30 setembro 2024

Request

_ Quem não pede, Deus não ouve...

_ Meia dúzia de papos-secos, por favor...

 

 


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28 setembro 2024

Freestyle...

Previdente, a velhota à janela avisou-o de que não seria necessário levar guarda-chuva pois não choveria... Por acaso acabou por chover e ele teve que nadar uns bons metros, devido às cheias... Um cronometrista de piscina, que passava num bote, cronometrou-o com mínimos olímpicos...

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26 setembro 2024

Um supor...

Admitamos que se tornava rico, cumprindo-se o vaticínio do empregado do restaurante quando o viu passar de boletim na mão e o saudou com um «Euro Milão! Euro Milão!» (sic)... Admitir era simpático, pensou, embora o resultado no bolso continuasse o mesmo: teso como um carapau!


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Quando comparo, fico a perder. Como é que fico a ganhar...?

Não compare.

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25 setembro 2024

Querido diário

Até ao visionamento na televisão, muito da história e das imagens do filme estavam esquecidas ou, pelo menos, escondidas ou adormecidas na minha memória. Para além da imagem, icónica, do realizador na sua lambreta, uma vespa, de capacete e óculos de sol, veículo e artefactos simbólicos de uma certa maneira de estar e ver/viver a vida, pelo menos no país de origem de Moretti, a Itália, este esquecimento não deixava de ser irónico, pois, se não me falha a memória, tratava-se do primeiro filme que terei visto de um realizador de que gosto e com cujos filmes fui mantendo contacto ao longo do tempo. Foi agradável o reencontro, após estes anos. Até para descobrir ou intuir afinidades na abordagem e no desenvolvimento do filme com um outro protagonista, Woody Allen, se bem que com olhar e posicionamento diferentes, um a investir mais no neurótico, Allen, e outro a situar-se no domínio do reflexivo e luminoso. 

Dividido em três partes: uma com laivos de road movie, «Na minha vespa», outra como passeio ou reflexão sobre a cultura, a arte, televisão, quotidiano italianos à época (o filme é de 1993, penso), «As Ilhas», e uma terceira parte com a descrição do seu périplo pelos médicos, nome que titula a secção, na sequência da identificação de um problema de saúde do realizador, quase em tom cómico e surrealista. Do fim do visionamento, embora agradável, também uma sensação nostálgica.

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24 setembro 2024

Fui à janela, olhei para o quintal e descobri um cacho de bananas numa bananeira. Estarei a ver bem...?

Só o oftalmologista o poderá confirmar com toda a certeza... Mas, se é uma bananeira e se são bananas, provavelmente não estará a ver mal...

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21 setembro 2024

A propósito de uma leitura...

Muitas ou poucas vezes, mas um facto normal, suponho, quem lê vê-se confrontado com conteúdos ou informação que não consegue facilmente apreender ou interpretar, seja pela especificidade ou complexidade da matéria, seja pelo estilo ou técnica de comunicação de quem escreveu o livro, artigo, informação, etc., que temos nas mãos ou a que acedemos num qualquer suporte digital.

Tratando-se de um facto normal, nem por isso o desconforto do leitor visado é menor, julgo, pois é uma situação que, queira-se ou não, remete para um juízo não propriamente abonatório das nossas competências e ou capacidade, podendo conduzir-nos a conclusões depreciativas sobre o que sabemos ou podemos vir a saber...

E foi uma experiência destas, como a que descrevi, que me aconteceu ao ler o livro, Sete Breves Lições de Física, de Carlo Rovelli, físico italiano, escrito numa linguagem e com uma clareza e beleza extraordinárias, prestando homenagem ao talento e ao interesse pela divulgação de conteúdos científicos claramente afastados do que é a nossa experiência quotidiana e enquadramento cultural, como é o caso dos conceitos e das implicações da Física Teórica, escrito de uma forma encantatória e apelativa, repito, com isso nos redimindo do desconforto inicial e provocando um efeito contrário, que é o de valorizar e fazer um esforço para captar, nem que seja de forma imperfeita ou superficial, aquilo de que o autor nos fala, pois retrata uma realidade e uma experiência de que se torna difícil conceptualizar, no imediato, os seus contornos e consequências, mais não seja como reconhecimento pelo seu esforço e dedicação em relação ao que nos está a transmitir, podendo dizer, com orgulho, que podendo não ter percebido muito do que o autor me falou ou tentou demonstrar, dada a revolução conceptual a que faz apelo, ainda assim estou-lhe grato pelo resultado.

