O lúdico não me aquece nem arrefece, mas faz-me rir. E agora...?

...E agora, tem em um desafio: descobrir como arranjar o termóstato e patentear como o conseguiu! Calhando, vai ficar rico!...

Lance (em análise)

Já há algum tempo que não escrevia ao correr da pena... Não que faltasse o fôlego ou a pena estivesse a bater recordes, mas por uma natural tendência, presume-se, para a diminuição do ritmo, provavelmente porque é o melhor a fazer... A verdade é que o engatar das mudanças era feito com mais vagar, não por receio da velocidade, do carregar no pedal ou ser apanhado numa operação stop, mas por um especial cuidado com uma eventual entorse do pulso... Conclusão: em vez de escriba, um corpo, preso por arames, aponta mais para outro lado, por exemplo para a mão que utiliza a pena, que se começou a queixar de excesso ou falta de uso. Em linguagem de futebol: escrita zero, entorse do pulso - 1. Não houve recurso ao VAR.

Ainda Estou Aqui

Muitas vezes, a ida ao cinema era (é) uma forma de desopilar, afastar ou desanuviar um quadro envolvente cinzento, chato ou difícil de suportar. No cinema, também, várias filmes e histórias se contaram (contam) , contrapondo tempos bons e tempos maus (execráveis, alguns), cenários agradáveis, familiares, protegidos e outros no seu oposto (muito no seu oposto), confrontando-nos com a situação de impotência quando algo se altera, de forma abrupta, de um dia para o outro, de uma realidade confortável para uma outra inimaginável... Por estas e outras razões, Ainda Estou Aqui é humanamente um filme duro de presenciar, fomentador de um desconforto visível e perceptível no corpo e na mente dos espectadores, tal o que descreve e aquilo com que nos confronta. Imperdível!

Fruta(lidade)

Correndo riscos óbvios, começo com uma generalização: «A maioria das pessoas gosta de fruta!». «Bonita, gostosa e aromática!», acrescento outra generalização. E se a fruta for «feia» ou como tal considerada ou designada, como ficamos de convicções...? Aqui, a coisa fia mais fino. E se não o for...? Para muitos (outra generalização), a associação entre as palavras «fruta» e «feia» parece contraditória ou de tal forma afastada do nosso mundo idílico que, talvez, quem o faça não funcione bem da cabeça ou, então, tem uma percepção bizarra de como as nossas certezas se estabelecem e se sedimentam. Para alindar ou baralhar as coisas, a escolha é sua, acrescento-lhe um slogan: «Gente bonita come fruta feia». «Olá!?...», dirão vocês, desconfiados ou, pelo menos, surpreendidos com a associação que agora se vos apresenta. É um desafio...? Uma brincadeira...? Ou uma convicção...?

https://youtu.be/oMtBRNSVCbw?si=JvIYBKDRqaiGGJWA 

 

Rit(manha)

_ Vamos... temos de imprimir ritmo!...

_ «Vamos» ou «temos de»...?

_ «Temos de».

_ Printer jet ou laser...? 

_ !?...

_ E o ritmo, slow ou agitado...? 

_ Estamos a brincar...?

_  Só quebrando o ritmo...

«Agarrem-me senão...!». É a sério?

A vocalização sim, a intenção não. E nunca se esqueça: quem agarra, leva amarelo!...

O Brutalista

Surpreendendo pelo título, duração e pelo temática, um filme que pode ser visto sob diversas perspectivas, umas mais fáceis de identificar do que outras, com uma história potente, reveladora e multifacetada, e uma interpretação extraordinário do protagonista Adrien Brody, mas não só. Muitos dos temas sobre que se debruça ou alude o filme mantêm-se activos, e não por boas razões, infelizmente, levando-nos a interrogar o porquê da sua permanência ou actividade actuais. 

 

Livro

Descoberto nos circuitos da biblioteca, por acaso, sem indicação de algo ou de alguém, indo apenas pelos dedos e com os olhos, mas com um resultado de «achado!»: Se eu fechar os olhos agora, de Edney Silvestre.

Num dia como o de hoje, o que é que se pode desejar...?

Sol na eira e chuva no nabal...?

Épico!

 «Finalmente livre!», exclamou o dedão depois de furar a meia.

Desbastadela

_ Como vamos cortar, hoje...?

_ O habitual: tirar volume, acertar as pontas, tamanho por igual, sem habilidades ou penteados folclóricos...

_ Máquina ou tesoura?

_ Tesoura. Mas afiada! 

_ Os picos ficam...?

