31 agosto 2016

Transferência

Sabia que o seu dia chegaria, teria que chegar. No último dia de Agosto as hipóteses aumentavam, pois a bitola mudara. Estava confiante, pois. No entanto, quando o apito tocou, a emoção traíu-a e foi-se abaixo. Quando se recompôs, o veredicto estava tomado e já não havia nada a fazer - continuaria como automotora e na linha regional. Infelizmente para si, a vaga de comboio rápido fugira-lhe.

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23 agosto 2016

Melro(s)

A abordagem não foi a melhor (sabe-se agora), mas na altura não se sabia. O lugar era apetecível e apreciado, carregado de tradição. A selecção tinha sido demorada e cuidada, mas tinham chegado ao candidato ideal. Quando estava tudo preparado para firmarem o contrato, a frase saiu com a singeleza própria da sua informalidade, acerca de objectivos que se perspectivavam como fáceis: «cada tiro, cada melro», garantiam-lhe, atestando a pontaria e o simbolismo. Lívido, o candidato deu um berro e um murro na mesa, pronunciando um sonoro: «Nunca!». Já não conseguiram demovê-lo.
Mais tarde, quando lhe pediram uma explicação, mostrou o seu cartão de defensor da natureza. Sem simbolismo.

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20 agosto 2016

Um traidor dos nossos

Muitas das histórias proibidas conhecem-se e sabem-se graças à traição. «Dos nossos», note-se, pois de outra forma continuariam desconhecidas. Daí o impacto ser maior. É neste mundo que a espionagem se move e que John Le Carré se inspira, dando origem ao livro que inspira o filme «Um traidor dos nossos».

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05 agosto 2016

Francofonia

Ir a um museu não é uma prática para muita gente. Por isso, há que fazer um esforço maior no sentido de fomentar essa prática, tendo presente que será um processo longo e trabalhoso, correndo o risco de, muito provavelmente, ficar aquém do que se pretendia.
Muitas histórias gravitam ou podem gravitar em torno de um museu, quer como espaço físico, quer como panteão de memórias de vária ordem. Neste filme, é do Louvre que se trata.


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