09 janeiro 2011

Augúrio

Se as coisas fossem (forem?) lógicas, a votação nas Presidenciais 2011 deveria (deve?) revelar um crescente divórcio entre a classe política e os eleitores, uma vez que se começa a tornar insuportável o tom e essência da campanha. No entanto, se esse afastamento vier a verificar-se duvido que as ilações necessárias venham a ocorrer e, provavelmente, ficaremos com mais uma noite de declarações piedosas e inócuas, do género «vira o disco e toca o mesmo».
Atendendo a que estamos a viver (viveremos?) um período sensível e instável, mais estranha a adopção de determinados comportamentos ou atitudes. Brincar com o fogo, que eu saiba, mais do que posição temerária é, sobretudo, sintoma de irresponsabilidade. Nos tempos que correm e apesar da chuva, não me parece um bom augúrio.

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