Pó a pó
Qualquer dia, deixava de fazer a limpeza do pó. Para além da bicharada, apanhava-se sempre mais qualquer coisa. Umas vezes interessante, outras nem por isso, e algumas curiosas, poucas. Encontrava-se de tudo: roscas, parafusos, botões, bilhetes, listas, talões, palavras soltas, restos de vírgulas e partes de expressões. Uma vez ou outra, uma moedita. Se tivesse feitio para isso, recolhia tudo e fazia um museu. Como não o tinha, fazia o curial: deitar para o lixo. Talvez um dia, isto viesse a ser valorizado. Ou vir a ser reciclado (quem sabe?) e dar-lhe uma nova vida.
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