Sealand
A última página do Público costuma ser dedicada a notícias invulgares ou pitorescas. Tal como a da edição de hoje, intitulada «Estado mais pequeno do mundo está à venda por 750 milhões de euros». É de tal forma incomum o facto que está na origem da notícia, que não resisto a sintetizá-lo para as minhas memórias. A história - não sei se real ou inverosímel - podia começar assim:
Para se defender dos bombardeamentos da aviação alemã na II Guerra, a Inglaterra instalou, em pleno Mar do Norte, uma plataforma para baterias antiaéreas, assente em dois pilares de betão. Situada a cerca de 10 quilómetros da costa inglesa e fora das águas territoriais daquele país, em 1967 a plataforma, de 550 metros quadrados, foi pacificamente ocupada por um major do exército inglês reformado, ficando lá a viver com a sua família. Não contente com a ocupação, o major não "foi de modas" e proclamou a plataforma como um "principado", que designou Sealand. Sendo o "soberano" deste novo "país", o distinto major levou as suas funções e dignidade institucional a sério, criando para Sealand uma «bandeira, hino, selos, moeda e passaporte próprios»! Como acto de soberania, nada mais apropriado. Inclusive, na defesa do "território", resistiu heroicamente quer à tentativa de expulsão pela Marinha inglesa, em 1968, quer à tentativa de ocupação pela força, anos mais tarde, organizada por empresários alemães e holandeses. Se era preciso encontrar um herói dos tempos modernos, o nosso major/príncipe de Sealand será um potencial candidato à vitória. Mas a história não acaba aqui.
O "príncipe", que vive actualmente em Espanha, está disposto a vender o seu "reino", conforme revelou o seu filho e sucessor, pela módica quantia acima indicada. Que vai haver compradores, não duvido. Nos tempos que correm, quem é que, no seu perfeito juízo, está disposto a abdicar de ter um país só para si, ainda para mais, como diz o "príncipe herdeiro", usufruindo de «uma vizinhança muito sossegada e com uma vista do mar muito boa»...
É comprar, meus amigos. É comprar!
Para se defender dos bombardeamentos da aviação alemã na II Guerra, a Inglaterra instalou, em pleno Mar do Norte, uma plataforma para baterias antiaéreas, assente em dois pilares de betão. Situada a cerca de 10 quilómetros da costa inglesa e fora das águas territoriais daquele país, em 1967 a plataforma, de 550 metros quadrados, foi pacificamente ocupada por um major do exército inglês reformado, ficando lá a viver com a sua família. Não contente com a ocupação, o major não "foi de modas" e proclamou a plataforma como um "principado", que designou Sealand. Sendo o "soberano" deste novo "país", o distinto major levou as suas funções e dignidade institucional a sério, criando para Sealand uma «bandeira, hino, selos, moeda e passaporte próprios»! Como acto de soberania, nada mais apropriado. Inclusive, na defesa do "território", resistiu heroicamente quer à tentativa de expulsão pela Marinha inglesa, em 1968, quer à tentativa de ocupação pela força, anos mais tarde, organizada por empresários alemães e holandeses. Se era preciso encontrar um herói dos tempos modernos, o nosso major/príncipe de Sealand será um potencial candidato à vitória. Mas a história não acaba aqui.
O "príncipe", que vive actualmente em Espanha, está disposto a vender o seu "reino", conforme revelou o seu filho e sucessor, pela módica quantia acima indicada. Que vai haver compradores, não duvido. Nos tempos que correm, quem é que, no seu perfeito juízo, está disposto a abdicar de ter um país só para si, ainda para mais, como diz o "príncipe herdeiro", usufruindo de «uma vizinhança muito sossegada e com uma vista do mar muito boa»...
É comprar, meus amigos. É comprar!
Etiquetas: Humor
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