06 março 2011

O Discurso do Rei

O Discurso do Rei, que vi antes da sua «coroação» na cerimónia dos Óscares deste ano, é um filme, parece-me, que reúne as condições habituais para satisfazer os espectadores de cinema como eu, isto é, os curiosos e interessados num momento bem passado e gratificante, entusiasmados pelas boas interpretações e histórias e disponíveis para obter mais alguns ensinamentos e/ou conhecimentos sobre a vida, os tempos e a espécie humana. Saber se o filme terá o mérito artístico para ser consagrado como foi é uma questão; saber se ele agradou ao público pode ser outra e, muitas vezes - demasiadas vezes, diria eu - uma coisa não se segue da outra. A história, que desconhecia, é agora já amplamente conhecida e revela, de uma forma humanamente tocante, os esforços que o rei inglês, Jorge VI, pai da actual rainha, fez para lidar publicamente com a sua gaguez, num período e num contexto histórico sensíveis, quase se lamentando «a má sorte» de ter que ser rei..., servindo para uma grande interpretação de Colin Firth e uma maior (na minha opinião) interpretação de Geoffrey Rush, no papel de terapeuta, e também, seria injusto não o reconhecer, o de Helena Bonham Carter, como esposa do rei.

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