14 fevereiro 2013

Django Libertado

Django Libertado, de Quentin Tarantino, é um filme susceptível de reacções extremas e antagónicas, quer para os entendidos quer para o público. Uma coisa é certa: indiferente é que não se lhe fica. Lidando com um tema muito sério e sensível da história americana, a escravatura, o certo é que a palavra «desconcertante» talvez seja a que melhor define o filme, se calhar uma forma hábil de lidar com esse peso do tema, apostando numa espécie de coreografia dramática, forte e excessiva, condimentada com doses de humor, qualquer um destes elementos típicos dos filmes deste realizador, num crescendo ritualizado de violência e espectáculo, com uma crueza que se torna incómoda, às vezes, mas ironicamente hilariante, noutras, como naquela em que o próprio realizador, ele próprio a desempenhar um pequeno papel, literalmente «se faz explodir» com dinamite.

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