29 setembro 2009

Resultado(s)

Pode dizer-se o que se quiser, mas um dado concreto das eleições foi o de que José Sócrates, afinal, não estará tão mal visto pelos portugueses. Apesar da contestação e dos episódios que o envolveram, as urnas acabaram por o redimir. E penso não existirem dúvidas de que grande parte do resultado (mérito?...) a ele se deve. Parece-me um facto, dificilmente contestado. Os números falam por si.
Se vai aguentar-se com um governo de maioria relativa, é uma das curiosidades para os próximos tempos. Parece-me é que será prematuro estar a traçar-lhe, desde já, o insucesso nesse empreendimento. Se calhar, o homem ainda nos surpreende...
Aliás, tal como Paulo Portas. Mil vezes morto ou moribundo, outras tantas ressuscitado, lá vai andando e andando. E a rir-se, ainda por cima!... Às tantas, às tantas!...

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26 setembro 2009

Momento zen(e) 6

É um dos grandes momentos da campanha, aquele de Paulo Portas a tocar pandeireta...

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Tiro no pé

Para mim, o facto mais surpreendente da campanha para as legislativas foi o «tiro no pé» de Cavaco Silva. Foi um tiro de tal ordem que, parece-me, a hipótese de reeleição como Presidente da República deve ter-se gorado. Para quem era endeusado como um político «sabedor» e experiente, considera-se este comportamento como bizarro, no mínimo. A não ser que a história seja mais complicada, pelo menos para «inocentes» como eu e outros. Mas, se for assim, então «a emenda é pior que o soneto», pois dificilmente se compreende a gestão e os timings de actuação.

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22 setembro 2009

O Verão dos marmelos

Mais do que as «escutas» de que toda a gente fala e ninguém sabe de nada, a minha mais premente preocupação existencial actual é saber dar resposta à seguinte questão: afinal, quando é que começa o «Verão dos marmelos»?!...
Numa breve pesquisa, constatei que há duas grandes correntes para responder ao enigma:
A dos defensores da equivalência entre «Verão de S. Martinho» e «Verão dos marmelos» e, outra, que é aquela a que adiro, que advoga a irredutível diferença entre os dois «Verões». Esperando que não se verifique um extremar de posições entre as duas correntes - logo agora, que estamos em campanha eleitoral... -, espero que o bom senso impere. Em todo o caso, a questão e o debate subsistem: afinal, quando é que começa o «Verão dos marmelos»?!...

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20 setembro 2009

Sideways

Nem toda a gente gosta de vinhos. Neste «gostar» incluem-se perfis, formas de estar e de sentir diferenciados, conferindo a esta opção uma dimensão mais complexa e elaborada do que, à partida, poderia pensar-se. Incluo-me no grupo daqueles que, mesmo sendo completa e assumidamente amadores, gostam de entender e ver a opção pelo «gosto» do vinho como uma experiência global, abrangendo os domínios sensorial, mental, afectivo e estético, com apelo e remissão constante para a vida e as suas vicissitudes. Por isso é que quem gosta de vinhos e se encaixa neste perfil também gosta de ler ou de ver imagens sobre o vinho e o seu universo, que é o nosso - o da vida.
Daí o meu gosto em ter revisto o filme Sideways, filme onde tudo isto se plasma com uma clareza e uma sensibilidade terna, próprias de seres e de vidas elas próprias frágeis, susceptíveis e dependentes de bons ou maus «tratos», que estão marcadas ou em busca de uma identidade e de um percurso próprios, sujeitos (ou não...) a «cruzarem-se» com outros. Por isso, e talvez mais, é que gosto de Sideways.

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Tudo em aberto II

Apesar de as sondagens começarem a indicar um maior distanciamento do PS, continuo a acreditar que o resultado de 27 de Setembro irá ser muito renhido. Os últimos dias têm sido mais ou menos férteis em episódios que têm ou podem vir a ter como consequência um maior desgaste (prestígio?...) dos responsáveis políticos e ou das instituições, por isso os graus de incerteza e imprevisibilidade podem ser maiores. Para mim, este facto representa uma das maiores incógnitas e não sei se ele estará, neste momento, devidamente acautelado nas sondagens e nos inquéritos. Para além disso, é também expectável e previsível que, nesta semana que vem, o tom e a emotividade da campanha se intensifiquem, num último e derradeiro esforço para fazer vingar os «nossos» argumentos e posições, mesmo que carregados de demagogia ou perspectivando cenários ou conjecturas mais ou menos delirantes.

