17 maio 2009

Em menos de um fósforo

Há, nas expressões populares, uma força expressiva e um pitoresco telúricos dificilmente ultrapassáveis pela linguagem de características mais urbanas e formais. Lembrei-me disto por acaso, ontem, na rua, ao recordar-me de duas delas, que aqui anoto: «em menos de um fósforo» e «seco como as palhas».
A primeira, «em menos de um fósforo», procura retratar a duração e a efemeridade de um fenómeno ou de um momento. A segunda, «seco como as palhas» (aqui com dúvidas sobre se será o singular «como a palha» ou o plural «como as palhas»...), reproduzindo fabulosamente a situação de sede, fenómeno nada agradável, como se sabe.
Em ambas, há um apropriar da experiência corrente e comum, mas nem por isso menos rica, das vivências do quotidiano, transformada numa máxima de sabedoria popular e generalizável, ainda por cima com graça. E a riqueza de uma língua também se faz disto.

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14 maio 2009

Momento zen(e) 2

Mas o que eu verdadeiramente gostava era de ser como aqueles médicos, 40 no total, que demandaram a Malásia à procura da sabedoria e do conhecimento, fazendo uma perninha enquanto piratas e não se lembram!
Ah, memória!... Oh, cruel esquecimento!... Porquê, neurónios?!... Porquê?!... Ah, caraças!...

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António Barreto

Não me canso de ouvir e ler o António Barreto. Ainda ontem, no programa Cartas na Mesa, na TVI 24, o pude comprovar, na sequência da entrevista da Constança Cunha e Sá: inteligência, sentido crítico, sabedoria, lucidez - um verdadeiro espírito livre!

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08 maio 2009

«i» agora?...

Saiu hoje um novo jornal, o «i». Gostei do formato, do grafismo e de algumas das propostas. Vamos ver o que dá, mas estou céptico.
Tiro-lhes o chapéu, contudo, pela aposta: editar um novo jornal (diário, ainda por cima!), nos tempos que correm... é obra! Mais não seja por isso, merecem apoio e incentivo. Será que se aguentam?...

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