31 janeiro 2007

Meias

Curiosa, no mínimo, a fotografia que o Público hoje mostra do presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz - antigo alto dirigente da Administração americana - obtida durante a sua visita à Turquia: descalço, com dois buracos nas meias (um em cada), antes de entrar numa mesquita. Num mundo cada vez mais mediatizado, não costuma ser fácil a vida das personalidades públicas, como se comprova, mais uma vez, com esta fotografia. Susceptível, como é bom de ver, de múltiplas e diversas interpretações, não deixa de ser irónica esta fotografia, até pela associação que, decerto, se irá fazer com a sua anterior passagem pelo governo americano. Para a história e o anedotário, contudo, esta imagem irá colar-se-lhe à pele, estou certo. Mas, que diabo, alguém estaria à espera de ver - e em público! - o presidente do Banco Mundial com as meias rotas?!... Só num filme dos irmãos Marx...

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www.diversos...

Cavaco Silva iniciou-a, José Sócrates deu-lhe continuidade. Falo da mais recente novidade da classe política: a da criação de sítios na internet para ilustrar as visitas de estado. Primeiro a Índia, agora a China. Os mercados emergentes estão, definitivamente, na «crista da onda»...
Esta moda tem todas as condições para pegar e vir a proporcionar, no futuro, alguns desenvolvimentos curiosos - veja-se o caso do vídeo do Marcelo Rebelo de Sousa no You Tube, a propósito do referendo sobre o aborto.
A partir de agora, não me custa fazer o exercício de futurismo, julgo que passará a ser considerado «bem», «fino», «moderno», «in», «arejado», criar sítios na internet onde, consoante as preferências, possam vir a visualizar-se e dar-se a conhecer exemplos como estes: inaugurações de empreendimentos, festas sociais e férias paradisíacas dos notáveis e jet-set, inaugurações das «Casas» dos três grandes e de estádios de futebol, picniques, churrascos ou «barbecues» (depende da língua utilizada), construções de casas, pontes, viadutos ou rotundas, e tudo mais que a nossa imaginação e criatividade quiserem. Para os mais tímidos, recatados ou modestos, há sempre o recurso ao SMS...

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29 janeiro 2007

Clint Eastwood

Gostei do filme de Clint Eastwood, As Bandeiras dos Nossos Pais. Gostei da maneira de contar a história, do desempenho dos actores e da sensibilidade do realizador em filmar um tema, a guerra, e um cenário, a batalha de Iwo Jima, de uma forma notável: dura e cruel, mas também poética. Só ao alcance de um mestre.

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Neve

Ontem, nevou em Lisboa. Tal como há um ano atrás. Apesar de fugaz, é sempre um espectáculo admirável.
Ver cair neve é, das memórias de infância, uma das que mais persiste: nevões grandes, imensos. Na falta destes, vive-se com o que há: uns farrapitos, durante meia dúzia de minutos...

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26 janeiro 2007

Administração pública

Muita tinta vai correr, decerto, com a proposta que o Governo apresentou aos sindicatos sobre «Princípios Orientadores das Carreiras, Vínculos e Remunerações» na Administração Pública. Agora, que se vai chegar ao cerne do problema, é que se avaliará a capacidade do Governo para levar avante, ou não, a reforma da Administração Pública. Um pormenor curioso, a que ainda não consigo atribuir um objectivo em concreto, foi o de o Governo ter disponibilizado, no seu portal (agora já não está lá, mas sim no site do ministério das Finanças) o documento entregue aos sindicatos. Como interpretar isto? Como um «balão de ensaio»? Ou, na linha da mais pura guerrilha, um golpe na estratégia e na táctica dos sindicatos? Seja como for, um gesto inesperado. Mas, como este Governo não costuma «dar ponto sem nó»...

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25 janeiro 2007

Teste

Estou como os garotos a quem deram um novo brinquedo. Fiz a transição para o nova versão do Blogger e estou a descobrir, tacteante, as novidades. Este post é mais um teste do que outra coisa.
Só falta dizer, como nos ensaios dos conjuntos nos bailaricos: 1,2,3 - Ah!