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16 setembro 2009

A primeira letra

Conseguir fazer (desenhar) a primeira letra. A descoberta e o prazer de ver o resultado, mesmo que imperfeito. O empenho e a seriedade de quem o faz.
Na vida de cada um, alguns momentos serão marcantes. Desses, a construção da primeira letra será um deles e ocupará, estou certo, um lugar de destaque, mesmo que na altura não consigamos apreender ou valorizar o seu impacto. Se dúvidas houver, corram-se as escolas por esse país fora e olhe-se para os alunos que iniciam o seu percurso escolar, nesses primeiros dias desse primeiro ano de todas as possibilidades, e aprecie-se o seu rosto nesse momento primordial, o da construção da primeira letra, da «sua» primeira letra.

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Filme

Há dias, vi na televisão o filme «As Pontes de Madison County», realizado por Clint Eastwood e com Eastwood e Meryl Streep como protagonistas. Sendo admirador confesso de qualquer um deles, penso que foi a primeira vez que vi o filme. E este facto, o tê-lo visto pela primeira vez só agora, é uma das grandes surpresas para mim, que fiquei positivamente rendido à interpretação e à realização. Um belo filme!

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Final de tarde

Saborear, ao final da tarde, um queijo tradicional, bom pão e um bom vinho é um dos pequenos grandes luxos e um hino à vida. Numa altura em que o tempo começa a arrefecer e se agradece o aconchego da casa, eis aqui uma opção só para apreciadores.

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15 setembro 2009

Surpresa

As entrevistas aos principais dirigentes políticos constituem, não há dúvida, a grande mais-valia do novo programa dos Gato Fedorento. Iniciadas com Sócrates, ontem, e continuadas com Manuela Ferreira Leite, hoje, as entrevistas constituem o ponto alto do programa e são susceptíveis de provocar algumas (agradáveis) surpresas. A surpresa já se tinha verificado ontem, com Sócrates, e hoje, com Ferreira Leite, deve ter assumido proporções mais invulgares e inesperadas. Quem viu hoje a líder do PSD, deve ter ficado de olhos mais ou menos arregalados e sorrido mais do que uma vez, mais não seja pelo embaraço e o esforço que ela fazia para ripostar ao seu entrevistador, Ricardo Pereira, introduzindo um toque de humor e procurando não dizer algo de que pudesse vir a arrepender-se mais tarde. Com a sua presença no programa, há que dizê-lo, Ferreira Leite surpreendeu - e de que maneira! - o comum dos mortais, estou certo, pois este dificilmente a imaginaria - mesmo no melhor dos sonhos! - neste papel. Bem sei que estamos em campanha eleitoral, mas o «spin doctor» que a deve ter convencido deve ser um dos bons na sua arte...

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14 setembro 2009

Consumo(s)

O «consumo responsável» é a mesma coisa que o «consumo sustentável»? Há quem defenda que sim e há quem defenda que não. Parece uma daquelas questões bizantinas, mas garanto que é uma questão real e motivadora de defesa apaixonada, sobretudo pelos defensores da tese da sua «não equivalência». Para os que defendem a sua aproximação, diria mesmo a sua sinonímia, o tema é abordado e defendido de forma mais tolerante, mas solidamente sustentada. Como disse anteriormente, se não tivesse presenciado, ao vivo, a dita oposição de perspectivas, pensaria que era mais uma das típicas discussões de compatriotas, mais ou menos formados, em que se é tentado a privilegiar a forma em detrimento do conteúdo. Diria mais, é uma das formas de estar típicas de um certo tipo de eventos, propícia a fazer sobressair a componente retórica em desfavor da busca e da concretização de alternativas ou soluções práticas exequíveis. Para além disso, pareceu-me que o que estava implícito no debate era também uma outra nossa forma de ser - a da evidência e do peso do «argumento da autoridade», estratégia habitualmente utilizada para fazer virar o debate a nosso favor, opção que, no entanto, pode vir a virar-se contra o seu autor, designadamente se o opositor não se intimidar ou deixar impressionar. Que foi o que aconteceu.
Para o que me interessa, para mim não há conflito nem contradição na assumpção da sinonímia entre as duas expressões, «consumo responsável» e «consumo sustentável», uma vez que não vejo a razoabilidade de que se possa entender que há um «consumo responsável» que não seja «sustentável» ou que um «consumo sustentável» não seja, por si próprio, um «consumo responsável».

