Encaixe (capacidade de )
Decidira-se a fazer o teste. O resultado foi um nim e a indicação de um endereço para conhecer um programa aplicável. Vacilou com o resultado e acabou por se decidir pelo acompanhamento. Não ter muita capacidade de encaixe não era um drama, asseguravam-lhe, e a coisa podia resolver-se com um programa de treino adequado. Tinha era que estar motivado e levantar-se às seis da manhã, que era a hora a que havia vagas. Pelos vistos, a ausência de capacidade de encaixe era algo que estava a atacar a rapaziada ali para aquelas bandas... Estávamos a falar de défices na ordem de três/quatro, numa escala de 1 a 5. Um drama, confirmava-se, e com tendência a piorar... Havia que tomar medidas urgentes. E logo pela manhã, que é quando se começa o dia. Era um facto.
O curso era constituído por uma parte teórica e uma prática. Da teórica não vamos falar. Apenas da prática. E esta era dura.
Começava-se por uma cantoria. Primeiro a solo e depois em coro. Sendo eliminatória, impunha respeito. Coisa para a qual se era avisado, não fosse dar-se o caso de não se ter em conta. E tinha-se, reconheça-se, pois o fato do respeito era imponente e pesado, pior nos dias de calor do que nos de frio. Havia quem não aguentasse o peso e chumbava logo ali. Quem não sucumbisse, avançava para a cantoria. Fora o seu caso. Começou com receio. Mas depois esticou a voz e partiu logo uma das vidraças, ficando isento da cantadela em coro. Foi caso único, ainda hoje falado nos cursos que se seguiram. Como a mobília e os vidros não abundavam, decidiram que era melhor passar-lhe o certificado e desejaram-lhe boa-sorte. Esteve tentado a recusar, mas achou melhor não. Nos termos do certificado, ganhara a capacidade de encaixe. De nível básico, note-se, mas dispensado de tese. Mediu o peito e ficou contente. Segundo a fita métrica, não estava mal. Em linguagem técnica, um dois e meio.
O curso era constituído por uma parte teórica e uma prática. Da teórica não vamos falar. Apenas da prática. E esta era dura.
Começava-se por uma cantoria. Primeiro a solo e depois em coro. Sendo eliminatória, impunha respeito. Coisa para a qual se era avisado, não fosse dar-se o caso de não se ter em conta. E tinha-se, reconheça-se, pois o fato do respeito era imponente e pesado, pior nos dias de calor do que nos de frio. Havia quem não aguentasse o peso e chumbava logo ali. Quem não sucumbisse, avançava para a cantoria. Fora o seu caso. Começou com receio. Mas depois esticou a voz e partiu logo uma das vidraças, ficando isento da cantadela em coro. Foi caso único, ainda hoje falado nos cursos que se seguiram. Como a mobília e os vidros não abundavam, decidiram que era melhor passar-lhe o certificado e desejaram-lhe boa-sorte. Esteve tentado a recusar, mas achou melhor não. Nos termos do certificado, ganhara a capacidade de encaixe. De nível básico, note-se, mas dispensado de tese. Mediu o peito e ficou contente. Segundo a fita métrica, não estava mal. Em linguagem técnica, um dois e meio.
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