Continho (negro) de Natal III
A família estava reunida para a ceia de Natal: pais, filhos, avós, netos, tios, tias e um cão. O cão era pequenino, com patas pequeninas e um corpo alongado, tipo salsicha. Todos gostavam dele e ele gostava de todos, sobretudo de um dos filhos dos donos da casa. Filho de uns, sobrinho de outros membros presentes no jantar, como se disse. Tudo corria bem: a ceia era tradicional e farta, os membros da família estavam contentes, as crianças estavam ansiosas, expectantes das prendas. O Pai Natal chegou e fez o seu número: prenda para A, doce para B, conselho para C. Tudo correu bem e todos ficaram contentes. Chegou a hora da despedida, que eram horas de deitar crianças e fazer sonhar os adultos. Beijo aqui, abraço dali, mãozada acolá. Boa noite a todos e um croque, carinhoso, ao sobrinho que era o protegido do cão. Num ápice, fiel ao instinto e grato pelas festas, o cãozito abocanhou a mão do «caroleiro», afiançando, com o seu gesto, a lealdade ao seu dono. Abocanhou e roçou os dentes na carne da mão, fazendo a vítima berrar de surpresa e incredulidade. Tudo acabou em bem. É Natal.
Moral da história: No Natal, não dê croques.
Moral da história: No Natal, não dê croques.
Etiquetas: Natal
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