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13 setembro 2009

Anúncio

Eleitor indeciso, tanto do sexo feminino como do masculino, com 18 ou mais anos de idade, aceita propostas, canetas, sacos, bandeiras ou outros artigos de promoção partidária que o leve a considerar o votozinho no partido ou coligação a 27 de Setembro, com mais ou menos esforço, dedicação ou devoção.
Pedem-se e aceitam-se referências, por escrito, telefone ou correio electrónico. Por favor, responder só até 25 de Setembro.

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Tudo em aberto

No debate de ontem, entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite, talvez a única grande surpresa tenha sido a prestação de Ferreira Leite. Ao contrário do que eu supunha, não se aguentou mal num meio, a televisão, e num formato, o debate, que são claramente mais favoráveis a Sócrates. Não que este não tenha tentado explorar esta vantagem - apesar de eu julgar que não terá usado toda a «artilharia» e o «killer instinct» que o costumam caracterizar, em minha opinião com receio de que isso lhe pudesse vir a alienar votos e/ou simpatia naquela franja, a dos indecisos, onde tudo se pode e vai decidir. A ser certa esta minha intuição, José Sócrates refreou-se e tentou assumir uma pose mais distendida, por oposição a alguma crispação da sua opositora, procurando evitar tiques e/ou posições que pudessem vir a ser considerados como inapropriados e com efeitos potencialmente lesivos na sua estratégia eleitoral. Goste-se ou não da sua opositora, a idade, a imagem e o facto de ser mulher ainda marcam pontos numa fatia do eleitorado que poderá estar indeciso. E Sócrates, mesmo que tente capitalizar o voto útil da Esquerda, também sabe isto. Feitas as contas, nenhum dos políticos poderá cantar vitória no debate de ontem, apesar da «surpresa» Ferreira Leite. Continua tudo em aberto e a balança pode pender para cada um dos lados, o que não deixa de ser curioso. Mais uma vez, parece-me, ter-se-á dado uma interpretação e uma extrapolação demasiado optimistas dos resultados das «Europeias», como a realidade e o quotidiano se têm vindo a encarregar de confirmar. E neste sentido, há que dizê-lo, talvez as previsões que davam uma vitória sem contestação do PSD e uma saída de Sócrates pela «porta baixa» terão sido manifestamente exageradas...

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12 setembro 2009

À cabeça!...

Na estação do metro da Alameda, ao final da tarde, várias pessoas se cruzam. Estação de ligação por natureza, recebe e faz circular passageiros pelas linhas que a intersectam. Presencio um facto que, julgo, não terá passado despercebido, dado o seu carácter insólito e paradoxal: uma mulher, recém-chegada da linha Oriente, transporta, à cabeça, uma embalagem com um micro-ondas! Tudo nesta imagem parece deslocado no tempo e no espaço, excepto o micro-ondas: o local, o meio de transporte e a protagonista. Estamos no domínio do paradoxo e da estranheza: em relação aos meios de transporte utilizados (metro versus corpo humano) e ao enquadramento do cenário (o urbano por oposição ao rural). Apesar disso, ressalta uma simbologia forte: a capacidade humana de improvisar e aproveitar o que se lhe oferece, em caso de necessidade, usufruindo o que de melhor as coisas e o ambiente lhe podem fornecer. Era espantoso o desembaraço demonstrado pela mulher, de certo habituada a fazer isto, utilizando e aproveitando o que tinha à mão: o metro, para a maior parte da distância; o casaco, que lhe servia de suporte e base de equilíbrio para a embalagem; a sua cabeça e o seu corpo, peças de um ancestral «veículo» de transporte, com a segurança de quem executa uma rotina costumeira, tal a eficácia e o tecnicismo demonstrados, raramente necessitando do apoio das mãos. De direita que ia, um modelo na passerelle não faria melhor...

