A geração à rasca...

Tenho-me mantido atento ao movimento, real ou desejado, dos jovens licenciados que adoptaram como sua «canção de intervenção» uma do grupo Deolinda, intitulada 'Que parva que eu sou'. A preocupação com a «geração à rasca», um dos epítetos que lhe têm aplicado, também será, pelos vistos, a preocupação do recém-eleito Presidente da República, Cavaco Silva, tal como afirmou no discurso de vitória nas eleições presidenciais, nomeadamente neste excerto: «Com grande determinação, tudo farei para que os jovens do meu País reencontrem motivos para acreditar em Portugal. Confio na energia criadora dos nossos jovens. Procurarei mobilizá-los para que façam ouvir a sua voz. A eles, ao futuro da nossa Pátria, dedico esta vitória. Lutem pelo vosso futuro. Terão em mim um aliado.». Quero acreditar e espero que sim- ainda para mais, está escrito... -, que o Presidente da República ajude esta geração a «lutar pelo seu futuro» e se constitua como «um aliado»... Um bom indício seria aprender e apreender a letra da canção dos Deolinda... Quem sabe, talvez trauteá-la nos jardins de Belém...

Cai ou não cai?...

Com a futura apresentação da moção de censura pelo Bloco de Esquerda, o «dilema do malmequer» ganha uma nova configuração, que é esta: cai o Governo, não cai o Governo; cai o Governo, não cai o Governo; cai... não cai...