29 abril 2008

Gol(ástico)

No jogo de hoje, Manchester 1 - Barcelona 0, o golo de Scholes, único do desafio, é daqueles golos que fazem as delícias do adepto: convicção, força, técnica, colocação. Raramente se vê a conjugação destas características num mesmo lance. Fabuloso!

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Inquérito

Quando somos confrontados com os resultados do inquérito aos jovens, publicitado no 25 de Abril, a sensação que tive foi a de tristeza. O que é mais confrangedor, é a constatação de que a rapaziada não está minimamente incomodada com a sua ignorância, mesmo nos factos mais corriqueiros, aparentemente, como o de qual é o partido que tem actualmente maioria absoluta na Assembleia. Já dou de barato a do 1.º primeiro Presidente da República eleito a seguir ao 25 de Abril e a do número de Estados-membros da União Europeia...
Às vezes, a dimensão do disparate é de tal ordem que, legitima e honestamente, nos interrogamos se os entrevistados não estarão a brincar. Se não for isso, como interpretar a resposta, que ouvi da boca de uma jovem, de que «D. Afonso Henriques foi o 1.º Presidente eleito após o 25 de Abril»?!?!... Lá tenho que recorrer, outra vez, à minha vizinha: «Mãe Santíssima!».

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27 abril 2008

Novas de Espanha

Ver, na vizinha Espanha, a nova ministra da Defesa a passar revista às tropas, grávida de 7 meses, é uma imagem invulgar. Se Zapatero queria e procurava um verdadeiro e inusitado gesto simbólico para o seu Governo, já o encontrou. Mais até do que a paridade na sua constituição, igualando a presença de homens e mulheres. Por cá, estou certo que a história vai continuar a dar que falar, seja por inveja, má-fé ou genuíno interesse pela experiência.
Vamos admitir que a opção tem como objectivo claro o de vincar a normalidade dos regimes democráticos, de aceitação da subordinação ao político, quaisquer que sejam os sectores considerados e ou personalidades envolvidas. Nesta perspectiva, parece-me que a imagem que se quer passar da Espanha actual é esta: vejam bem a Espanha, em que o regime está de tal forma normalizado que até uma senhora, grávida inclusive, é ministra da Defesa.
Para além desta perspectiva, contudo, uma outra pode também aventar-se e que é esta: vejam bem a Espanha, tão moderna, cosmopolita e politicamente correcta que até tem uma grávida como ministra da Defesa.
Qualquer destas perspectivas, parece-me terá os seus defensores e os seus detractores.
Nada me move contra a Espanha, antes pelo contrário: aprecio e invejo a Espanha. Ao contrário da história do «bom vento e bom casamento», acho que temos muito mais a aprender e a elogiar do que a recear ou a recriminar à Espanha. São mais as situações em que a Espanha me surpreende pela positiva, do que o contrário. No entanto, no caso da nova ministra da Defesa espanhola, contudo, receio que esta opção tenha obedecido maioritariamente às directrizes do «politicamente moderno», mais do que quaisquer outras. E, se o foi, é pena que assim seja e é pobre para um país como Espanha.
Uma das coisas engraçadas com ela relacionada é a de um possível «contraponto», não necessariamente na Defesa, que vai, com certeza, ocorrer no lado de cá da fronteira... É só esperar para ver.

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No pasa nada?! (capítulo III)

Esta história acaba aqui, com o pedido público de desculpas de António Barreto no Público de hoje e o reconhecimento que o documento em causa era apócrifo. O País e os portugueses agradecem. A alternativa era insustentável e insuportável para todos.

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26 abril 2008

Caixa de Pandora

Talvez os efeitos esperados não tenham sido bem estes, mas o que é um facto é que a demissão de Luís Filipe Menezes parece ter aberto uma «caixa de Pandora» no PSD, de resultados e alcance imprevisíveis. Mesmo a solução supostamente ganhadora, Manuela Ferreira Leite, não sei se não vem já a destempo e se não vai contribuir, ela própria, para contribuir que a «caixa» se mantenha aberta. Não sei se o seu tempo não passou já, tempo esse que era o da sua aceitação mais consensual e em que as oportunidades eram, talvez, mais favoráveis. Agora, mesmo ganhando, acho difícil alterar muito significativamente o estado de coisas. No seu partido e no País.
Quanto aos restantes candidatos, tenho curiosidade sobre o que vai e é capaz de fazer Pedro Passos Coelho. Mesmo que fique para mais tarde. Ao contrário da candidata, não sei se este não é já o tempo dele... mesmo para o eleitorado.
Não sei se os estrategas, os militantes e os simpatizantes do PSD estão verdadeiramente convencidos da vitória das legislativas em 2009 ou se apostam, antes, na possibilidade de retirar a maioria absoluta ao PS, mesmo que não o admitam publicamente.
Para alcançarem qualquer um destes resultados, decerto não será irrelevante a personalidade que vão escolher para liderar o partido. Que o enredo vai ser engraçado, não tenho dúvidas.