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11 setembro 2009

Rostos Transmontanos - uma exposição

Um rosto pode dizer-nos muito. Na exposição «Rostos Transmontanos», de Paulo Patoleia, um conterrâneo, confirmamos isso mesmo. Lemos neles, nestes «rostos transmontanos», as marcas que a idade e a vida inscrevem com a sua peculiar escrita: gravidade ou leveza, serenidade ou aquietação, passado e presente, luz e sombra - as marcas do tempo, «esse grande escultor», no dizer de Marguerite Yourcenar.
E é este o mérito da máquina fotográfica do autor da exposição: apreender e transmitir a «alma» dos retratados, desvelando-a, pelo menos em parte, ou sugerindo-a, no que a descoberta não permite. Mais do que trabalho técnico profissional, é de uma sensibilidade artística que aqui falamos. E isso, reconheço, foi talvez para mim a grande surpresa.

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10 setembro 2009

Ainda há chances?...

Bastou uma vitória com a Hungria e uma pequeníssima conjugação de resultados de outros jogos do grupo para - sina nossa!.. - começarmos disfarçada e inconscientemente a assobiar mais forte e a esfregar as mãos. Calma, rapaziada! Até ver, não temos garantia de nada!... E, não a tendo, não sei se não teria sido preferível ficarmos logo desenganados, em vez de alimentarmos a ilusão... Oxalá eu me engane, mas cheira-me que o impacto será mais desagradável, na sequência do ligeiro alento de ontem. Oxalá me engane. Oxalá.

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09 setembro 2009

Woody Allen, por ele mesmo

O Woody Allen é uma das minhas referências e, nesse sentido, também serei alguma coisa do que lhe terei ido buscar. Incluo nisso, o reconhecimento pela sua obra e pela sua escrita. Ao ler hoje uma entrevista dele, publicada no Expresso online, não resisti, como homenagem, a transcrever 10 máximas da sua autoria, uma pequena súmula de «Woody Allen por ele mesmo». Ei-las:
«1. "Não acredito na vida depois da morte, mas irei preparado com uma muda de roupa interior."
2. "Um amigo meu está sempre a dizer que a ausência de ordem é inerente ao Cosmos. Segundo ele, a existência é feita de acasos, se não contarmos com o pequeno-almoço. Tem quase a certeza de que esse é feito pela empregada."
3. "Se ao menos Deus me enviasse prova irrefutável da sua existência, tipo fazer um depósito chorudo em meu nome numa conta suíça..."
4. "Fico sempre espantado quando alguém me diz que quer conhecer o Universo. Como se não fosse suficientemente difícil não nos perdermos quando vamos a Chinatown."
5. "Não estou nada interessado em obter a imortalidade através da minha obra. Prefiro simplesmente não morrer."
6. "O vazio eterno não tem mal nenhum se uma pessoa está vestida para a ocasião."
7. "Mais do que em qualquer outro instante histórico, a Humanidade vai ser obrigada a escolher. Uma das vias leva ao desespero e à mais completa ausência de esperança. A outra leva à extinção total. Espero que tenhamos a sensatez de fazer a escolha certa."
8. "Também ainda não percebi porque é que temos os dias contados quando podiam ser, sei lá, soletrados."
9. "E se for revelado que tudo é ilusão e nada existe realmente? Nesse caso, não há dúvida: paguei de mais pela alcatifa."
10. "Porque é que o homem mata? Porque quer comer. Mas não só. Por vezes, também exige algo que se beba."».


