Silêncio
Gosto de andar a pé. Na maioria das vezes, as minhas deslocações dentro da cidade são feitas a caminhar. Mas pago, tal como todos os outros caminhantes, alguns preços por isso. Um deles, é o do nível de ruído que temos de suportar. Deslocando-nos junto das ruas ou avenidas mais movimentadas, são vários os barulhos com que temos de conviver, uns mais toleráveis do que outros.
Cada vez mais somos uma civilização do ruído e do barulho, quer em privado quer em público. O silêncio é considerado quase uma quimera, apenas ao alcance (julga-se) de quem aspira à beatitude. Como nem todos lá chegamos - à beatitude - temos que nos contentar com remédios mais terrenos. Eu, pela minha parte, fio-me nas pernas. Quando me sinto incomodado com o barulho, faço um desvio da minha rota e escolho um caminho mais protegido dessa maleita. Foi o que hoje fiz.
E, ao fazê-lo, mesmo que por uns modestos metros e mais modestos segundos, pude usufruir da minha tosca "beatitude": um momento de silêncio na grande cidade.
Cada vez mais somos uma civilização do ruído e do barulho, quer em privado quer em público. O silêncio é considerado quase uma quimera, apenas ao alcance (julga-se) de quem aspira à beatitude. Como nem todos lá chegamos - à beatitude - temos que nos contentar com remédios mais terrenos. Eu, pela minha parte, fio-me nas pernas. Quando me sinto incomodado com o barulho, faço um desvio da minha rota e escolho um caminho mais protegido dessa maleita. Foi o que hoje fiz.
E, ao fazê-lo, mesmo que por uns modestos metros e mais modestos segundos, pude usufruir da minha tosca "beatitude": um momento de silêncio na grande cidade.
Etiquetas: Lisboa
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