31 agosto 2006

Web

Faça-se um teste com um qualquer motor de pesquisa. Digite-se uma palavra ou expressão e olhe-se para o que lhe aparece no monitor. Espantoso, não é?! É imensa - quiçá, inimaginável! - a quantidade, diversidade e a qualidade da informação disponível na web. Curiosos, interessados, diletantes, estudiosos, resignados ou decisores, todos eles podem encontrar na rede uma área disponível para as suas consultas, anseios ou interrogações. Torna-se quase num jogo ou num divertimento, caso se queira, extensivo a novos ou velhos, crianças ou adultos. Mas com muito de encantatório ou fascinante. Sempre.

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30 agosto 2006

100

Este é o meu centésimo post. Grande feito! Embora a criação e a manutenção de um blog seja uma actividade praticada, hoje em dia, por milhões de pessoas, a verdade é que, para quem nunca pensou ver-se nestas andanças, é um grande feito... Talvez, à semelhança do slogan criado por Fernando Pessoa para a Coca-Cola, comigo se tenha verificado o "primeiro estranha-se, depois entranha-se"... Adiante!
Para todos os feitos e efeitos ganhei uma nova alínea para o currículo - mesmo que venha a ser pequenina e insignificante - sou um "postador"!!

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27 agosto 2006

Gato Fedorento

"Gato Fedorento" é já um objecto de culto. É muito fácil constatar isso: na repetição vária dos seus programas, quer na SIC Radical quer na RTP, na utilização e adopção quotidianas dos seus diálogos ou piadas, na troca e reencaminhar de emails pela comunidade cibernauta, na conquista do mercado publicitário, onde são instrumentos importantes de estratégias de comunicação de instituições de peso, institucional e não só.
Como explicar que, no seu ar de "trupe de sarau de estudantes", este conjunto de 4 "rapazes" tem merecidamente ocupado um lugar de destaque no panorama do humor português de qualidade? Sem ser inovador ou entendido, aqui ficam algumas pistas: uma imagem e uma presença físicas sui generis de todos os protagonistas, quer individualmente quer enquanto grupo; um tipo de humor fora do vulgar - o nonsense - herdeiro de uma tradição que, no nosso País, foi ganhando adeptos e entusiastas após o 25 de Abril; uma forma de estar em palco quase juvenil e amadora - daí a imagem dos saraus de estudantes - em oposição clara à habitualmente associada aos comediantes profissionais; a ligação à "Produções Fictícias", verdadeira escola e oficina de muitos dos melhores criadores/fazedores de humor em Portugal; uma sábia utilização e apreensão das virtualidades das novas tecnologias e de formas inovadoras de comunicação características do tempo actual. Em síntese, um verdadeiro "one group show"!
"Gato Fedorento" será objecto de estudo muito brevemente, servindo de tema a teses de mestrado ou doutoramento, segundo vi já escrito a cronista de jornal. Não me custa a aceitar ou a acreditar. Será mais que merecido que isso aconteça. Para que o fenómeno se sacralize, só falta mesmo a benção universitária...

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26 agosto 2006

Ripanço

Em casa, na praia, nos destinos exóticos ou mais comuns, nada, mas mesmo nada, caracteriza melhor o tempo de férias do que aquela situação sonolenta, descontraída e pachorrenta do corpo estendido numa superfície confortável. Barriguinha cheia ou saciada, música e temperatura agradáveis, um jornalito ou um livrinho para ler, uma qualquer bebida, pouco ou quase nenhum barulho, o correr lento do tempo, sem compromissos ou preocupações momentâneas, eis o cenário com que muita gente sonha quando pensa ou pronuncia a palavra mágica "Férias!". Eis aqui, um pequeno elogio ao ripanço.

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25 agosto 2006

Plutão

Os planetas do sistema solar, Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno e Plutão era uma das cantilenas mais papagueadas ao longo das nossas vidas. Aprendia-se habitualmente nas escolas primárias e acompanhava-nos para sempre, exercitada e recordada orgulhosamente de quando em vez. Desde hoje, por decisão da União Astronómica Nacional, Plutão deixa de nela constar, por se não enquadrar na nova definição científica do que é um planeta do sistema solar. Segundo a definição, Plutão é agora um planeta anão. Deixá-lo! Anão ou não, a cantilena ainda se manterá, julgo. "Burro velho não aprende línguas", diz o ditado - e novas cantilenas - digo eu! Pelo menos esta: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano Neptuno e... PLUTÃO!

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23 agosto 2006

Distâncias

Porque é que é difícil voltar regularmente às origens? Segundo um amigo meu, mais do que a distância física é a distância psicológica. Penso que tem razão. É uma distância emocional, mais do que quilométrica, que tolhe muitos dos nossos movimentos de retorno, mesmo que ocasional. Não sendo ultrapassada esta barreira, nada feito! É muito difícil e, por isso, na maioria das vezes inultrapassável.

