Cheguei a este filme através de recomendação de pessoa amiga. Começo por aqui, por este episódio, aparentemente banal e, talvez, cada vez mais invulgar, nos dias que correm, de alguém nos sugerir a visualização de um filme, da leitura de um livro, de deslocação a um determinado local. Parece fraco consolo, mas se calhar não o é.
Centrado na realidade e sociedade iranianas, um filme e uma história à volta do quotidiano de pessoas com idades à volta dos 70 anos, das suas dificuldades, constrangimentos, ambições e sonhos (que os há e ainda bem!), situações que facilmente podemos reencontrar em outras paragens do mundo, mais distantes ou perto de nós, num processo incessante de combate e ultrapassagem de lugares e preconceitos comuns, numa homenagem à vida e às nuances de como ela pode afirmar-se, umas vezes de forma reivindicativa, outras de forma subtil ou carinhosa, expressa de forma a provocar o sentimento, o riso ou a lágrima. E esta é também uma das características do cinema.
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