Piada (assim para o melodramático)
A piada era de gosto duvidoso, no limite do kitsch. Poderia acontecer com um dito, um dichote, uma chufa ou uma chalaça, mas não deveria acontecer consigo, que era fina e de boas famílias. O que acontecera, então? Perdera-se, era a conclusão. E não tinha feito os trabalhos de casa, como todo o bom aluno (prendado, ainda por cima!). «Foram as companhias», comentava-se. Quando se procurava saber quem eram, desconheciam, pois eram anónimas e assinavam SA. Inconsolável, passou a dedicar-se ao melodrama.
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