20 novembro 2011

Ao jeito de Pavlov

A indústria cinematográfica é uma máquina em movimento permanente. Estreias, reposições, festivais, vedetas, contratos, polémicas, amores, desgostos, sonhos, ambições, frustrações, notícias, publicidade, vida, morte, são algumas das palavras que contribuem para definir os contornos e o universo do cinema. Que é um universo fascinante penso que ninguém tem dúvidas, mesmo para aqueles que o queiram ou possam rejeitar ou olimpicamente ignorar. Sendo uma indústria voraz, são permanentes os anúncios de novos filmes e a solicitação do público e dos espectadores para o seu consumo, socorrendo-se profissionalmente de todos os meios e mais alguns para que isso funcione assim e surta efeito, numa lógica imparável. Um dos mecanismos mais comuns e eficazes é-nos servido, a nós frequentadores amadores de cinema, pela projecção e antevisão dos próximos filmes a estrear, «num cinema perto de si», naquele período que antecede o filme que vamos, nesse momento, ver. Umas vezes curto, outras mais longo, sempre esse período acaba por se nos impor a sua presença, cabendo a cada um lidar com isso, com mais ou menos paciência, com menos ou mais interesse, também dependendo dos humores que na altura se manifestam, uns mais propensos ao visionamento, outros nem tanto. Seja como for, e a razão de ser destas linhas, o que é um facto é que nunca, como hoje, tinha devidamente equacionado a importância e a eficácia deste mecanismo publicitário, quando dou por mim a querer visionar, de imediato, se isso fosse possível, mais do que um filme que me era servido em forma de trailer, e aos quais a minha costela pavloviana ia respondendo... Não perderá pela demora...

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