28 junho 2008

A meias

Nas meias-finais do Euro, os jogos e os resultados finais foram surpreendentes. Na 1.ª meia-final, a Turquia, que perdeu com a Alemanha 2-3, chegou a dar a sensação de vir a repetir, com êxito, as recuperações dos jogos anteriores. Foi por pouco, mas portaram-se muito bem. Ainda hoje estou a perguntar-me acerca da derrota com Portugal... Quanto à Alemanha, a máquina do costume: fiável e precisa. Nos momentos necessários, lá está.
Verdadeiramente surpreendente foi o jogo da outra meia-final, que consagrou a Espanha e pulverizou a Rússia (3-0). Jogo fantástico o da Espanha, que demonstrou ao longo do jogo a concretização de um velho princípio do futebol: a posse da bola, para quem sabe, ainda é o primeiro antídoto para retirar trunfos ao adversário. Se, para além disso, juntarmos capacidade de concretização..., então muita coisa se explica, quer em relação ao resultado quer, sobretudo, ao verdadeiro «banho de bola» que a Rússia teve que levar, que nunca pôde contar com os seus elementos mais desequilibradores, como Arshavin, que deve ter-se deslumbrado na sequência do jogo com a Holanda.
Quanto à Espanha, longe vão os tempos da «fúria». O que ali se viu, para além de um conjunto de solistas afinados, sobretudo no meio-campo, demonstrou-se o poder de um colectivo e de uma forma de controlo e de posse da bola absolutamente dominadores, em que tudo sai bem (veja-se o primeiro golo...). A Rússia nada podia fazer.

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Que pérola!

Na sequência da leitura de notícias sobre a morte de Albert Cossery - que desconhecia, mas que fiquei com vontade de conhecer - consultei o site da Editora Antígona, que publicou em Portugal os livros do autor, e extraí esta pérola, sob a forma de uma «Pergunta Frequente»:
«- Qual o critério que preside à escolha dos vossos autores?
- Observamos primeiro se mijam fora do penico.».
Que pérola!

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24 junho 2008

Contar a história

Sobre o Euro, não sei por onde começar. Comecemos por nós.
Portugal perdeu com a Alemanha (2-3) e foi eliminado. Como eu estava convencido que chegar a este ponto, aos quartos de final, era o mínimo dos mínimos, concluo a evidência e digo que cumprimos os mínimos. Tivemos 2 bons jogos, os primeiros, e depois tudo mudou. E quando digo tudo, penso não estar a exagerar. Para o que conta, passou a Alemanha. E passou bem, comprovando que não éramos a equipa que muitas pessoas «pintavam», muito menos para ganhar o Europeu. Desta vez, nem o «quase» foi suficiente e ou salvador. E esta situação também marca as pessoas. Por mais que se diga que a vida continua - e é verdade - o que é um facto é que a maioria dos nossos compatriotas - eu incluído - tenta aparentar cara alegre, mas a frustração (mesmo que sob a capa da «alienação», se se quiser e for conveniente a alguns discursos mais puristas) voltou e em força, pois o banho de realidade do País a isso convida. Resta resguardarmo-nos para outras batalhas e ver, de longe, o que os outros vão fazendo.
E, neste domínio, quem fez muito, e bem, foi a Rússia, que despachou a Holanda (3-1) com uma receita copiada a papel químico do seu adversário, agora com os protagonistas trocados. E lá se foi a Holanda, a selecção que tinha encantado e deslumbrado na fase inicial. Viva a Rússia, que a destronou com limpeza e mestria, revelando alguns jogadores ao apetite dos clubes poderosos, sobretudo um certo Arshavin, exemplo ainda não repetido neste Europeu do que é um verdadeiro jogador que, por si só, desequilibra o jogo: atenção Cristiano Ronaldo, que às tantas ainda é o amigo russo que vai ter ao Real Madrid...
E por falar em Real Madrid, mérito e justiça para a Espanha que mandou a Itália para casa, que me decepcionou enquanto equipa - tanto defendem, tanto defendem, que se espalham.
Quem não se espalhou foi a Turquia, talvez a grande surpresa nesta fase. Eliminou a Croácia, que parecia bem encaminhada. Seriam o adversário de Portugal, caso tivéssemos passado. Mas isso já é outra história.