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Eusébio

Eusébio faz hoje anos. Como nenhum outro jogador português até hoje, é o exemplo vivo do jogador de futebol que todos os que gostam de futebol idealizaram e respeitam. Fez mais pela auto-estima do País e dos seus habitantes que muita gente dada ao protagonismo, recente ou mais antigo. Atribuam-lhe uma comenda recomendável e generosa, se ainda não o fizeram. No mínimo, o País deve-lhe isso.

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24 janeiro 2007

Às pinguinhas

Que se passará com o PRACE? Anunciado com pompa e estrondo, as referências que lhe estão associadas vão aparecendo às pinguinhas - veja-se o caso da aprovação e publicação das novas orgânicas, por exemplo - o que parece indiciar, pelo menos, alguma falta de solidez na condução do processo.
Dentro de poucos meses, Portugal assumirá a presidência da União Europeia e, julgava-se, seria curial e admissível que tudo estivesse já afinado e nos carris. Ainda vamos a tempo?... Sim, é certo que estamos em Portugal... Mas, não seria melhor termo-nos posto já a caminho?...
Posto isto, repete-se: que é que se passa com o PRACE?...
Será um caso típico de «muita parra e pouca uva»?... Ou de uma, também costumeira, «entrada de leão...?».
Alguém responde ao mistério?

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23 janeiro 2007

Ser médico

Ontem, no Público, li uma interessante entrevista com um pediatra conhecido, velho de idade e de sabedoria. Se tivesse que a sintetizar, diria que ela gravitava em torno da questão sobre «o que significa ser médico?».
Talvez por não o ser, sempre olhei e considerei o exercício da profissão de médico como uma espécie de «sacerdócio». Para mim, o «ser médico» só se assume plenamente se assim for entendido. Não o sendo assim, os médicos que pensem de forma diferente que me desculpem, será tudo menos «ser médico», pois lhe faltará o fundamento essencial para o exercício desta peculiar profissão: a capacidade de se «dar», de se «disponibilizar» ao e para o «outro». E aqui reside a grande diferença - «a» diferença - entre «ser médico» e ser «titular de uma habilitação académica e profissional em medicina».
Foi gratificante ler a entrevista deste velho pediatra. Se pudesse dar um conselho a alguém que fosse ou aspirasse a ser médico, dir-lhe-ia para a ler atentamente, emoldurar no seu consultório e meditar sobre ela todos os dias, nem que fosse um bocadinho - talvez no intervalo entre consultas...

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22 janeiro 2007

Spy story

Os ingredientes estão lá todos. É um caso típico de que, muitas vezes, a realidade ultrapassa a ficção. Sendo assim, era previsível que, mais cedo ou mais tarde, a passagem da história para a tela se viesse a concretizar. Segundo o que se escrevia ontem no DN, foram já comprados, para possível adaptação ao cinema, os direitos de três (!) publicações sobre as circunstâncias que estiveram na origem da morte de um ex-expião russo, envenenado com Polónio 210. A história, que marcou a actualidade nos últimos meses de 2006, tinha, aparentemente, saído da cena mediática. Agora, que os holofotes da fama espreitam, previsivelmente vai regressar, em passadeira vermelha, smokings e vestidos ousados das estrelas principais.

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21 janeiro 2007

Jornal Desportivo

Apanho-o no caminho, apesar de alguma inconstância na distribuição. Falo do Diário Desportivo, um gratuito que se começou a publicar há 15 dias. O slogan de lançamento não deixava de ser curioso e insinuante para os potenciais leitores. Se não me falha a memória, era assim: «É diário. É desportivo. É gratuito». Os habituais leitores de jornais desportivos eram o seu público-alvo, bem como outros que pudessem deixar-se sugestionar e interessar pela facilidade do "gratuito". Fazendo parte destes últimos, uma vez que já há muito tempo não compro jornais desportivos, lá fui pegando nele e deitando o olho pelas notícias e rubricas. Apesar de gostar de desporto, afastei-me completamente da leitura dos desportivos, chamem-se eles Bola, Record ou Jogo, porque me fartei da matéria e do alinhamento noticiosos e, também, porque os generalistas passaram a cobrir esta temática duma forma que, para mim, me era mais agradável, sem os exageros ou as irrelevâncias de quem tem que preencher o espaço durante sete dias por semana.
Apesar desta minha relutância, não tenho desgostado do novo diário. Se se aguenta, não sei. Pode ser que, à semelhança de outros gratuitos, possa ter êxito.