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08 setembro 2009

KO

Descobri, por acaso, que hoje se ia realizar o debate entre José Sócrates e Francisco Louçã. Apesar de ter descoberto por acaso, não se infira daqui o meu desinteresse pela política - longe disso! - e pelos políticos.
Como não dou para o «peditório» da descredibilização dos políticos e das suas propostas resolvi seguir o debate, que me parecia prometedor e animado. E não me arrependi.
Do que se viu e ouviu, a constatação foi clara: Sócrates encurralou Louçã e venceu por KO técnico! O que não deixou de ser uma surpresa, tal a evidência do «castigo»!
Pela primeira vez - e de uma forma inimaginável por Louçã -, Sócrates teve uma prestação que desmontou a imagem de Louçã como o «paladino» da esquerda e venceu claramente o campeonato da representatividade deste universo, pelo menos na perspectiva do voto útil. Contrariando as expectativas mais optimistas, a minha incluída, Francisco Louçã foi um «flop» no debate de hoje.

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06 setembro 2009

Venha o Europeu

Não vi o jogo da selecção, talvez por me sentir já resignado. Disseram-me que até nem jogámos mal, criámos mais oportunidades e tudo, mas o resultado e o desfecho da (não) qualificação parecem (quase) definitivos. Também não é o fim do mundo, mesmo que muita gente o considere como tal. Estávamos mal habituados e, como é hábito nosso, iludidos quanto ao nosso (verdadeiro) valor.

