Ressurrecto e eguariço
Na crónica de hoje no Jornal de Negócios, intitulada «A interminável pouca-vergonha», Baptista-Bastos volta a surpreender-me com mais dois adjectivos: «ressurrecto» ('que ressurgiu, que renasceu') e «eguariço» ('que ou aquele que trata de cavalgaduras'). Dois termos a reter, dos muitos exemplos da riqueza lexical e semântica da Língua Portuguesa, usados por quem a conhece e a desfruta. Esta capacidade de transformar e retrabalhar a escrita é algo que prezo e vou continuar a prezar nos autores. Baptista-Bastos é um deles. Mas há mais alguns outros, felizmente.
Nos tempos que correm, em que a pobreza vocabular nos afecta particularmente a todos, é quase embaraçante confrontarmo-nos, nos textos que lemos, com «pérolas» como estas, a lembrar-nos o quão distantes estamos deste aprimoramento.
Nos tempos que correm, em que a pobreza vocabular nos afecta particularmente a todos, é quase embaraçante confrontarmo-nos, nos textos que lemos, com «pérolas» como estas, a lembrar-nos o quão distantes estamos deste aprimoramento.
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