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Floricultura

Hoje, deu-me para a floricultura. Depois da poda das árvores de fruto, abri uma nova página na minha experimentação dos trabalhos e da sedução pelo amanho e cuidar da terra. A expectativa é a de sempre: ver nascer e acompanhar o nascimento, neste caso das flores, como outrora foi dos produtos hortícolas. Lá para a Primavera, se verá o resultado.

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19 janeiro 2007

Woody Allen

Antes de ver o filme Scoop, de Woody Allen, recentemente estreado, quis ir ver o filme anterior, Match Point. Fiquei desapontado com este último. Talvez por ter cristalizado uma imagem de Allen muito conotada com o humor neurótico, delirante e burlesco, tive dificuldade em rever-me no filme que vi. A verdade é que estive sempre à espera de um momento, de um gag, "à la Allen" e ele não sucedeu.
A crítica considera-o o melhor do autor nos últimos dez anos. Talvez tenham razão, não sei. Provavelmente, vêem-no como um filme mais denso do que tem sido habitualmente, com características mais de filme europeu. Para mim, contudo, não deixou de ser uma sensação estranha, mais não fosse pelo facto de, sendo um filme de Woody Allen, ele não aparecer como intérprete.
Vá lá, valeu a Scarlett.

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Quarteto

Tenho, do cinema Quarteto, uma memória simpática e nostálgica: programação interessante, um conceito de sala acolhedor e inovador, uma localização favorável, um local de eleição para quem gostava de cinema ou, pelo menos, de uma certa ideia do cinema. Na fase em que mais frequentei os cinemas, muitos dos bons filmes que vi foi lá que os vi; muitos realizadores, actrizes e actores foi lá que os descobri.
O Quarteto marcou uma época, aquela que precede o aparecimento das grandes superfícies, aquela em que era frequentado por um público maioritariamente jovem, interessado e motivado para o significado do que representava a ida ao cinema, uma experiência simultaneamente lúdica, social e intelectual.
Para nós, pequenos "aspirantes a intelectuais", ir ao Quarteto era um ritual de veneração, quase como que ascender a uma espécie de "Olimpo". Onde só iam os iniciados, está bem de ver, que a devoção era levada a sério.
Voltei lá hoje. Foi bom recordar, apesar das diferenças. Que são grandes. O tempo não volta atrás.

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18 janeiro 2007

Ética

Um investigador de Filosofia, Pedro Galvão, publicou um livro dedicado à temática sobre o aborto, Ética do Aborto - Perspectivas e Argumentos. O autor foi entrevistado ontem no Jornal das 9 da SIC, onde falou sobre o seu livro.
As questões que levanta são muito interessantes e fazem-nos pensar, colocando o debate sobre o aborto no plano onde faz mais sentido discuti-lo: o domínio ético.
Uma das questões centrais - se não a questão central - radica na pergunta mais fundamental, prévia à consideração sobre se o aborto deve ser despenalizado ou não, e que é esta: porque é que é considerado errado (eticamente) matar?
Como todas as perguntas primordiais, não será fácil encontrar resposta, qualquer que ela seja. Contudo, responder a esta questão é, parece-me, a chave para tentar compreender o que está em causa, ou não, no referendo sobre a despenalização do aborto.
Acho que vou comprar o livro.

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16 janeiro 2007

Donativos

Há coisas espantosas! Uma delas, fiquei a sabê-lo, consiste em ter de se declarar ao Fisco, para efeitos fiscais, qualquer donativo superior a 500 €, mesmo que dado pelos parentes mais próximos! Descobri esta autêntica pérola fiscal no Jornal de Negócios On-line, onde são explicadas as obrigações fiscais a que se está sujeito consoante a proveniência do donativo: ou por via directa de parentesco (entre cônjuges, ascendentes e descendentes) ou por via indirecta do parentesco (entre irmãos, primos, tios e sobrinhos). Pelos vistos, consta de lei. Se não se cumpre, é-se um infractor fiscal!
É daquelas situações em que se não sabe como reagir: ou desatar a rir à gargalhada ou, pelo contrário, temer pelo absurdo de uma situação digna de Kafka.
Se comecei o dia com um sorriso irónico, termino-o com um sorriso amarelo. Será que também pagarão imposto?...