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16 junho 2008

Que história?...

Portugal perdeu com a Suíça (0-2). Apesar de não precisarmos deste resultado para nos qualificarmos para a fase seguinte, ainda estão para avaliar os efeitos no futuro da nossa prestação. Para os emigrantes, contudo, o abalo deve ter sido significativo: não há que escamotear o que eles esperavam deste jogo, realizado no país onde trabalham e ganham a vida - a vitória como escape para a sua situação de emigrado.
Compreende-se a opção de Scolari, mas pode questionar-se os termos e a profundidade que assumiu. Embora não tivéssemos tido a sorte do jogo - que continua a ser importante -, alguns jogadores deram uma péssima ideia do que valem (ou julgam que valem), com destaque, neste domínio, para Quaresma. Mas outros houve, por exemplo Miguel Veloso. Tirando talvez a 1.ª parte, em que as coisas correram assim-assim, na 2.ª constatou-se uma falta de vontade e de empenho que chegou a ser intrigante: afinal, o que é que aqueles rapazes queriam?...
Para a história ficam o resultado e os efeitos, previsíveis ou imprevisíveis, que daí podem advir. Se as coisas correrem bem no jogo que aí vem, talvez esta história fique por aqui. Se correrem mal, então é que a história passa a ter muito que contar. Como já ontem se viu com a maioria dos comentadores...

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15 junho 2008

Tesura

A Feira do Livro de Lisboa acaba hoje. Fui lá uma vez e não me apeteceu ir lá mais vezes. As razões continuam a ser as mesmas, que se repetem de ano para ano e se agravam, apesar da edição deste ano ter tido o episódio da participação da Leya, que não acrescenta grande coisa, julgo eu, ao cerne da questão: mais do que os hábitos de leitura adquiridos ou não, os portugueses estão cada dia mais tesos para as necessidades do espírito, pois têm que acautelar primeiramente as do corpo. Esta é que é a realidade.

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Estou velho

A Holanda trucidou (4-1) a França. Por uma vez, lá tive pena dos franceses (estou a ficar velho...). O resultado tem tanto de espectacular como de «inverosímil», pois se houve jogo em que a França não merecia ser tão penalizada foi este (definitivamente, estou velho...). Agora, nos períodos bons, a Holanda foi um regalo: o rendilhado de passes, feito a uma velocidade incrível, é digno de se ver. Para além disso, há lá um conjunto de rapazes que são uns craques. Do que se viu até agora, o Holanda-França foi, claramente, o melhor jogo do Europeu. Também é verdade que, a jogar assim e com a pontinha de sorte necessária que faz os campeões, a Holanda ganha o Europeu. Quanto aos franceses - grande jogo, em perspectiva, o França-Itália! - às tantas ainda acabam por se safar (não há remédio, está visto: estou mesmo velho!...).

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13 junho 2008

Será?

Um artigo na Visão Online, «O risco de Scolari», de Manuel Barros Moura, ajudou-me a compreender o que estava talvez em causa no anúncio pelo Chelsea da contratação de Scolari: os interesses do clube e dos seus investidores, em particular do seu dono, Abrahmovic.
Scolari fez o contrato da vida dele, é certo, mas deve estar ciente de uma coisa: no Chelsea actual, quem verdadeiramente manda é o «patrão». Alguma folga que, parece-me, Scolari tinha na selecção, se calhar já era. Veremos.
Oxalá o homem tenha sorte, pois o contrato e o desafio são imperdíveis. Agora, meu caro «Felipão», uma coisa é certa: naquele clube, ou os títulos aparecem ou não há segunda hipótese. Para além disso, que não é de somenos, Abrahmovic gosta que as coisas sejam feitas a seu jeito, não ao dos outros. Se houvesse dúvidas, aí temos o exemplo do anúncio... E isto, meu caro treinador, é capaz de ser um problema. Será?

