_ Olá... Quem é você?!...
_ Sou um espião.
_ Não devia estar escondido, a espiar-me?...
_ Devia, mas descuidei-me. Você descobriu-me.
_ Explique lá, como é que foi possível que eu o descobrisse?... Como sabe, eu não tenho o treino que você tem...
_ Pois... tem razão. Não sei explicar. Talvez por ser novo...
_ Novo?!... Parece-me mais velho do que eu... Tem quê, 63?...
_ 64.
_ Era o que eu pensava. Vi logo. Mas continuo sem perceber: se tem 64 e é mais velho do que eu, como é que diz que é novo?
_ Novo na arte de espiar. Acabei o curso há pouco tempo e esta foi a primeira missão.
_ Pois é, tem de melhorar... Posso dar-lhe um conselho?
_ Claro.
_ Talvez seja melhor espiar outra pessoa, mais fácil.
_ Não posso. Não me deixam. São as ordens que tenho.
_ Faça o que eu lhe digo: espie outra pessoa.
_ Já lhe disse que não posso. Não depende de mim.
_ Agora já pode. Está autorizado.
_ Autorizado?! Mas quem é que julga que é?!...
_ Sou o chefe dos espiões.
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