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União

Um pequeno sorriso irónico. Foi esta a minha reacção à leitura de uma notícia do Público de hoje, onde se dava conta de uma tentativa da França, em 1956, de se unir com a Grã-Bretanha ou, em alterantiva, aderir à Comonwealth.
A França! A orgulhosa e vaidosa França!
O pequeno sorriso irónico continua...

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15 janeiro 2007

Aborto

Sobre o aborto, o que eu menos tenho são certezas. Serei o único? Penso que não. Apesar dos grupos constituídos, da atenção crescente da comunicação social, da aproximação do data do referendo, o que é que há que ajude a parte significativa da população - ninguém se iluda! - a fazer uma opção livre e consciente? Alguém tem uma resposta? Pelo que tenho visto, duvido. É certo que há esforços sérios de alguns, não da maioria, para que o debate se estabeleça de forma séria e construtiva. E estes esforços existem nos dois campos, haja honestidade intelectual suficiente para o reconhecer. Este é um tema que mereceria, de todos, uma atenção e uma dignidade exemplares. Não estamos a falar de uma brincadeira ou de algo inócuo. Talvez como poucos, trata-se de uma matéria que mexe e questiona, profunda e intimamente, cada um de nós. Tratá-lo como um tema de disputa entre «Bárbaros e Neandertais», numa síntese feliz e elucidativa de um jornalista do DN, João Miguel Tavares, significa, sem mais, que o essencial passa ao lado, escondido e envergonhado. E esse, queira-se ou não, continua a atormentar a cabeça, as convicções e os pensamentos de muita gente. Gente que, como eu, gostaria, honestamente, de fazer a melhor opção e não sabe como. Alguém duvida?

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Silêncio

Gosto de andar a pé. Na maioria das vezes, as minhas deslocações dentro da cidade são feitas a caminhar. Mas pago, tal como todos os outros caminhantes, alguns preços por isso. Um deles, é o do nível de ruído que temos de suportar. Deslocando-nos junto das ruas ou avenidas mais movimentadas, são vários os barulhos com que temos de conviver, uns mais toleráveis do que outros.
Cada vez mais somos uma civilização do ruído e do barulho, quer em privado quer em público. O silêncio é considerado quase uma quimera, apenas ao alcance (julga-se) de quem aspira à beatitude. Como nem todos lá chegamos - à beatitude - temos que nos contentar com remédios mais terrenos. Eu, pela minha parte, fio-me nas pernas. Quando me sinto incomodado com o barulho, faço um desvio da minha rota e escolho um caminho mais protegido dessa maleita. Foi o que hoje fiz.
E, ao fazê-lo, mesmo que por uns modestos metros e mais modestos segundos, pude usufruir da minha tosca "beatitude": um momento de silêncio na grande cidade.

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11 janeiro 2007

Cartoon

O Presidente dos Estados Unidos vai enviar para o Iraque mais tropas americanas. O cartoonista Chappatte (Patrick Chappatte) produziu e publicou no International Herald Tribune um cartoon alusivo a essa decisão do Presidente Bush, reproduzido na edição de hoje do Público. É um cartoon que se impõe pela dimensão trágica que deixa antever, alicerçada na corrosibilidade típica desta forma de humor.
A imagem retrata um grupo de militares americanos armados, em passo de corrida, a saltarem, uns atrás dos outros e a mando do respectivo comandante, para um poço - previsivelmente sem fundo... - assinalado com uma tabuleta: «Iraque». Para bom entendedor...

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Imprensas

Para mim, começa a ser um clássico a leitura dos cronistas do DN, à quarta-feira: Pedro Rolo Duarte, Vasco Graça Moura e Vicente Jorge Silva. Lá fui mais uma vez, mesmo antes da deita.
A propósito de cronistas, não pude deixar de sorrir com uma crónica de Miguel Carvalho, na Visão Online, intitulada "Movimento dos Sem-Carta". Apesar de não cumprir todos os requisitos, constatei que, na maioria deles, estava habilitado a ser membro, activo e militante, deste "movimento".
"Clube de Imprensa", da autoria de Teresa de Sousa, é um dos programas da RTP 2 que aprendi a gostar e a respeitar. Hoje, o tema era dedicado à imprensa escrita, contando com a participação de responsáveis pela imprensa escrita gratuita. O debate foi interessante e sem preconceitos.
«MI5 envia alerta de riscos de terrorismo por e-mail», Jornal de Notícias, 10-01-2007.