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Tratado

Os irlandeses votaram não ao Tratado de Lisboa. Ai, que lá se foi o Tratado!

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Três dias!

Incredulidade, impotência, impunidade, irresponsabilidade são algumas das palavras que me assaltaram na recente crise dos camionistas.
Em três dias, três dias (!), ficou patente a fragilidade e a realidade actuais do País. O diagnóstico de que daqui resulta é pouco abonatório, levando-nos a questionar o que é que andamos a fazer há anos e anos: dependências, dependências e mais dependências, numa espiral sem fim.
Foi patético, em três dias (!), constatar e experienciar o que se estava a viver e a noção do verdadeiro «beco sem saída» em que, cada vez mais, nos vemos enfiados. Três dias!

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É ou não é?

É apenas uma sensação. Pessoal, por sinal. Provavelmente, até injusta ou injustificada. Seja.
Mesmo sendo uma sensação pessoal, provavelmente até injusta ou injustificada, reafirmo, começa a aplicar-se ao Governo a célebre e assassina expressão da «Entrada de leão...».
Admito, é apenas uma sensação pessoal, note-se. Provavelmente até injusta ou injustificada.
E se não é?

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O jogo e as suas notas

Algo deve ter mudado (e muito!) na forma de estar e de competir dos nossos jogadores e selecção. Apesar da fase de apuramento para o Euro 2008, parecem afastadas (parece) as épocas em que só havia vitórias morais ou apuramentos sofridos e dependentes de cálculos mais ou menos elaborados. Pelo menos até agora, para nós o Euro 2008 tem sido encarado como ele deve ser encarado: ganhar primeiro e fazer contas depois. Como não é frequente, aqui fica o reparo para memória futura.
Com a República Checa (comecei por escrever Checoslováquia...), como se previa, as coisas fiaram mais fino do que com a Turquia. A própria evolução do resultado também contribuiu para isso, juntando-se-lhe alguma inconsistência da equipa no passe, sobretudo na 1.ª parte. Na 2.ª, as coisas melhoraram, sobretudo pela melhoria nesse pormenor, o passe, e uma pressão mais efectiva sobre os checos que culminaram nos golos. Por uma vez mais, é grato ver confirmado um dos princípios básicos do futebol: quem quer ganhar deve mostrá-lo e arcar com as despesas. Foi o que aconteceu.
Sobre os jogadores, mais uma vez Deco. Para mim já não é surpresa, esta ligação, quase umbilical, entre um Deco em bom estilo e os êxitos da selecção, tal como já o tinha sido no Porto. Quanto a Ronaldo, homem do jogo para a UEFA, bom golo e boa assistência, mas acho que ainda aquém do que poderá dar e, sobretudo, mostrar. Bem sei que a sua época e performance foram fantásticas, sendo natural e aceitável que isso se esteja a pagar. No entanto, sendo isso real, também é certo que o patamar em que o colocaram e ele se colocou lhe cobram esse estatuto, que exige mais e mais.
Um reparo também para alguma tremideira de Ricardo e da defesa nas situações de aperto, sobretudo nas bolas por alto, o que também deve acautelar-se com uma melhor cobertura das linhas mais adiantadas, para evitar o despejar de bolas para a grande área.
Estava na rua, quando Portugal marcou o primeiro golo. Não foi preciso fazer um grande esforço para o saber, pois as reacções dos automobilistas e o barulho dos espectadores nos auditórios ao ar livre foram suficientemente eloquentes. É uma emoção que quis registar, pela espontaneidade e impacto que me produziram. Por que carga de água é que não conseguiremos mobilizar-nos assim, ou de forma parecida, para as coisas importantes e decisivas?... Suspeito quais sejam algumas das explicações, mas continuo a não me conformar.
Inexplicável também, pelo menos para mim, a divulgação, no mesmo dia, da notícia da ida do Scolari para o Chelsea. Sem querer recusar o direito legítimo do homem escolher o que melhor lhe convirá, cairiam os «parênteses na lama» a alguém se a divulgação ocorresse lá para o fim do Euro? Não me parece. Mas, se calhar, devo estar enganado.