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20 setembro 2024

Deu-me troco e eu dei-lhe um murro. Foi justo?

 Depende das contas...

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19 setembro 2024

Dor de alma

_ Onde é que lhe dói?

_ Aqui - aponta para o peito.

_ É quando respira?

_ Nem por isso...

_ Quando faz esforço?

_ Não propriamente...

_ ?...

_ É mais quando medito.


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16 setembro 2024

Conversa (quase) literária

Na estante da biblioteca, encontrou o livro que lhe interessava emparedado por um de autor consagrado e outro de autor praticamente desconhecido, não-alinhado por correntes ou famílias literárias, aparentemente, situação que lhe agradava e que o fez sorrir, não só pelo contraste dos vizinhos, mas também pela ironia que resulta de uma suposta organização determinada pela classificação segundo a cota... Imaginou uma pequena conversa, curta ou longa, não sabia, mas calculava que normal num espaço e em circunstâncias como as que se descreviam. Começaria assim, talvez:

Livro do famoso - Mantenha a distância, menino... Não abuse!

Livro do desconhecido (aparentemente) - Não lhe ligues, pá! É só ar...

Livro emparedado - Podem deixar-me sossegado, por favor...? Só quero ver as vistas, desculpem.



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12 setembro 2024

Não aconteceu...

O senhor contava como tinha conhecido a sua esposa: num baile. Até aqui tudo normal, sem margem para acrescento ou admiração. A seguir, porém, salta a surpresa: no afã da conquista retrai-se ao olhar da senhora, que o mira de alto a baixo, aparentemente não convencida... Picado, para não dizer ferido, lá se aproxima e se insinua, esperando por música apropriada, convicto de que o pior que lhe poderia suceder era o de «levar o cabaço» (sic), aqui as orelhas do escriba se arrebitando e contendo a surpresa pelo que ouvira, cujo som lhe fazia remeter para um sentido mais específico e brejeiro, era do que se lembrava... Esclarecido o mistério semântico (pois disso se tratava), as coisas lá seguiram o caminho que se adivinha, com final feliz, pois claro!, e mais uma expressãozita para o bornal...

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07 setembro 2024

Encostado às cordas

_ Entrou pela esquerda baixa... e logo com um carrão!...

_ Mas os carrões não são mais da direita alta...?!

_Tem a ver com o jogo cintura e de pernas... É um clássico. Estamos a falar de boxe, não se esqueça...

_ Não era uma visão ideológica...?

_ Só se for para si... Vamos ensaiar umas luvas...?

_ «Luvas»!?... Mas isso não é um crime...?

_ Irra!... Com as falas todas trocadas, não terá sofrido um knockout?

_ Desculpe, mas não falo Inglês.

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05 setembro 2024

Bardino

Há dias lembrei-me da palavra 'Bardino'. Muitos se recordarão, outros irão descobri-la pela primeira vez. Para estes, os que se descobrem perante uma nova palavra, extraio do dicionário os seus significados mais comuns, admitindo que outros possam existir, mais ou menos localizados. Então, o que se significa ser «bardino»? O dicionário Priberam dá esta resposta: «Bardino - 1) indivíduo que gosta de vida boémia; 2) pessoa que pratica pequenos furtos, geralmente no campo». Facilmente se concluirá que é uma palavra cujos significados provocarão reacções diversas e, até, adversas. Para uns uma maravilha; para outros uma mácula! E aqui, meus amigos, a prudência mandará recolher as velas e esperar que cada um escolha aquilo que melhor lhe aprouver, se quiser e ou estiver para aí virado, nem que seja por um lampejo de ficção, como é este o caso.

Se me lembrei da palavra, fiquei em dívida. E as dívidas devem pagar-se, mesmo que se seja bardino...

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03 setembro 2024

Nascimento

Nasceu como «mensagem sem nome». Também não lhe foram tiradas medidas, daí não se conhecer a altura nem o peso. Quando a viraram de cabeça para baixo, a ver se chorava, recusou-se e atirou um traque a quem assim lhe pegava... Chamaram-lhe... Bardina!

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Preguntadamente

 _ A que se dedica?

_ A olhar para o problema da rede...

_ Operador público ou privado...?

_ Isso eu não sei... Mas diria que depende da qualidade do arame...

_ Pouco dinheiro, é isso...?

_ Também, por certo... Mas terá que preguntar ao patrão... Eu só olho p'ró arame...

_ E «preguntamos» como...!?

_ Preguntando!...

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