Passeata
Aproveitando a paragem antes da partida e as portas abertas, o pombo entrou na carruagem do metro e começou a deslocar-se pela carruagem, umas vezes pelo corredor, outras por debaixo dos bancos. Pela surpresa, os poucos passageiros viam e sorriam, alguns, todos expectantes sobre o que se iria passar quando as portas fechassem e o pombo ainda se mantivesse por lá, caso ficasse. Fechadas as portas e iniciado o movimento do comboio, o pombo continuava o seu passeio, sereno, aparentemente, naquele jeito de ir movimentando o pescoço, quem sabe se à procura de alguma coisita para comer, migalha ou semelhante. Chegado à estação seguinte, abriram-se as portas e os passageiros ficaram na expectativa sobre o que sucederia. Mantendo o passo e a cadência, o pombo aproximou-se da porta e, com um pequenino salto, saiu para o cais. Apetecia bater palmas, como num filme ou no fim de um espectáculo, mas não se verificou. No cais, seguindo o seu caminho, o pombo dirigiu-se às barreiras e, abrindo as asas, voou e passou por cima, mas mostrando o passe...
Etiquetas: Cidade