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10 junho 2008

Fruta

No supermercado português, a disposição da banca da fruta não só é funcional como permite um exercício de comparação simples mas eloquente.
Lado a lado, dispõem-se frutas provenientes de vários países: Brasil, Nova Zelândia, Costa Rica, África do Sul, França, Espanha, país maioritário na exposição. Portugal?!?... Também havia, mas à parte, fora da montra e mais ou menos escondida. Curiosamente, também pelo produto (laranja) - quero crer - era a fruta mais barata...

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Laranja mecânica, take 2

Quem ontem viu, no Europeu, o Holanda - Itália, pode gabar-se de ter presenciado uma situação muito pouco frequente: uma derrota da Itália por um redondo e robusto 3-0!
Habituados a desempenhar o papel da equipa cínica, não deixa de ser irónico o papel que os italianos ontem desempenharam. Foi um caso exemplar de prova do seu próprio veneno.
Quanto aos holandeses, honra lhes seja feita, o espírito da «laranja mecânica» está vivo e recomenda-se. Para quem gosta de bola, essa matriz ainda encanta e não foi ultrapassada. Alguém tem dúvidas?

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Batatinhas

Levantei as minhas batatinhas. «Batatinhas» é o termo exacto, dado o tamanho e o destino: o forno. Para mim, o seu valor facial é o das pepitas: nobre e valioso. Cumpriram a sua função de me compatibilizar com o telúrico. Bom apetite!

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08 junho 2008

Continua a ser cedo...

Começou o Euro 2008 e começou bem para Portugal: vitória à Turquia por 2-0. Não há contestação quanto à justiça da vitória, fundada em vantagens várias ao longo do jogo: oportunidades de golo, remates, posse de bola e - pormenor importante - a sensação e a demonstração de que era a melhor equipa e a única que estava disposta a tentar ganhar. Gostei de João Moutinho, Pepe e Deco.
No jogo inaugural, Suíça-República Checa, mais um exemplo das vicissitudes de um jogo de futebol: quando se adivinhava um possível golo da Suíça, marcam os checos. Depois, é já um clássico: mais coração do que cabeça, um poste ou uma trave, a defesa do guarda-redes, um remate que quase era golo. O resultado final estava feito no golo solitário dos checos.
Quanto às hipóteses de Portugal, continua a ser cedo para os foguetes...

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06 junho 2008

Ganhou

Segundo os comentadores, nas eleições para presidente do PSD Manuela Ferreira Leite não prometeu nada e ganhou; não fez concessões à política espectáculo e ganhou; não apresentou propostas e ganhou; não se deu bem nos debates e ganhou; abandonou a campanha para ver o neto e ganhou.
Resumindo: como programa não está mau. Ganhou.

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Lançar foguetes

Não tenho grandes expectativas quanto à selecção. Apesar de tudo, passar a fase de grupos é o mínimo para que a presença e a desilusão não sejam catastróficas. Se o conseguirem, tudo o que a seguir vier é lucro. Quanto aos foguetes, se os houver, ainda é cedo.

