Máscara

Hoje não era suposto estar-se com dificuldades para arranjar matéria para uma nota, um comentário, um post, em suma. Feitas as ginásticas habituais, só havia mesmo era que esperar que alguma coisa aparecesse ou brotasse, mesmo que por geração espontânea... Mas as coisas não pareciam assim tão fáceis. Diria que, com algum ou razoável aquecimento, continuava a não vislumbrar-se nada... E, quanto a isto, nem poderia queixar-me de existência de nevoeiro, uma vez que o céu estava limpo, com algumas pistas de poeiras, mas limpo, na sua generalidade. Que diabo!: estávamos no Carnaval!... Olhei para a máscara e pensei: será que não está para aí virada...? Também ela, parecia, se mostrava como era: falsa e dissimulada!... Afinal estava à espera de quê?!...

Cas(quice)

Ao princípio, julgou tratar-se de um grão de areia no casco... Não o era, mas sim uma unha encravada... Resignado, pediu: «Traz-me aí o pé-de-cabra!».

Reticências...

Olhando para a escrita, constatou que estava com um problema de reticências... Não sabia se devia ficar intrigado ou a precisar de um corrector, quiçá um prontuário ou uma gramática... Na dúvida, decidiu fazer um levantamento de reticências... Concluído o trabalho, ficou mais descansado. Mondando uma meia dúzia, seleccionou outra meia para servirem de estacas e, mais tarde (quem sabe?...), tentaria uma enxertia. Com sorte, se a enxertia corresse bem obteria (esperava), novos sinais... Por exemplo: reticências com exclamação ou interrogação; vírgulas e pontos e vírgulas com elas cruzadas; travessões entrelaçados e em namoro com elas, etc., etc., etc....

Tenho uma máscara, mas não me ajeito com ela. O que posso fazer?

 Ajeite-se melhor, talvez. Às vezes, funciona.

Filosofia (às 16h21)

_ Admitamos que as coisas seguiam como queríamos...

_ Era bom, mas também um risco...

_ Como assim...?

_ Era bom, pois ficávamos satisfeitos. Mas um risco, porque outros poderiam não gostar do resultado ou da opção...

_ Que fazer, então...?

_ Na dúvida, parar para reflectir.

Estou a pensar experimentar e atirar-me de cabeça. Faço bem?

Experimente pensar mais e veja no que dá... Seja como for, não se esqueça do capacete.

Com treino

_ Não sei como lhe dizer isto...

_ Nem com treino...!?

_ Sim. Mesmo assim...

_ Vá, faça um esforço!...

_ Está bem, então: já não é ministro!

Tít(a)lo...

_ Como se chama?

_ Sem nome...

_ Que idade tem?

_ Não sei...

_ Que faz aqui, então?...

_ Estou à espera...

_ De quê?!

_ Que me dêem um nome...

_ Pode ser um título...?

_ Só se for republicano...

_ Senhor, acha bem...?

_ Não está mal, mas... Não pode ser doutor...?