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Discurso

O meu primo Arlindo, executivo de uma multinacional e bom rapaz, fez anos. Fazendo 50 anos, quis uma comemoração do seu aniversário diferente das que costumava fazer e resolveu fazer um discurso para os seus convidados. Tendo uma relação difícil com as letras, sobretudo na componente redacção, pediu-me a mim, o seu primo mais chegado, funcionário de secretaria com algum jeito para a escrita, que lhe fizesse o referido discurso. Aceitei, claro, mas com duas condições: total liberdade criativa e autorização para o publicar aqui, no blogue. O que se arranjou foi o que a seguir se transcreve:
«Boa tarde! Eu sou o Arlindo e esta é a «Festa do Arlindinho».Começo pelos agradecimentos. É de bom tom - sim, que eu sou uma pessoa fina, culta e educada…- agradecer às entidades e às pessoas que tornaram possíveis a realização deste grande «evento», pois de um grande evento se trata, pensado e executado ao longo de muitos e árduos dias. Sem esse apoio, a festa não seria possível e, meus caros convidados, não haveria croquetes, pastéis de bacalhau, amarelinhas ou carrascão. Como podem ver, felizmente esfumou-se esse fantasma. Podem comer (alguma coisa), podem beber (pouco), podem divertir-se (muito).Agradeço, pois, à Junta Demarcada de Matarraque, Magoito e Alcabideche os copos de penalty de plástico, à Tasca do Careca, pelo sistema inovador de refrigeração, ao Clube Universitário «Não bebas água que te faz mal», pelo empréstimo das cartolinas on-line e ao Zequil (sim, ao Zequil!), que após uma prolongada expedição ao Quénia, onde se terá perdido e estabeleceu contacto com uma tribo de pigmeus adeptos fanáticos do Sporting, regressou de novo ao nosso convívio. Agora a sério. Tenho que agradecer, de forma personalizada, a três das pessoas envolvidas na organização da «Festa do Arlindinho». Essas, que me perdoem as outras igualmente envolvidas, foram aquelas que mais determinantes foram para que isto acontecesse. Mais do que ninguém, agradeço à Alzira, minha querida e paciente vizinha, cozinheira emérita e organizadora incansável, que tem feito o favor de nos aturar todas as bizarrias, como a de hoje, de forma sempre disponível e tolerante. Esta senhora teve uma trabalheira enorme para nos dar esta bela merenda, merecendo, por conseguinte, uma salva de palmas estrondosa. Obrigado, Alzira! Também à Becas e à Lecas, distintas decoradoras, pelo excelente trabalho que fizeram, pleno de irreverência, criatividade e bom gosto. Continuem, minhas lindas! O Arlindinho e os convidados agradecem e batem palmas. Já não é segredo para ninguém, suponho, que hoje faço 50 anos. Não me levem a mal a ênfase que dou ao meu aniversário, pois só estou a dar expressão àquilo que ele representa para mim: o dia mais importante do ano, ao qual nenhum outro se sobrepõe! É verdade: o dia mais importante do ano…, pelo menos desde que passei a ter consciência do que é que este dia representava para mim. E se, desde então, todos eles foram importantes, o deste ano, para além de importante, quis que fosse especial. E, com a vossa ajuda, ele tornou-se, de facto, verdadeiramente especial. Para que isso fosse possível, não precisei de fazer grande alarido, mover influências ou pôr-me em bicos dos pés. Limitei-me a convidar-vos, apenas. Também é verdade que tive que vos dar de comer e beber…, mas isso faz parte das regras do jogo e eu aceito-as. Diria mais: tive muito gosto! Hoje faço 50 anos e estou duplamente feliz: por ter chegado a fazê-los e por ter podido juntar-vos para os comemorarmos. Cá vos espero e conto convosco para comemorarmos os 100 anos… Hoje, aqui, consegui reunir comigo várias «famílias». E quando digo «famílias» não quero apenas referir-me ao seu significado mais comum, o do universo dos parentes. Não, meus queridos amigos e convidados! Muitos dos que aqui estão sabem que não são meus familiares no sentido tradicional da palavra, o da relação de parentesco, mas, mesmo assim, para mim é como se fossem isso mesmo: família. Mais do que pelo sangue, tenho aqui comigo muitas pessoas que constituem a minha outra família, (diria melhor, as «minhas famílias»), aquelas que se constituem e cimentam pelos afectos. E é isto que me dá uma satisfação maior. Estas famílias, que têm o afecto como seu elo de ligação comum, não costumam escolher ou circunscrever o seu território ou os seus membros. Não! E a prova disso está aqui, hoje. Fazem parte destas famílias do afecto, das «minhas famílias» do afecto, pessoas com personalidades e feitios diferenciados que, de alguma forma, se cruzaram comigo ou com a minha vida: na família, na vizinhança, na escola, no emprego ou em qualquer outra circunstância. Falo, pois, de «famílias» geradas nos e pelos afectos e entretecidas pela cumplicidade, servindo de exemplo pela diversidade, riqueza e complementaridade. Algo nos juntou e fará continuar a juntar, estou certo, pois estas diversas «famílias» foram e são constituídas por uma argamassa praticamente indestrutível, que é a dos afectos. Ao olhar para os que estão aqui comigo hoje, que me fazem recordar e continuar a aguardar tanta coisa boa, concluo que devo ser um tipo com sorte. Hoje, faço 50 anos. A melhor prenda que recebi foi a vossa presença, que me honrou e tocou profundamente. Estou-vos grato e reconhecido. Podem bater palmas.».

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05 setembro 2009

Abertura fácil

Pela primeira vez, comprei hoje umas cervejas com sistema de abertura fácil. Dá jeito, não há dúvida. Se a coisa se generaliza, lá vai mais um objecto para o museu das raridades: o tira-cápsulas!

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03 setembro 2009

Pum ou Pif?!...

Parece-me inevitável que os desenvolvimentos na TVI vão «sobrar» para o PS e para José Sócrates, dêem o PS e o primeiro-ministro as voltas que quiserem e puderem. Ou me engano muito ou isto vai ficar-lhes colado à pele, por mais estrambólica ou disparatada que possa vir a ser a «teoria da conspiração»... E o mais irónico é que isto também serve para a situação em que se consegue demonstrar, de forma inequívoca, que a hipótese não tem «pés nem cabeça» e se comprova, «por á mais b», a sua completa inocência pelo acontecido... O problema reside só no facto de a «maralha» poder já não querer ver ou acreditar naquilo que lhe dizem ou lhe mostram... Em linguagem de batalha naval, o futuro dirá se isto se transformou num «tiro no porta-aviões» ou um estoirito numa qualquer barcaça...

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