Django Libertado
Django Libertado, de Quentin Tarantino, é um filme susceptível de
reacções extremas e antagónicas, quer para os entendidos quer para o
público. Uma coisa é certa: indiferente é que não se lhe fica. Lidando
com um tema muito sério e sensível da história americana, a escravatura,
o certo é que a palavra «desconcertante» talvez seja a que melhor
define o filme, se calhar uma forma hábil de lidar com esse peso do
tema, apostando numa espécie de coreografia dramática, forte e
excessiva, condimentada com doses de humor, qualquer um destes elementos
típicos dos filmes deste realizador, num crescendo ritualizado de
violência e espectáculo, com uma crueza que se torna incómoda, às vezes,
mas ironicamente hilariante, noutras, como naquela em que o próprio
realizador, ele próprio a desempenhar um pequeno papel, literalmente «se
faz explodir» com dinamite.
Etiquetas: Cinema
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