19 abril 2008

Quem é que não gosta?

Sporting 5 - Benfica 3. Apresentado assim, já é surpreendente. Mas mais surpreendente e gratificante - para quem viu -, foi o desenrolar deste jogo. Na primeira parte, 2 a 0 para o Benfica e a promessa de um assunto encerrado. Na segunda parte, a reacção do Sporting - surpreendente, dado o que se tinha visto no primeiro tempo - a encostar, progressiva e continuadamente, o Benfica à sua grande área. Com o encostar e a pressão, começam a criar-se as situações de golo, negadas, uma atrás de outra, pelo guarda-redes, pela ansiedade ou pela sorte. Em muitos jogos, se não aparecer «o tal» momento mágico, o clique decisivo, aquele que decide o destino de um jogo ou de uma recuperação, a história apenas resguardará a hipótese do «poderia ter sido» se... como fraco e possível consolo pela frustração e o desencanto proporcionados pelo... «mas não foi»... «Paciência!» - rematar-se-á, então - «Talvez para a próxima». Para sorte do Sporting, e concomitante azar do Benfica, o momento aconteceu e teve continuidade, como um vendaval irresistível que tudo leva e afasta à sua volta, implacável e certeiro: Golo! Golo! Golo! Golo! Golo!..., numa cadência estonteante que só culmina na rede, perante a perplexidade do adversário e o entusiasmo dos espectadores, os quais, mesmo que queiram, não podem ficar indiferentes ou apáticos. Foram cerca de 25 minutos estonteantes, daqueles que a memória dos amantes da bola gulosamente recorda, de tão raros. Golo!, Golo!... Afinal, quem é que não gosta de futebol, de «bola», assim?

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