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23 abril 2008

Cabaz biológico

O consumo de produtos da agricultura biológica vai fazendo o seu caminho, como pude constatar hoje numa loja que comercializa estes produtos. Já não é só uma opção de vegetarianos, macrobióticos ou ambientalistas, mas tende a expandir-se, até porque a sensibilização para o seu consumo vai aumentando. Falo de artigos comuns como o pão, o leite, a fruta, os vegetais, as massas, as leguminosas, os cereais, as compotas, os biscoitos, as bolachas, o azeite, o vinho, produtos de higiene e de limpeza. Isto é, todo um cabaz de compras habitual.
Do ponto de vista financeiro - e este é um problema cada vez mais premente, nos dias que correm... - as compras neste cabaz são mais dispendiosas do que em outros, supostamente mais económicos, dado não serem «contabilizados» todos os encargos, de vária ordem, que a eles se encontram associados. Na hora das contas, no entanto, o que muitas vezes conta é o valor 'x' que se paga no cabaz «tradicional» em comparação com o '2x' que se terá que pagar no «biológico». E isto é dificilmente ultrapassável para muita gente. Alguém pode estar ou andar iludido com a situação do país, mas ela não está fácil para o «zé povo»...
Contudo, é crescente o número dos que vão apostando na agricultura biológica, quer como produtores, quer como consumidores. Até por que o mercado se vai tornando apetecível. Apesar dos custos e da promoção dos «concorrentes». O que interessa é que os produtos da agricultura biológica vão fazendo o seu caminho. Mesmo que seja mais devagar, o que interessa é que lá cheguem e que vinguem. As futuras gerações agradecem.

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Por que será?

Ontem, o presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, António Martins, escreveu uma crónica interessante no Meia Hora sobre as recente proposta de lei que altera o regime do divórcio e o exercício das responsabilidades parentais. Para o que me interessa, chamou-me a atenção o seguinte excerto da crónica, de natureza e alcance mais genéricos:
«Só a boa elaboração da lei pode realizar a justiça. Ao legislador (governo e deputados) compete, legitimamente, elaborar e aprovar as leis que regulam as relações e os conflitos sociais. É da sua responsabilidade, pois, elaborar e aprovar leis boas, claras e exequíveis. Leis boas, com ponderação dos interesses em conflito e soluções ajustadas à realidade social. Leis claras, fáceis de apreender pelos seus destinatários. Leis exequíveis para serem efectivas. (...) Dificilmente o juiz pode realizar justiça quando o legislador não cumpre a sua responsabilidade».
Não podia estar mais de acordo, embora admita que o autor está a escrever isto também como parte interessada. Seja como for, o programa enunciado no excerto transcrito parece-me consensual. Parece-me que ninguém de bom-senso o rejeitará. Sendo evidente o bom-senso e o aparente consenso generalizado, perguntamo-nos, então, por que razão não são eles, muitas vezes, postos em prática. E aqui é que reside o problema. Por que será?

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Mudança de horário

Pelos vistos, tocou a reunir no PSD. O alvoroço era mais que muito e se calhar vai continuar - acabo de ouvir na TV que Alberto João Jardim também pode vir a ser candidato...
Não há dúvida, a «coisa» promete... O horário do Portugalex mudou...

