Lincoln
Mesmo que erre na previsão, a de que Daniel Day-Lewis vencerá o Óscar para o melhor actor, a sua interpretação de Lincoln, no filme de Spielberg, é daquelas que deixa um espectador agradecido para sempre, verdadeiramente fascinado pela qualidade do desempenho, sobretudo pela intensidade da contenção, uma aparente contradição nos termos, mas que é um dos traços do seu papel, e aquele que, possivelmente, mais questiona o espectador, atendendo à situação histórica e pessoal que envolve o protagonista.
Mas Lincoln é, também, um interessante filme sobre o poder e os seus meandros, mesmo - ou sobretudo?... - nos regimes democráticos, um palco privilegiado para aferir sobre a qualidade dos seus protagonistas e mecanismos de regulação, quantas vezes afastados dos hábitos e das preocupações do cidadão comum, mas em nome de quem - legítima ou ilegitimamente se virá a saber ou não - se assegura a sua representatividade.
Etiquetas: Cinema
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