22 fevereiro 2007

Cartas de Iwo Jima

«Uma obra-prima»! Foi nestes termos que a crítica alertou para o mais recente filme de Clint Eastwood, Cartas de Iwo Jima. Se é uma obra-prima ou não é não sei, por me faltarem conhecimentos e grelha de análise fundamentada para o afirmar ou contestar. Para justificar o meu agrado pelo filme e pelo realizador que o fez, tenho que me ficar por coisas mais simples e mais acessíveis.
Em primeiro lugar, uma história bem contada, com ritmo e sensibilidade, dando a conhecer uma perspectiva e um "outro" raramente mostrados ou conhecidos.
Em segundo lugar, um contexto histórico e temático, a II Guerra, que me é particularmente grato.
Em terceiro lugar, o desempenho dos actores, que criam e desenvolvem personagens, pelas quais se sente empatia ou antipatia.
Em quarto lugar, o valor simbólico do filme e a sua visão do factor guerra, que são sintetizados nesta frase do realizador:«Tem de haver melhor maneira de conduzir as nossas vidas do que mandar miúdos para morrer algures».
Em quinto lugar, a banda sonora, um elemento que, cada vez mais, me parece uma das marcas mais originais da forma de filmar de Eastwood.
Em sexto e último lugar, a constatação de que este realizador nos surpreende em cada filme que faz, criando uma predisposição favorável e expectante para o próximo filme.
Como disse no início, não sei avaliar se Cartas de Iwo Jima é ou não é uma obra-prima. Agora, sei uma coisa a respeito desse filme. Quando se fizer a história e a biografia cinematográfica do realizador, Clint Eastwood, esse filme, e o seu irmão gémeo, As Bandeiras dos Nossos Pais, vão lá estar e em lugar de destaque.

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