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Blasfémia, digo eu

Há dias, pessoa amiga disse-me que julgava notar influências de Torga naquilo que eu escrevia. Não sei se se referia à prosa ou aos arremedos em verso. Em todo o caso, fiquei embaraçado e agradecido. Mesmo que o «elogio» seja imerecido ou desproporcionado, tal é a dimensão do Torga, fico-lhe grato. Para mim foi um grande elogio. Dos maiores.
Das coisas que mais gosto no Torga é do seu estilo enxuto e da escolha criteriosa das palavras. Como ele, poucos têm esta capacidade ímpar de, com poucas palavras ou frases, escritas sem rodeios e com uma precisão incrível, milimétrica, descreverem, definirem, retratarem uma paisagem, uma cena da vida ou da morte, um local, um estado de espírito ou de alma. Torga é isto e isto é Torga.
A pessoa amiga é isso mesmo: uma pessoa amiga. Detectar naquilo que escrevo influências do Mestre só mesmo em nome da amizade, tal a blasfémia. Não faz mal. Em nome da amizade, perdoo-lhe a blasfémia.

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19 abril 2008

Impren(sões)

Para mim, a melhor e a mais notável análise sobre as motivações e os efeitos da demissão Luís Filipe Menezes foram feitos hoje no editorial do Público, assinado por Manuel Carvalho.
Na edição do Sol de hoje, parece-me que os textos escritos por Vicente Jorge Silva, «Carta aberta ao Presidente da República», e Alfredo Barroso, «Jardim, Cavaco e a democracia», exprimem uma opinião e um sentimento extensivo a muitos portugueses sobre as incidências da visita de Cavaco Silva à Madeira. Quando digo «muitos portugueses» estou a referir-me ao cidadão anónimo e comum, aos que ficam perplexos, no mínimo, com algumas posições e/ou declarações, que devem ter raiado o surreal.

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Golo de bandeira

Aos poucos, começa-se a fazer justiça à Liga dos Últimos. A sua colocação no horário nobre da RTP1, às 21h de sexta-feira, é mais do que louvável e digna de um verdadeiro «passe de mestre». É, nitidamente, um «golo de bandeira» da RTP!

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Quem é que não gosta?

Sporting 5 - Benfica 3. Apresentado assim, já é surpreendente. Mas mais surpreendente e gratificante - para quem viu -, foi o desenrolar deste jogo. Na primeira parte, 2 a 0 para o Benfica e a promessa de um assunto encerrado. Na segunda parte, a reacção do Sporting - surpreendente, dado o que se tinha visto no primeiro tempo - a encostar, progressiva e continuadamente, o Benfica à sua grande área. Com o encostar e a pressão, começam a criar-se as situações de golo, negadas, uma atrás de outra, pelo guarda-redes, pela ansiedade ou pela sorte. Em muitos jogos, se não aparecer «o tal» momento mágico, o clique decisivo, aquele que decide o destino de um jogo ou de uma recuperação, a história apenas resguardará a hipótese do «poderia ter sido» se... como fraco e possível consolo pela frustração e o desencanto proporcionados pelo... «mas não foi»... «Paciência!» - rematar-se-á, então - «Talvez para a próxima». Para sorte do Sporting, e concomitante azar do Benfica, o momento aconteceu e teve continuidade, como um vendaval irresistível que tudo leva e afasta à sua volta, implacável e certeiro: Golo! Golo! Golo! Golo! Golo!..., numa cadência estonteante que só culmina na rede, perante a perplexidade do adversário e o entusiasmo dos espectadores, os quais, mesmo que queiram, não podem ficar indiferentes ou apáticos. Foram cerca de 25 minutos estonteantes, daqueles que a memória dos amantes da bola gulosamente recorda, de tão raros. Golo!, Golo!... Afinal, quem é que não gosta de futebol, de «bola», assim?

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15 abril 2008

No pasa nada?! (capítulo II)

Ferreira Fernandes, na sua crónica de hoje no Diário de Notícias, alerta para a carta a que António Barreto fez referência na sua crónica de domingo, no Público, intitulando-a de falsa. Pelos vistos, a pergunta que ontem fazia, no pasa nada?!, afinal tinha resposta, e ela foi dada por Ferreira Fernandes hoje. Não se trata, parece-me, de uma questão sobre qual dos dois tem razão. O que a mim me intrigava, atendendo a que o livro que a publicitava já tinha sido publicado há uns meses, é que ninguém, dada a gravidade do que nela se referia, sequer se sentisse incomodado, fosse pela hipótese de ela ser verdadeira ou, na hipótese contrária, ela poder ser uma montagem. Só após António Barreto a ter citado é que alguém - e tiro o chapéu a Ferreira Fernandes - questionou a sua veracidade e afirmou, redondamente, que ela seria falsa. Tenho apreço e respeito tanto por António Barreto como por Ferreira Fernandes, apesar desta contradição insanável: neste caso, só uma das «verdades» pode ser verdadeira. Faço votos, aliás, para que Ferreira Fernandes tenha razão naquilo que escreve porque, não a tendo, a alternativa que resta é demasiado pesada para a nossa sensibilidade e responsabilidade. Para nosso bem, quer como País, quer como cidadãos, oxalá tenha razão.