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18 agosto 2006

Climas

Quarta, quinta, sexta-feira. Três dias, três chuvadas. Para quem vinha preparado para sol e calções, levou com camisolas e friozinho. Perplexo, pergunto se é tempo normal. Os mais velhos dizem-me que sim - começam a plantar-se as couves e as nabiças, atestam. Os mais novos não confirmam. Neste exemplo, a lógica da memória inverteu-se. A favor dos mais velhos, é curioso...
Os meteorologistas dizem que ainda é cedo, que as evidências científicas das alterações climáticas ainda não estão solidificadas. Temos que esperar, dizem eles. Talvez tenham razão, mas começo a duvidar. A perspectiva da lareira em Agosto não me parece que seja um bom augúrio...

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16 agosto 2006

Cybercafé

Finalmente! As novas tecnologias são já parte integrante do quotidiano das berças. Cybercafé é o termo mágico. Rodeado de máquinas de jogos, bilhares e rapaziada nova à volta dos jogos e da música da moda. É o progresso. Ou uma outra forma de progresso. Que são outras vivências, não há dúvida. Definitivamente, o tempo não volta para trás. É um facto.

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11 agosto 2006

Noite

É noite. Está uma noite quente. Lá longe, ouve-se o barulho incómodo, mas distante, de uma mota e de camionetas. Mais perto, o de um carro. Mesmo assim, o silêncio é maioritário nesta noite de Agosto.
Leitura rápida das edições online. A chamada de capa é comum, aqui e lá fora: a ameaça de mais um atentado em aviões. Segundo o DN, poderia acorrer hoje, 11 de Agosto. O cenário previsto é de arrepiar. Realidade?Mistificação?Fantasia? Alarmismo? Qualquer que seja a opção, o caminho vai-se traçando e o resultado está à vista: - Longe, já muito longe, vão os tempos do sono descansado! E não é, apenas, do calor...

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10 agosto 2006

Categórico

Obikwelu acabou de ganhar os 200 m planos. Folgadíssimo! Desde 1978 - a fazer fé no comentador televisivo - com o italiano Pietro Menea, que ninguém conseguia, nos Europeus de Atletismo, ganhar simultaneamente os 100 e os 200 m. É um feito notável. Sem discussão. E que não permite a omissão.

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09 agosto 2006

Salada desportiva

Um atleta português foi o vencedor de uma prova de atletismo, os 100 m planos, de uma grande competição internacional, os Campeonatos da Europa, que decorrem na Suécia. Até há poucos anos, esta notícia seria inverosímil ou digna de partida de 1 de Abril. O protagonista foi Francis Obikwelu, que se afirma cada vez mais a nível internacional. Surpresa e aplausos também para João Vieira, medalha de bronze nos 20 km marcha. Depois dos êxitos de Carlos Lopes, Rosa Mota e Fernanda Ribeiro e outros, começam a aparecer novos valores no atletismo português em especialidades que não o fundo e o meio-fundo.
Não sendo um "ferrinho" do ciclismo, vou deitando um olho à Volta a Portugal e não deixo de ficar fascinado pelas proezas que aquelas almas fazem, dias a fio, pelo pino do calor: rectas, curvas, subidas, descidas, quedas, sprints, sofrimento, esforço e o orgulho, a alegria de vestir camisolas com determinadas cores, - amarela, de preferência. Esta rapaziada são uns heróis! Merecem, suor a suor, todo o dinheirito que amealham. E que a modalidade exerce um fascínio muito próprio, não há dúvida! É ver os mares de gente, estrada fora, na maioria dos países. Se isto não é um desporto popular!?...
O Benfica deve entrar na Liga dos Campeões. Os rapazes do Áustria não devem causar problemas de maior. Um golo para a história, o de Nuno Gomes. Fez lembrar um outro, o de Madjer, mas há que ter cuidado com as semelhanças. A pequena diferença é só esta: o de Madjer foi numa final. Dos Campeões Europeus, por acaso.
Estava a prever isto: Co Adriaanse demitiu-se do Porto! Os comentários de fim de jogo já eram sintomáticos, restando saber qual seria o objectivo que lhes estava subjacente: desilusão? desconforto? um esticar de corda?... Lá se irá saber, um dia. Quanto ao Jorge Nuno, a história vai ser a do costume?...

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08 agosto 2006

Bom entendedor...

