03 abril 2007

Dentes

No nosso País, muitos avanços foram feitos ao nível da higiene e saúde oral. Cada vez mais, aumenta e reforça-se a preocupação com a saúde e o bom estado dos dentes e da boca. Também por pressão social e mediática, são visíveis os progressos e os níveis de satisfação. Mas mesmo nas situações mais comuns - que ninguém se iluda - é normal gastar-se uma «pipa de massa» com o tratar dos dentes. Ter bons dentes e um riso bonito costuma, regra geral, ser bem pago. É uma necessidade, sem dúvida, mas cara. E não está ao alcance de todos, mesmo que as razões invocadas possam não ser de ordem financeira.
Para muitas pessoas, ir ao dentista não é uma experiência fácil. Para outros, contudo, ir a esse sítio é experiência não vivida. Por falta de hábito, por receio fundado ou infundado, por não se ter tempo ou dinheiro, ou por se julgar não necessitar, o que é certo é que muita gente, apesar de tudo, novos ou velhos, tem, das cadeiras e consultórios dos dentistas, uma ténue ou ausente imagem. Até ao dia em que se precisa e lá se tem que ir.
Felizmente que os métodos mudaram, a preparação dos profissionais é outra e especializada, o reconhecimento da importância de cuidar dos dentes cada vez mais difundida e generalizada. Mas que não é barato, não é. E isto, parecendo que não, também é um sinal de diferenciação de pessoas: entre os que usam placa e os que fazem implantes; entre os que usam aparelho e os que têm os dentes tortos; entre os que mostram o brilho imaculado dos dentes e os que os escondem com uma mão ou a boca fechada, de tão amarelos ou baços.
Quem diria, meus amigos, que também os dentes seriam um sinal de status. E cada vez mais.

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