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10 janeiro 2007

Sealand

A última página do Público costuma ser dedicada a notícias invulgares ou pitorescas. Tal como a da edição de hoje, intitulada «Estado mais pequeno do mundo está à venda por 750 milhões de euros». É de tal forma incomum o facto que está na origem da notícia, que não resisto a sintetizá-lo para as minhas memórias. A história - não sei se real ou inverosímel - podia começar assim:
Para se defender dos bombardeamentos da aviação alemã na II Guerra, a Inglaterra instalou, em pleno Mar do Norte, uma plataforma para baterias antiaéreas, assente em dois pilares de betão. Situada a cerca de 10 quilómetros da costa inglesa e fora das águas territoriais daquele país, em 1967 a plataforma, de 550 metros quadrados, foi pacificamente ocupada por um major do exército inglês reformado, ficando lá a viver com a sua família. Não contente com a ocupação, o major não "foi de modas" e proclamou a plataforma como um "principado", que designou Sealand. Sendo o "soberano" deste novo "país", o distinto major levou as suas funções e dignidade institucional a sério, criando para Sealand uma «bandeira, hino, selos, moeda e passaporte próprios»! Como acto de soberania, nada mais apropriado. Inclusive, na defesa do "território", resistiu heroicamente quer à tentativa de expulsão pela Marinha inglesa, em 1968, quer à tentativa de ocupação pela força, anos mais tarde, organizada por empresários alemães e holandeses. Se era preciso encontrar um herói dos tempos modernos, o nosso major/príncipe de Sealand será um potencial candidato à vitória. Mas a história não acaba aqui.
O "príncipe", que vive actualmente em Espanha, está disposto a vender o seu "reino", conforme revelou o seu filho e sucessor, pela módica quantia acima indicada. Que vai haver compradores, não duvido. Nos tempos que correm, quem é que, no seu perfeito juízo, está disposto a abdicar de ter um país só para si, ainda para mais, como diz o "príncipe herdeiro", usufruindo de «uma vizinhança muito sossegada e com uma vista do mar muito boa»...
É comprar, meus amigos. É comprar!

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Momentos

A chuva chegou de mansinho, conferindo ao céu da cidade uma tonalidade acinzentada.
É uma rapariga alta, com uma cara e um cabelo bonitos. A chuva moldou-lhe o penteado e uma nova imagem se afirmou, sedutora.

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08 janeiro 2007

Licenciados

Os licenciados nos cursos de Ciências Sociais constituem o maior contingente de licenciados no desemprego, segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Apesar destes números, a tendência para a frequência destes cursos não parece diminuir. Sendo, tradicionalmente, cursos de "papel e lápis", compreende-se a sua expansão e proliferação num país que apresentava, até há alguns anos, um número baixo de alunos a frequentar o ensino superior, complementadas por uma suposta aversão (construída ou real, não se sabe) ou "falta de queda" dos jovens portugueses para cursos de matriz mais científica ou experimental. Que estes exijam outros recursos mais sofisticados do que os necessários para os de "papel e lápis" não me custa a aceitar e este pode ser um condicionalismo importante. Mas será que não há outros, eventualmente mais conotados com a ausência de planificação, a mania das facilidades e a obtenção de lucros e resultados fáceis? Mais uma "chico espertice" do(s) indígena(s)?...

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07 janeiro 2007

Ver para crer

É já hoje muito visível e percepcionado por muita gente que as reformas anunciadas ou mesmo iniciadas pelo Governo chegaram ao momento fatal - ou aparecem concretizadas ou pura e simplesmente não existiram. Ao nível a que a situação chegou, é bom que o Governo tenha claramente a noção de que é muito ténue a linha limite entre o êxito e o fracasso. Os sinais acumulam-se e não enganam. O cidadão pode parecer distante ou desinteressado. É um erro pensar que sim. Não o está. Pelo contrário, começa a desconfiar. Ver para crer é o lema.