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14 abril 2008

No pasa nada?!

Holocausto em Angola - memórias de entre o cárcere e o cemitério é um livro, publicado pela Vega em 2007, escrito por Américo Cardoso Coelho. Até ontem, dia em que António Barreto a eles se referiu, na sua crónica na edição de domingo no Público, não sabia da existência do autor ou do livro. Na crónica, é citado um excerto de uma carta que é publicada em fac-símile no livro, atribuída ao então Alto-Comissário Rosa Coutinho e dirigida, em Dezembro de 1974, a Agostinho Neto, presidente do MPLA. A serem autênticos, o conteúdo e a autoria da carta são de uma gravidade inacreditável e indesculpável. E mais inacreditável ainda, tanto que eu me tenha apercebido, é que isto passa pelo país, pela sociedade, pelos negócios, aparentemente, como «cão por vinha vindimada». No pasa nada?!

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11 abril 2008

Guarda-chuvas

Sobretudo nos primeiros dias desta semana, quando o vento e a chuva mais se fizeram sentir, quem andasse na rua via, espalhados pelo chão ou atirados para os caixotes do lixo, vários guarda-chuvas desconjuntados, com as estruturas desarticuladas e as varetas torcidas, como se tivessem sido trucidados num combate desigual.
Nesses dias - que até teve um tornado pelo meio, ali para os lados de Santarém -, os guarda-chuvas foram, para além das árvores e dos telhados, algumas das «vítimas» desta «guerra» entre os elementos da natureza e os artefactos humanos, cada vez mais imprevisíveis e frequentes no país. As alterações climáticas estão aí e vieram para ficar...
Voltemos aos guarda-chuvas.
Hoje em dia, mais do que objecto de resguardo contra a chuva e o sol, que também são, os guarda-chuvas são um ícone e um exemplo acabados da cultura e da forma de estar actuais, em plena era da globalização, em que se privilegia o cómodo, o efémero e o barato, numa miscigenação complexa entre o Ocidente e o Oriente, com as respectivas implicações de natureza social, económica ou política.
Consequência da globalização, hoje em dia é muito fácil adquirir um guarda-chuva. Por ser tão fácil, várias pessoas têm mais do que um, sendo diversas as justificações: ou porque não se confia na qualidade ou na durabilidade da maioria deles; ou porque são baratos; ou porque estão na moda; ou porque nos foram oferecidos numa qualquer promoção ou merchandizing; ou porque sim e nos apetece.
Como se vê, os dias do célebre «guarda-chuva de pastor», rijo e rude, feito para aguentar algo mais do que uns pingos e uns sopros de vento, devem ter acabado... Os que agora existem não podem invocar este pedigree, muito menos garantir que uma qualquer aguadilha ou deslocaçãozita de ar não lhes causam danos irreparáveis, mas remediáveis... com a compra de outro!

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06 abril 2008

Encontros Imediatos

Acabo de ver, na televisão, o programa Encontros Imediatos, dedicado ao tema dos OVNI em território português. Estava na expectativa quanto ao que isto seria e como seria tratado. Pela amostra de hoje, as perspectivas quanto ao desenvolvimento do tema e à própria série parecem-me muito animadoras e capazes de criar um fenómeno de culto. A continuar a ver, seguramente.

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05 abril 2008

Campeão

Porto 6 -Amadora 0.
Tricampeonato sem espinhas.

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04 abril 2008

Frase

Um sujeito, um predicado, um complemento. Escritos numa cadência perfeita. Mantendo um equilíbrio estável. Que o escritor molda, com talento, disciplina e arte. E que entrega ao leitor, para que este o frua. E que o aceita, como dádiva que é, exclamando: «É notável!».

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Tentativa

Uma vontade
E um desejo
De escrever.
Sobre tudo e
Sobre nada.
Ser capaz
De dizer,
Numa frase,
Num texto audaz,
O sentido
De uma vida anunciada.