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05 junho 2008

FCP vs.UEFA

As regras e as leis devem ser para todos. Mesmo que seja uma posição quixotesca e com pouca ou nenhuma correspondência na realidade, é nisto que acredito e pelo qual estou disposto a bater-me.
Se o Porto é culpado e isso for devidamente comprovado, deve ser castigado. Não por ser o clube Futebol Clube do Porto, mas por ser um clube que pode ter ferido ou feriu as normas em vigor. Obviamente, este princípio deve aplicar-se a todos os clubes, grandes ou pequenos, nacionais ou estrangeiros.
Sobre a punição atribuída pela UEFA, chamaram-me atenção os seguintes aspectos:
1.º - Fiel ao princípio de que «o pobre, quando a esmola é demasiada, desconfia da fartura», parece-me pouco crível que a decisão da UEFA tenha sido tomada sem algum suporte sólido de natureza legal e/ou administrativa, atendendo à previsível sequência de recurso(s). Se isto não foi acautelado ou previsto, então é porque estamos em presença de uma situação que não releva de razões estritamente desportivas ou disciplinares, mas de uma outra natureza. Veremos qual o desenvolvimento e a sustentabilidade desta minha intuição.
2.º - Na aplicação da norma, parece haver um tratamento diferenciado consoante os protagonistas envolvidos. As explicações para este facto são, no mínimo, hilariantes.
3.º - É indisfarçável o gozo que muita rapaziada, boa e má, está a ter com esta situação. Era salutar que muitos dos que batem no peito por causa do «mal» causado ao futebol português abandonassem a pose de fariseus e assumissem, verdadeiramente, a sua verdadeira e insuspeita preocupação.
4.º - Este episódio não é bom para os jogadores do Porto na selecção, com as implicações que isso pode ter na equipa. Se os outros jogadores também serão afectados, é uma incógnita.
Sobre a situação que se verifica e/ou perspectiva, não adianta grande coisa invocarmos a nossa condição de país periférico e pouco relevante no jogo de bastidores, pois isso já acontecia antes disto. Ter consciência disto e não fazer o papel de pacóvio de serviço já é importante para que não possam, sem mais, comer-nos as papas na cabeça, se for o caso. Se o Porto tiver razão, tem que jogar com os argumentos jurídicos, não com os emocionais, que pouco comovem, parece-me, a UEFA e, julgo, muitos dos adeptos e simpatizantes do clube. A receita tem que ser outra.

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Já ganhou?...

Barack Obama é o candidato democrata às eleições para Presidente dos Estados Unidos da América (EUA). Dito assim, parece um cenário de ficção, à semelhança do que os espectadores terão pensado quando viram os primeiros episódios da série 24, que apresentava um negro como Presidente dos EUA. Podem dizer-me e argumentarem o que quiserem, mas acho que uma fatia significativa dos espectadores socorria-se deste pormenor para comprovar a faceta ficcional da série, talvez mais do que os desenvolvimentos da acção... Tiro o meu chapéu aos americanos, que mais uma vez nos surpreendem: os factos falam por si.
Mas os trabalhos de Obama talvez só agora, verdadeiramente, começam. A sua campanha e actuação colocaram-se num patamar elevadíssimo, sujeitas, por isso, a um risco e a uma frustração maiores. Barack Obama projectou-se para limites dificilmente concebíveis no início e mediante os opositores com que teria de se confrontar. Mérito terá - e muito - por ter conseguido vencer esta prova eliminatória: partiu de baixo e chegou em cima. Mas, como disse, se calhar esta terá sido a parte mais fácil, talvez. Ganhar as eleições em Novembro deve ser bem mais complicado, suponho. Se calhar, por se pensar que já ganhou...

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02 junho 2008

Indiana Jones

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal provocou-me um sentimento ambivalente. Por um lado, a satisfação de ver um bom filme de aventuras, típico da nossa juventude, e, por outro, uma sensação de «déjà vu», característico das idades e das experiências de faixas etárias mais velhas. Seja como for, um Indiana Jones é um Indiana Jones! - ainda que com algum reumático e algo de requentado. Se calhar é melhor ficarmos (Spielberg e Lucas) por aqui, agora que o «artista» se casou e descobriu um filho. Talvez tenha chegado a hora do chapéu e do chicote ficarem guardados na prateleira e na memória. É triste - reconheço -, mas o tempo não volta para trás. Como sempre, aliás. Mesmo no Indiana Jones...

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