31 agosto 2008

1400 km

A notícia é quase em primeira mão, graças ao relato, on-line, da Rádio Moncorvo: o Grupo Desportivo de Moncorvo, o GDM, eliminou o Sporting Clube Farense da Taça de Portugal, na casa deste! É verdade: o GDM viajou de uma ponta a outra de Portugal e venceu 2-0 o Farense. 700 km para um lado e 700 km para outro. Em nome da Taça de Portugal, aqui vão 1400 km e as maravilhas da tecnologia!

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29 agosto 2008

Mergulho

Leio, no Público de hoje, que se realizou, no País de Gales, mais uma edição do campeonato mundial de snorkelling (mergulho sem garrafa) nos pântanos. Palavras de um dos organizadores: «Este é um daqueles acontecimentos malucos em que temos que participar pelo menos um vez na vida». Sendo assim, tenho que marcar vez. Ainda há vagas e, pelos vistos, malucos não faltam.

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25 agosto 2008

Os prazos

Perdeu-se a conta, já, às transformações, planos, estratégias, medidas, programas, eu sei lá, relacionados com a Administração Pública. E se calhar ainda não vamos ficar por aqui nesta matéria.
Uma das coisa que mais me intriga - ou talvez já não - nestas diversas e sucessivas iniciativas prende-se com a calendarização e os prazos que se divulgam e, em princípio, se assumem publicamente.
No entanto, analisadas as coisas ao pormenor, não sendo preciso ir muito fundo ou vasculhar criteriosamente, para se constatar que essa realidade e/ou cenário são outros. E os exemplos sucedem-se e acumulam-se, uns mais compreensíveis do que outros, é certo, mas sempre incómodos, em todo o caso, partindo-se do princípio de que foram pensados de boa-fé e sustentados segundos critérios de forma exequível. Se não o foram, porém, as conclusões que se extraem não podem ser abonatórias e favoráveis, bem pelo contrário.
Nalguns casos, essa calendarização ou prazos foram já largamente ultrapassados, se não perderam, de todo, a validade. Falo do desfasamento de anos, não de meses.
Que diabo! - dizer que algo era para estar feito há um, dois, três anos ou mais anos atrás, no fundo, os prazos que foram avançados aquando da sua apresentação ou lançamento, não me parece algo de que alguém se possa orgulhar. Se esse alguém é o Governo, então, o quadro piora.
Que dizer ou fazer, então e também, quando esses prazos ou calendarização estão de tal forma despojados de sustentabilidade real ou objectiva que nem dá para tentar perceber?
As organizações, as entidades, as pessoas ganham ou perdem a sua credibilidade de forma muito simples. Nesta matéria, o caminho para o sucesso é conhecido: prometer só o que puderes cumprir. Sê sério e exige seriedade.

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Moeda ao ar

Para criar 

Ou destruir, 

Lanço uma moeda ao ar. 

Cara ou coroa são as hipóteses. 

Desconheço o que vai sair. 

Deixo para o destino o toque 

Que vira o rumo ou roda a sorte.

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24 agosto 2008

Crimes

Crimes de vária ordem têm estado na ordem do dia. Para além da conversa ou do aproveitamento demagógico, que o há, os factos estão lá e não são abonatórios. É tudo muito bonito (as medalhas, as férias, os futebóis, as explicações, a conjuntura, etc.), mas o clima não é famoso. A ver vamos, os efeitos (visíveis ou invisíveis) que se reflectirão na sociedade e no país. O tempo o dirá.

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Rússia

A recente intervenção da Rússia na Geórgia deve ter deixado muita gente no Ocidente preocupada. O gigante russo volta a fazer-se ouvir e de forma audível. E preocupante, também. Pelos vistos, a sua suposta «submissão», na sequência da queda da URSS, já não se verifica e é conveniente que o Ocidente tenha isso presente. O vento parece ter mudado.

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23 agosto 2008

Apostamos?

Se fosse num país com tradição nas apostas, independentemente do motivo, o silêncio ou o recolhimento mediático, se quisermos, de Manuela Ferreira Leite já estaria a ser avaliado segundo os cânones desse particular mundo de jogo. Vai uma aposta?

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Epopeia

O futebol terá uma maior massa de adeptos, sem dúvida, mas o ciclismo deve ser uma das modalidades em que o espírito e a dedicação dos atletas mais entusiasma os espectadores de bancada, como é o meu caso.
Ver aquelas «almas» a pedalarem debaixo do sol ou da chuva, em recta ou montanha acima, é um feito - apesar do doping - digno de ser cantado numa epopeia.

