Reflexões
Não quis deixar passar em claro um texto publicado na edição de hoje do Público, da autoria da jornalista São José Almeida, com o título "Reflexões".
A propósito da inexistência de uma candidatura à presidência da República protagonizada por alguém de esquerda na casa dos 40 ou 50 anos, um "buraco negro geracional" como ela o define, caracterizando-o nestas linhas certeiras, precisas, mas perturbadoras : "Um buraco negro que se prende com as consequências do campear de um individualismo feroz na sociedade portuguesa pós-25 de Abril, sem dimensão social e sem espírito público, responsável pela relativização ética da política portuguesa e pelo alastrar de uma promiscuidade corrupta que mina a sociedade (...). "
Na ausência de projectos de esquerda para a sociedade portuguesa, segundo a autora - "A esquerda portuguesa tem-se limitado a viver superficialmente da máquina do Estado à sombra de um clientelismo boçal - no que aliás, convenhamos, é igualada pela direita - e sem cuidar em fazer a mínima reflexão teórica, sem se preocupar em debater coisa alguma, sem investir na busca de um modelo de desenvolvimento para o país, que ultrapasse a receita gasta e estafada introduzida por Cavaco Silva no início dos anos 90, a qual assenta exclusivamente nas obras públicas (...)".
A propósito da inexistência de uma candidatura à presidência da República protagonizada por alguém de esquerda na casa dos 40 ou 50 anos, um "buraco negro geracional" como ela o define, caracterizando-o nestas linhas certeiras, precisas, mas perturbadoras : "Um buraco negro que se prende com as consequências do campear de um individualismo feroz na sociedade portuguesa pós-25 de Abril, sem dimensão social e sem espírito público, responsável pela relativização ética da política portuguesa e pelo alastrar de uma promiscuidade corrupta que mina a sociedade (...). "
Na ausência de projectos de esquerda para a sociedade portuguesa, segundo a autora - "A esquerda portuguesa tem-se limitado a viver superficialmente da máquina do Estado à sombra de um clientelismo boçal - no que aliás, convenhamos, é igualada pela direita - e sem cuidar em fazer a mínima reflexão teórica, sem se preocupar em debater coisa alguma, sem investir na busca de um modelo de desenvolvimento para o país, que ultrapasse a receita gasta e estafada introduzida por Cavaco Silva no início dos anos 90, a qual assenta exclusivamente nas obras públicas (...)".
Etiquetas: Política