20 setembro 2009

Sideways

Nem toda a gente gosta de vinhos. Neste «gostar» incluem-se perfis, formas de estar e de sentir diferenciados, conferindo a esta opção uma dimensão mais complexa e elaborada do que, à partida, poderia pensar-se. Incluo-me no grupo daqueles que, mesmo sendo completa e assumidamente amadores, gostam de entender e ver a opção pelo «gosto» do vinho como uma experiência global, abrangendo os domínios sensorial, mental, afectivo e estético, com apelo e remissão constante para a vida e as suas vicissitudes. Por isso é que quem gosta de vinhos e se encaixa neste perfil também gosta de ler ou de ver imagens sobre o vinho e o seu universo, que é o nosso - o da vida.
Daí o meu gosto em ter revisto o filme Sideways, filme onde tudo isto se plasma com uma clareza e uma sensibilidade terna, próprias de seres e de vidas elas próprias frágeis, susceptíveis e dependentes de bons ou maus «tratos», que estão marcadas ou em busca de uma identidade e de um percurso próprios, sujeitos (ou não...) a «cruzarem-se» com outros. Por isso, e talvez mais, é que gosto de Sideways.

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