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03 abril 2008

Viagens com A Liga dos Últimos

O aparecimento do cabo revolucionou a forma e os hábitos de ver televisão. Uma das transformações mais significativas introduzidas pelo aparecimento do cabo foi a do tipo e natureza dos programas, que passaram a ser dirigidos a nichos de mercado característicos e específicos, com predominância para faixas etárias mais jovens, na sua maioria, e com formação académica de nível médio ou superior. Foi neste caldo cultural e geracional que nasce e se expande o êxito e o furor provocados por um programa como A Liga dos Últimos.
A princípio, duvido que alguém desse muito pelo programa ou, sequer, se dignasse a vê-lo. Tudo, penso eu, o afastaria dos favores do público: o enquadramento, o universo, os protagonistas. Tudo nele falava e remetia para uma realidade e um mundo esquecidos e abandonados, afastados de todas as preocupações e interesses, de vária ordem, que marcavam as realidades sociais e mediáticas. Parecia um combate perdido à partida, mais um aspecto do desigual campeonato entre o Interior e o Litoral, sistematicamente ganho por este último.
Contrariando talvez todas as expectativas - mesmo as optimistas, estou certo -, a Liga dos Últimos sobreviveu e prosperou, saltando inclusive para um «estádio», o Canal 1, mais amplo e desafogado do que o cabo, onde se mantém e, parece-me, afirma a sua essência de forma mais eloquente e acolhedora, sendo também o sítio onde me parece melhor será desfrutado pelos seus fãs. Que não devem ser poucos, a fazer fé numa recente votação que se realizou na internet e onde, se não me engano, foi considerado como um dos 50 melhores programas de sempre da televisão.
E é fácil compreender as razões por essa idolatria, mesmo que elas possam ser, muitas vezes, do domínio do lúdico e da galhofa, mas não menos respeitáveis por isso. Aliás, a propósito disto, já há muito que memorizei e interiorizei o que o Eça de Queiroz escreveu no livro Uma Campanha Alegre: «Vamos rir, pois. O riso é uma filosofia. Muitas vezes o riso é uma salvação. E em política constitucional, pelo menos, o riso é uma opinião».
Ontem, a Liga dos Últimos brindou-nos com um momento inolvidável, daqueles que vão fazer parte do historial do programa, uma pérola e um verdadeiro achado - o espectador que se emociona e é levado às lágrimas sempre que ouve insultos à equipa de arbitragem! O Hernâni Gonçalves epítetou-o de «um verdadeiro Mahatma Gandhi»! Já não me ria assim há algum tempo. Um bem-haja à Liga dos Últimos.

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02 abril 2008

Dia Internacional do Livro Infantil

Será fácil escrever um livro para crianças ou para jovens? Duvido. Mesmo para autores experientes, habituados e rotinados no género, deve ser difícil, suponho. No entanto, a ver pelas montras e pelas referências na comunicação social ou especializada, o número de autores cresce e o das obras editadas também. Era bom que tivesse correspondência igual no número de leitores.
Hoje celebra-se o Dia Internacional do Livro Infantil. Em muitas casas ou famílias, não sei quantas, talvez este seja um dia dedicado à leitura, aos livros e às crianças ou jovens. Oxalá. Na maioria delas não, provavelmente nelas se incluindo a nossa. E é pena.
Tomo a liberdade de apropriar o título da mensagem alusiva ao dia, da autoria de Chakrabhand Posayakrit, artista tailandês: Os livros iluminam, o conhecimento encanta.
Ponha-se isso em prática. Com um livro infantil, por exemplo. Boas leituras.

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01 abril 2008

Dia das Mentiras

O episódio protagonizado por António Borges e por Manuel Pinho, na sequência da entrevista que o primeiro deu ao Público, na edição de domingo, contribuiu para que, mais uma vez, tivesse ficado intrigado - para não dizer, perplexo - por ver duas personalidades, em princípio, respeitáveis e sérias, contradizerem-se, na praça pública, de forma clara e inequívoca. Estava a pensar que esta matéria daria «pano para mangas», mas talvez me tenha enganado e (quem sabe?...) talvez tudo não tenha passado, afinal , de uma celebração, avant la lettre, do «Dia das Mentiras», que se comemora hoje...

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