À procura de notícias televisivas, nos noticiários do almoço, sobre a situação no Líbano, fartei-me das que, em todos os canais generalistas nacionais, falavam de incêndios. Qualquer delas, sem excepção ou alinhamento diferente, dissertavam sobre a mesma matéria: fogos, meios aéreos, circunscrito, condições meteorológicas. Fiz um zapping!
E ainda bem que o fiz, pois fui aterrar na repetição de um dos programas do "Livro Aberto", que passa na RTPN e é da autoria de Francisco José Viegas. O programa fala de e tem os livros como matriz fundamental, servindo de âncora a conversas interessantes e cativantes com o(s) convidado(s) de cada sessão. Uns mais apelativos do que outros, é certo, mas sempre interessantes.
Como o exemplo que apanhei hoje, fruto do zapping e na sequência dos fogos, como expliquei. Estou a falar do convidado Fernando Pinto do Amaral, que foi uma agradável surpresa. Tom coloquial, despretensioso, com uma capacidade de entretecer fios de experiência diversa, pessoal e vivencial. Gostei. Fiquei com vontade, apesar da vista e cérebro duros para o seu principal mister literário - a poesia -, de ler mais qualquer coisa do senhor, para além de textos avulsos na imprensa. Parece-me mais do que merecido.
Gostei também da auto-promoção que o autor faz do seu programa. Num tom irónico - mas também resignado, diria eu - Francisco José Viegas despede-se dos seus telespectadores dizendo mais ou menos isto: "O único programa que passa à mesma hora em que, nos outros canais, estão a dar concursos, telenovelas e, nesta época, algum futebol...".
Quem quer ser bom entendedor?!...

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05 agosto 2006

Barriguinhas

As palavras da Língua Portuguesa comportam uma semântica muito rica e diversificada. Veja-se o caso da palavra "barriguinha". Que me lembre, há três grandes significados distintos. Dois são mais antigos, alicerçados há muito nos quotidianos da utilização da língua, e o terceiro é mais recente, mais conjuntural. O primeiro aplica-se num contexto associado à maternidade e significa os primeiros estádios da gravidez de uma "futura mamã". O segundo, habitualmente mais direccionado para o universo masculino, costuma ser sinónimo de uma certa fase da vida, onde se começam a vislumbrar alguns dos sintomas característicos de uma certa estabilidade (emocional, profissional e familiar), ou seja, quando "barriguinha" significa, carinhosamente, a chamada "curva da felicidade". Outros, mais rudes ou mais jocosos, chamar-lhe-ão "peito descaído", ficando sempre salvaguardado que não estarão a pensar no caso extremo da barriga "tipo bandulho", um caso que não está considerado nesta reflexão matinal. Por último o 3.º significado, mais exclusivo, que é a associação feliz, pelo menos para o sexo masculino, de um conjunto de sensações visuais e cerebrais que navegam nas águas, mais tranquilas do que agitadas, do erotismo. Estamos a falar do conceito de "barriguinha" que reflecte essa panóplia de sensações associadas a uma das mais recentes modas de vestuário feminino, as camisolas e as camisas que deixam ver a cintura, umbigo incluído, das jovens e menos jovens mulheres. E que essa moda está generalizada, constata-se facilmente. Para contentamento de todos, está bem de ver...

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02 agosto 2006

Paridos

Os homens são mais paridos do que as mulheres. É uma evidência não científica, reconheço, mas aplicada à generalidade dos homens, descontando os "Rambos", os "Metralhas" os "forcados amadores", os jogadores de rugby e os pimpões das claques. Até ver ou estudo mais afinado, mantenho a afirmação. Mas o que é que é um "Parido"? Segundo o dicionário, um "parido" é aquele "que se queixa à menor dor ou ferida". Parece simples, mas não é. Para o "parido", "a menor dor ou ferida" não existem. A "sua" dor ou ferida são sempre atrozes, insuportáveis e inimagináveis! Não fosse o "parido" um modelo de estoicismo e com uma capacidade de sofrimento indizíveis, e não se perceberia como é que seria humanamente possível suportar tais desconfortos. Mas que monstruosidades são estas, que assolam os nossos "paridos"?!... De arrepiar, como se verá. Um cortezinho a fazer a barba ou no dedinho, uma dorzita de cabeça, um pequenino arfar da falta de exercício, um ligeirinho desarranjo intestinal, uma febrezita de 37,2, um pequenino enfartanço de feijoada ou de cozido, uma pontadita pelo fresco, uma goela ressequidinha pelos finos, etc., etc., etc. Com este rol de maleitas, imagine-se agora se os "paridos" parissem!...

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01 agosto 2006

Tatuagens

Com a ida a praia, por exemplo, constata-se a verdadeira euforia que vai pelos meus conterrâneos e contemporâneos quanto às tatuagens. Homens, mulheres e crianças, mais adultos ou menos adultos, todos exibem a sua tatuagem, mais berrante ou mais discreta. Escorpiões, borboletas, imagens folclóricas, pitorescas ou artísticas, há caricaturas para todos os gostos e/ou afirmações. É certo que não é costume novo. Quem não se lembra das célebres "sereias", do "Amor de Mãe" dos "corações trespassados"ou dos "Guiné 66-68", "Angola 69-70" e "Moçambique 72-73"?
Como todas as modas, vai passar e voltar a reaparecer um dia.

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