha fonte - que já vi. Deve ter sido do ketchup...

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20 junho 2010

Wyatt Earp - o filme

Wyatt Earp, de Lawrence Kasdan, é um western de que gosto, como tive oportunidade de o (re)confirmar. À semelhança dos filmes do seu género, é um filme para nos fazer meditar sobre algumas das «velhas» dicotomias morais: o bem ou o mal e a lei ou a justiça pelas próprias mãos. E é a constatação e a afirmação de uma certa ambiguidade moral nos protagonistas, presente ao longo do filme, que representa um dos aspectos que mais nos interpela, ultrapassando o contexto histórico e cultural onde se insere e deixando em aberto ou perspectivando a sua eventual actualidade. E é esta modernidade, julgo eu, uma das razões que pode estar na origem da atracção pelo género e os seus filmes, como é o caso deste. Outras razões haverá, é certo, como as componentes lúdica e mítica associadas também a este particular género cinematográfico, mas foi aquela que, para mim, mais sobressaiu.

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19 junho 2010

Na morte de Saramago

Saramago tem já assegurado o seu lugar na história. Graças ao talento, indiscutivelmente. Vamos a ver se a unanimidade dos elogios, verificados após o seu falecimento, se converte numa maré de leituras e de leitores, passados que forem os efeitos mediáticos da sua morte, ou se, pelo contrário, mais tarde nos lamentaremos pelo «esquecimento» do autor e da sua obra... Seria inédita, esta história?...

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15 junho 2010

Não jogamos sozinhos!

Neste Mundial, sou dos que considera que a passagem da fase de grupos é já uma vitória da participação portuguesa. Se isso acontecer, o que vier é lucro, sejam oitavos, quartos, meia ou final, pois nesses momentos e dadas as características específicas destes jogos tudo pode sempre acontecer.
Talvez por isso, é que vi o jogo de hoje com a Costa do Marfim com expectativas baixas. O que é certo é que somos tentados a esquecermo-nos de uma realidade do futebol e que é esta: não jogamos sozinhos! E isso viu-se neste jogo. Para quem não soubesse ou não acreditasse, o que é um facto é que a Costa do Marfim fez uma boa partida e tem bons jogadores, a maioria deles rotinada em campeonatos competitivos e exigentes. Quanto a nós, talvez tenha sabido a pouco ou não. Veremos mais tarde. Apesar de tudo, julgo que foi compreensível a nossa cautela, que me pareceu justificada pelo desenrolar do jogo e da valia da equipa africana. Mesmo que me digam que não, que poderíamos ou deveríamos ir mais longe e ser mais afoitos, confronto estes entusiastas destemidos com a máxima acima referida: não jogamos sozinhos!

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10 junho 2010

Com três palavrinhas apenas...

Os hermeneutas, os comentadores, os analistas (os psico e/ou os outros) ou os médiuns - escolha-se o que se quiser e o que der mais jeito - podem entreter-se com este exercício, nascido de uma pesquisa de significados, num dicionário on-line, de palavras que aparecem ao correr do seu aparecimento consciente: «pacotilha», «pífio» e «cabisbaixo»...



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06 junho 2010

Peanuts?!...

Também nos pequenos gestos de poupança - que alguns desqualificam como «peanuts»...- quaisquer que eles sejam, poderia avançar-se mais. Refiro-me, é claro, à gestão e à prática dos governos e das administrações públicas. Que não o fazem, é um facto, por olimpicamente os considerarem como «peanuts»... Talvez seja uma questão terminológica. Se calhar, se pensássemos em «tremoços», para já não dizer «amendoins», a coisa se compusesse. Seria?...

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05 junho 2010

À pala do You Tube V

«A Salty Dog», «A Whiter Shade of Pale», «Conquistador», «Grand Hotel», «Homburg», «A Rum Tale»... Procol Harum, é claro!

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Ajuda

Enrugou a testa, preocupado, e suspendeu o que estava a fazer. Tentou uma, duas vezes e o resultado era o mesmo: não acertava com aquilo!
Desesperado, só antevia a solução habitual:
- Maria, enfia-me aqui a agulha!...

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03 junho 2010

Agazular

Há dias, surgiu-me mais uma palavra do léxico de outros tempos: «agazular»! Há anos que não ouvia nem utilizava esta pérola, que aprendi a utilizar como sinónimo de «agarrar» ou apertar o pescoço, se bem me recordo. Espantosa, esta recordação!

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