19 fevereiro 2007

A senhora presidente

Na altura do seu aparecimento por cá, confesso que fiquei na expectativa e desconfiado sobre o que é que Segolène Royal podia dar e valer. O cenário parecia-me demasiado perfeito e, para mim, mais um sintoma da pacovice lusa perante a luz francesa. Se calhar, era preconceito meu... «Segolène para aqui», «Segolène para ali», parece que muita da nossa rapaziada não via outra coisa e estava encontrada a futura presidente de França, usufruindo de um estatuto de quase superstar. Como é hábito por cá, rejubilou-se com o advento de uma "nova" era: fresca, pura, inovadora. Só faltava mesmo, assinar o termo de posse...
O pior é o que se passou a conhecer nos últimos dias, relacionados com episódios da pré-campanha da senhora, ilustrativos, no mínimo, de um grande e impensável amadorismo, o que não deixa de surpreender. Para quem parecia ter tanto cuidado e investia tanto na imagem, não deixa de ser irónico. Coitada da Segolène!

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