_ Claro! Imagem de marca, percebe?...

_  Já não vinha cá há algum tempo... Há um ano, mais ou menos, parece-me...?

_ É como diz. Sou muito certinha...

_ Desculpe, não leve a mal, como é que se chama...?

_ Roseira.

A Complete Unknown

Alguma coisa o nome 'Bob Dylan' há-de ter, sozinho ou acoplado a algo, para mexer com as pessoas e as interacções que provoca... Respostas para isto haverá muitas, suponho, mas o cerne da interrogação continua a ser o mesmo: quem é e o que pretende (se é que o faz ou assume) Dylan...? Não se conhecendo a resposta a esta questão, estou convencido, talvez um bom começo ou tentativa seja ver A Complete Unknown «Um Completo Desconhecido» (uma pérola de título!) e talvez se possa ficar com uma ideia... «Um Completo Desconhecido»...? Why not...?

Num saltinho...

Naquele dia (seco e quente, apesar da época), a velhota chamou o vizinho e disse-lhe: «Fixe este dia e o que lhe digo: segundo a tradição tal, conforme o tempo que hoje estiver, assim serão os próximos 40 dias...Tome nota. Não se esqueça!». O vizinho assim fez: tomou nota e não se esqueceu. 

Passados dias, poucos, caiu uma chuvada daquelas, em que, para se ir de um passeio ao outro, era necessário ir de bote... Seco, quente e durante 40 dias só na cabeça da vizinha velhota, estava visto... mas não se estranhava, recordava-se o vizinho agora, que se lembrava de uma história semelhante, afiançada pela mesma protagonista, mas apontada a dia e mês diferente... Para ela, as alterações climáticas já cá estavam...

Vestimenta

A constatação era óbvia: escrevia pior. «Que fazer?», perguntava-se. E a resposta adivinhava-se: mudar. Mas as dúvidas assaltavam-no: dress code ou casual? Tentou mais uma vez. Nada aconteceu. E o mundo continuou a rolar...

Urr(ádio)

Parecia um dia igual a tantos outros, mas não era. Correspondendo a um anseio antigo, a compra do conjunto de ferramentas finalmente acontecera! O momento foi eternizado através de uma foto, como costuma acontecer em situações semelhantes, ficando os convidados na expectativa de quando se procederia à inauguração. Que se desenrolou de seguida, motivando urrados da assistência, logo seguidos de um estridente e prolongado oooohhhhhhhhh!... A contrafacção era ilegítima...

À la carte

_ Que problemas tem...?

_ Na arca ou prontos a sair...?

_ A sair. Espero que sejam de hoje...?

_ Fresquíssimos! Quer escolher...? Está aqui a carta. Faça favor.

_ Os rombos são de escabeche?

_ Não. Panados.

_ E os agudos, com piri-piri ou gengibre...? Se tiverem, tire! Fazem-me azia...

 

Senha 425

Só quando começou a mostrar-se irritado, deprimido, tenso, com alucinações, o dinheiro aceitou o diagnóstico de stress pós-traumático. Não numa consulta cara, num especialista, mas no serviço nacional de saúde, na medicina geral e familiar.

Projecto Com Voz

E se lhe dissessem que o mundo dos coros estava a mudar...? Calma, não se assustem!... A mudança é boa e recomenda-se e não, não é nada do outro mundo, antes pelo contrário... Se estiver céptico/a ou desconfiado/a, dê uma olhada, da forma que achar mais interessante ou cativante, por exemplo, no link que a seguir se disponibiliza, e tire as suas conclusões, sobre este coro, https://www.facebook.com/projetocomvoz

«Projecto Com Voz, Grupo de vozes séniores que dão nova vida ao rock/pop português, sem esconder ou dar outro nome?». E lá vão, «à sua maneira!»... Oh yeah!

Andebol, o dia vai chegar...

Felizmente, longe vão os tempos das modalidades desportivas praticadas em Portugal em que o «nosso» campeonato era o de participar nas competições internacionais, para muitas delas uma espécie de «rebuçado», mais ou menos agridoce... Para algumas delas, contudo, o patamar começou a ser outro. O caso do andebol é o mais recente exemplo, como claramente ficou demonstrado na campanha brilhante que a equipa portuguesa teve no Campeonato do Mundo recente, disputado em Oslo, na Noruega. Para a história, para além de um inédito 4.º lugar, fica uma campanha e um conjunto de jogos que fizeram muito mais pela auto-estima pátria do que a maioria das proclamações e bater no peito, com a sonoridade inchada. Parabéns!