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21 agosto 2008

Salto olímpico

Nélson Évora é campeão olímpico de triplo salto. Para quem não tem memória, este feito - pois de um feito se trata - era, não há muitos anos, inatingível para os atletas e as mentalidades lusos. Honra e mérito, por conseguinte, para o homem e o atleta. A medalha, o salto, e a cerimónia com o hino vão ser os momentos mediáticos por excelência. Sejam. Mas convém não esquecer uma outra, daquelas em que a imagem vale mais do que mil palavras - ou não estivéssemos na China, país da paternidade da expressão - aquela em Nélson Évora, agarrado ao seu treinador, não consegue conter as lágrimas e chora. Também disto, se fazem os campeões.

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19 agosto 2008

Jogos Olímpicos

Até ao momento, a participação de Portugal nos Jogos Olímpicos tem sabido a pouco. Tirando a Vanessa Fernandes, tem sido um razoável fiasco. Já toda a gente percebeu que estamos na fase do assobiar para o lado.

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18 agosto 2008

Os vasos

O quartel estava um primor. Destacavam-se os vasos, com flores mimosas. Um dia, os vasos desapareceram. Acabaram por aparecer, à porta de uma igreja. Os CSI concluíram: mais do que um crime, tratou-se de uma promessa...

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08 agosto 2008

Cerimónia

A China e os chineses brilharam na inauguração dos Jogos Olímpicos. Não sendo um entusiasta dos Jogos nem dos seus rituais celebratórios, reconheço que não me lembro de uma cerimónia com o impacto da de hoje.

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Comunhão

Eram um casal de velhotes. Estavam juntos há muito tempo e em comunhão de adquiridos. Até nas doenças, o regime funcionava - trocavam doenças como quem trocava cromos: pega lá uma constipação e passa-me a dor de cabeça; duas artroses nas mãos por um reumatismo na perna.

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04 agosto 2008

Halterofilista

Pego num livro e levanto-o. Com um impulso, ergo-o acima dos ombros. Em vez de ser um leitor, sou antes um halterofilista!

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03 agosto 2008

Abasurdido

Eis um belo mistério para férias, o relacionado com o adjectivo «abasurdido». Em primeiro lugar, a grafia: «abasurdido», que os tiradúvidas aconselham, ou «abazurdido», forma pela qual o conheci hoje, sob a pena de Nuno Brederode Santos, no DN.
Em segundo o lugar, a ausência de referência nos dicionários comuns, segundo os ditos tiradúvidas, apesar de ir marcando terreno em registos escritos vários, incluindo o do referido cronista. Seja como for, um mistério. Uma pequena curiosidade ou diletância, se se preferir.
Porém, sobre o «abasurdido» ou o «abazurdido» parece haver consenso sobre a ascendência gaulesa «abasourdi», particípio passado de «abasourdir» (atordoar, acabrunhar, etc.). Diminui um pouco o mistério, sobrando, contudo, a razão ou a época pela qual ou durante a qual se integrou ou incorporou - clandestinamente, parece - na nossa língua. E aqui o mistério prevalece.
Há palavras com um encanto e um chamariz próprios. «Abasurdido» ou «abazurdido» está nesta lista. Esta parece ter um condimento extra: ao contrário de muitos dos nossos compatriotas, parece que, desta vez, foi o «abasurdido» (ou o «abazurdido») que passaram a fronteira «a salto». N'est-ce pas?

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01 agosto 2008

A comunicação

Sendo feito da mesma massa que os outros meus concidadãos, não foi sem alguma ansiedade que me dispus a escutar a comunicação do Presidente da República, Cavaco Silva. Estava intrigado sobre o que motivaria tal comunicação, assim, em 31 de Julho, véspera de férias para muitos portugueses, incluindo o Presidente, já no seu gozo efectivo. A tensão prestava-se ao crescendo de tensão e de boataria, era um facto. Algo de muito grave ocorrera ou iria ocorrer, pensava-se.
Diga-se o que se disser, a reacção generalizada ao anúncio da comunicação do Presidente da República é um indício claro e eloquente das nossas intranquilidade e falta de confiança actuais. Nem a véspera de férias - ou se calhar por isso... - nos deixou mais indisponíveis para este(s) cenário(s) cinzento(s) e pouco risonho(s). Que se receia(m) ou antecipa(m), mesmo que não saibamos ainda objectivá-lo(s).
À primeira vista, a comunicação, dedicada ao estatuto político-administrativo dos Açores, pareceu um anti-clímax, suspiraram de alívio muitos compatriotas. Será que foi? Ao princípio, eu também pensava assim. Agora, tenho as minhas fundadas dúvidas. Será que o Presidente quis acautelar já alguma coisa?... Se sim, o quê?... E como explicar a forma e o teor da comunicação?...
Depois da comunicação e das diversas reacções, fica-se com a sensação muito vincada de que isto é apenas a peça de um puzzle que, gradual ou abruptamente, se vai construindo ou desfazendo. Vejamos o que nos dirão os próximos tempos. Vamos à política, meus senhores!

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