15 julho 2018

E(in)vento

Estava-se num impasse. Assim não se ia lá... Mas não sendo hora para desistir, havia que pôr mãos à obra e arranjar uma solução. Que não seria fácil. Mas tinha que ser. E de encher o olho.
Os quadros de confiança foram convocados para o café da esquina com a indicação de urgente. Que fossem depressa e com disponibilidade para apresentar soluções para o impasse. Não interessava o processo, a quantia, a logística, nada. Só uma solução boa e vistosa. De encher o olho, repetia-se.
No café, entretanto, as coisas começavam a mexer-se. O escondidinho foi preparado e ficou a aguardar pelos clientes. Verificou-se o stock de bebidas e prepararam-se umas tapas. Com sorte, não seria necessário ceia. Logo se veria.
A reunião já ia longa. Continuava a faltar o consenso e o desânimo começava a instalar-se... Havia que evitar isso. Todos olhavam para ele com um ar de interrogação. Mais uma vez (lá teria que ser...), a solução iria sair da sua cartola. E foi o que fez, anunciando que iriam criar um novo festival: o da canção do bandido.

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