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06 janeiro 2007

Pombos

Há uma comunidade significativa de pessoas que gostam e partilham um afecto muito peculiar pelos pombos. Desde o simples transeunte até ao columbófilo assumido, muitas e variadas pessoas assumem esta ligação. Dar-lhes de comer, mantê-los, tratá-los e prepará-los - quais campeões! - tem sido uma actividade ou um hobby praticado por muita gente, sobretudo nas grandes cidades. Quem conhece os columbófilos sabe que esta actividade não raro se transforma numa paixão, dificilmente concebível ou imaginável por alguém que não esteja envolvido no mundo dos pombos. Só vendo.
Pensava eu que a columbofilia era, apesar de tudo, uma actividade exclusivamente lúdica, quando, ao ver hoje o canal História, sou surpreendido por um documentário dedicado ao papel e a relevância dos pombos durante a 2.ª Gerra Mundial, considerados verdadeiros "heróis" pelos "serviços" prestados ao lado aliado. Alguns deles foram de tal monta, que os bichos até foram condecorados!

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05 janeiro 2007

Obra de arte

Descobri, no sítio do Sol, uma notícia sobre a criação de uma publicação on-line, denominada Expressarte, para «a divulgação da arte contemporânea internacional e nacional». Movido pela curiosidade e pela grande fragilidade dos meus conhecimentos sobre estas matérias, resolvi dar uma vista de olhos pelas notícias, organizadas sob o formato de blog. Talvez pelo título, uma delas chamou-me a atenção - "As dez obras de arte do século XX mais influentes". Inicialmente publicada no jornal inglês The Guardian, em 2 de Dezembro de 2004, no 1.º lugar desta lista aparecia a obra "Fountain", de Marcel Duchamp, criada em 1917. Como no artigo havia a possibilidade de a visualizar, lá fui ver que peça célebre ela era, mais não fosse para confirmar a minha perfeita ignorância sobre o universo e o mundo artísticos. A descrição em inglês era esta: «a humble purcelain urinol - reclining on its side, and marked with a false signature(...)» - em Português, um urinol! - como símbolo de que a arte poderia ser feita e concebida a partir de qualquer coisa. É obra... de arte!

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04 janeiro 2007

Ségolène

Pode ser impressão minha, mas parece-me que começa a haver, em Portugal, um fraquinho muito nítido pela candidata francesa à Presidência daquele país, Ségolène Royal. Não sei se por ser mulher ou se por causa da nossa antiga paixão por tudo o que vem ou cheira a França. Então, se for novidade...
A senhora - com uma figura muito interessante, reconheça-se - não perde nenhuma oportunidade para se mostrar e insinuar, assumindo uma atitude de quase «futura» presidente. Agora, foi com a história do vídeo de boas-festas disponibilizado na internet.
A senhora não se perde, está visto.

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03 janeiro 2007

Título

«Robots em Marte estão mais velhos e mais inteligentes».
DN, 03-01-2007

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02 janeiro 2007

Janeiradas

Gato Fedorento
Começou o ano, mas a tendência mantém-se. Continuo a achar que o formato adoptado para o programa não é o mais indicado para o tipo de humor e a veia criativa do quarteto. Os programas, um atrás do outro, parecem arrastar-se, quase penosos. Com pequenas excepções - praticamente todas protagonizadas pelo Ricardo Pereira - os sketches e o alinhamento tardam em prender e a entusiasmar o espectador. Mesmo os indefectíveis devem estar agora a suspirar e a fazer o download dos «Meireles» e dos «Lopes da Silva».

Futebol
Ver um jogo do campeonato inglês continua a ser - para quem gosta de futebol - uma experiência única. Mais uma vez, com Natal ou Fim-de-Ano, as jornadas não param, com um ritmo e a uma entregas dificilmente imagináveis aqui para o cantinho. Cá, os campeonatos pararam cerca de um mês. Deve ser por causa da neve...

Mensagem
Talvez por achar que o ano vai ser complicado e difícil, prestei uma atenção inabitual à mensagem do Presidente da República. Não sei se fui o único surpreendido, mas os termos desta mensagem são, no mínimo, pouco vulgares nestas ocasiões. Será um aviso ao Governo?...

Anti Ano Novo
Um grupo de foliões, dá conta o Público de hoje, resolveu fazer, em Nantes, uma manifestação contra a «louca corrida do tempo», entoando o slogan «Não a 2007!».
Ainda bem, que existe uma rapaziada assim! Queres ver, que o Gato Fedorento se mudou para França?!...




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