27 novembro 2010

Privilégio

Nalguns casos, a unanimidade é falsa. Noutros, felizmente, ela é genuína. Como hoje e eu estava lá. Foi um privilégio.

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14 novembro 2010

O «tempo» da criação

Também é destes pormenores, estou certo, que a história e a autoria de algo ou de alguma coisa se fazem. Descobrir ou especular sobre a data, «o momento», em que algo acontece e fica registado, é um caminho de investigação tão legítimo como outros. Por exemplo, com este comentário: em que «momento», em que ocasião é que esta «criação» se concretizou? Na hora em que se publica, na que se escreve ou naquela em que se guardou, uma vez que este texto estava já «guardado», como rascunho, como se estivesse «suspenso», «latente»?
Tudo isto vem a propósito de uma leitura que fiz, em tempos, de uma interessante reflexão de um escritor português (não me lembro qual) acerca da questão do «original» quando este «original» é escrito num computador. Segundo esse autor, o livro escrito num computador não é, em verdade, propriedade do seu autor. Este blog poderia ter todas as suas mensagens em stand by, uma das funcionalidades mais interessantes da aplicação utilizada nos blogues. Quando escrevo uma mensagem mas não a publico, reservando-a para um momento posterior à sua elaboração inicial, provoco e lido com uma situação em que se verifica como que uma «suspensão» ou subtracção momentânea do tempo actual. Embora esta possibilidade também se verifique com a redacção da cópia manual, com a manutenção do rascunho na gaveta ou fora do alcance ou da manipulação mais imediatos, por exemplo, considero que nas versões digitais este dimensão da «latência» se assume com mais propriedade e se torna mais emblemática.

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08 novembro 2010

Olhares

A cada dia que passa, um tipo fica baralhado. Ora estamos na penúria, para não dizer falência, até que alguém nos vem dizer que não senhor, que estamos longe de que isso venha a acontecer. Nuns dias, com uma mão à frente e outra atrás, quando não são as duas para a frente - para pedir ou para rezar, não sei - e noutros com as duas para trás, por vergonha ou para evitar a tentação de pedir ou de agarrar. Um tipo fica baralhado, confesso, quando me dizem que tudo está negro e outros me dizem que não é assim, qual negro qual quê! Se calhar tenho que seguir o conselho de uma pessoa amiga: «O que tu precisas, é de ir a um oftalmologista!».

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