16 janeiro 2016

O leitor


Nunca fora um grande leitor. De livros, deve dizer-se. Doutras coisas também não, mas com os livros era pior. De jornais sim, mesmo que lhe borrassem os dedos. Uns mais do que outros, é certo, mas sempre qualquer coisinha, pois o material e as técnicas eram mais ou menos comuns, e à rotativa nenhum escapava. Gostava de ler jornais, apesar das mãos borradas. Mas resolvera mudar isso, até porque estava farto de sujar as mãos. Por isso, ia ser leitor de livros. E fez um plano. Como se esperava, o plano falhou por falta de tinta. Não admira, pois estava toda nos dedos.

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